Final – A destruição do complexo de Édipo é ocasionada pela ameaça da castração. Nesse caso, a catexia objetal da mãe deve ser abandonada. O seu lugar pode ser preenchido por uma das duas coisas: uma identificação com a mãe ou uma intensificação de sua identificação com o pai, como resultado mais normal e que consolidaria a masculinidade, no caso do menino.
De modo que, nos meninos, o complexo de Édipo é destruído pelo complexo de castração, nas meninas ele se faz possível e é introduzido através do complexo de castração. A menina aceita a castração como um fato consumado, ao passo que o menino teme a possibilidade de sua ocorrência.
O complexo de Édipo, apesar de acontecer na infância, o sujeito revive esse fato na adolescência e os resultados dele estão presentes na vida de qualquer adulto. De acordo com a lenda do Édipo Rei, para Freud (1917), ouvi-la é um certo horror para todos os sujeitos, uma que vez que esta “evoca” o que estava adormecido – os desejos incestuosos.
Considerações Finais
As discussões tecidas nesse artigo visam fomentar estudos sobre o processo de construção do Complexo de Édipo e suas implicações no decorrer da história de vida do sujeito. O complexo de Édipo é relevante na teoria tendo em vista que caracteriza a diferenciação do sujeito em relação aos pais e possibilita que a criança perceba que seus pais pertencem a uma dimensão cultural e social e que não podem dedicar-se somente a elas. Dependendo do percurso percorrido do Complexo de Édipo e sua dissolução o sujeito manifestará, ainda, muitos conflitos durante a sua idade adulta, ou seja, o Complexo de Édipo influencia diretamente na construção da estrutura psíquica do indivíduo.