O Sul da Bahia será palco da COP Mata Atlântica – Hileia Baiana, um encontro que se soma às atividades preparatórias para a COP 30, que acontece em novembro, em Belém (PA). O evento será dividido em três etapas: 15 e 16 de setembro, em Teixeira de Freitas, 20 a 26 de setembro, em Porto Seguro e 14 de outubro em Ilhéus e Itabuna.
O nome do evento remete ao papel estratégico do bioma Mata Atlântica para o equilíbrio climático e para a sociobiodiversidade do país. Conhecida também como Hileia Baiana, a porção deste bioma que abrange o Sul e Extremo Sul da Bahia abriga uma das maiores concentrações de povos indígenas e comunidades quilombolas do Brasil, além de agricultores familiares, pescadores, marisqueiras e assentados da reforma agrária.
Segundo a organização, o objetivo é ampliar a reflexão sobre os desafios e soluções locais diante da crise climática, conectando o debate regional às discussões globais da COP. “Queremos promover o encontro de saberes, a difusão de tecnologias e a construção de propostas que articulem conservação ambiental, justiça social e desenvolvimento sustentável”, afirmam os organizadores.
A programação será estruturada em três eixos: conhecimento científico e tradicional, políticas públicas para a redução de vulnerabilidades e fomento às parcerias. Entre os resultados esperados estão a produção de documentos e monções a serem encaminhados a órgãos competentes e o lançamento do audiovisual “Vozes da Mata Atlântica para a COP 30”, que já tem exibição prevista tanto em Belém quanto na 1ª Conferência Internacional de Tecnologias Sociais da Memória, em São Paulo.
Além dos debates, o evento prevê ações simbólicas, como o plantio de mudas nativas para compensar as emissões de carbono, e a apresentação de boas práticas e tecnologias sociais que podem ser replicadas em outras regiões.
A COP Mata Atlântica – Hileia Baiana será aberta ao público, gratuita, com inscrições realizadas no local. Para atividades externas aos campi universitários, haverá taxa apenas referente ao almoço, mediante formulário eletrônico de inscrição.
A expectativa é de que a iniciativa fortaleça a visibilidade da Mata Atlântica no cenário nacional e internacional, destacando os desafios de uma região historicamente marcada por desigualdades sociais, degradação ambiental e eventos climáticos extremos, mas também rica biodiversidade, em experiências de resistência, inovação e organização comunitária.
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A COP é realizada pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), com patrocínio do Instituto Arapyaú e os seguintes apoios: Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres (Governo do Estado da Bahia), Instituto Mãe Terra, Incubadora de Tecnologias Sociais e Economia Solidária do Sul e Extremo Sul da Bahia (ITESBA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Socioambiental Plogging Porto Seguro. Fonte: Ascom da UFSB
