Teixeira de Freitas – A rodovia tem aproximadamente 200 quilômetros de extensão e liga a cidade de Alcobaça/BA a fronteira com Minas Gerais na divisa com o distrito de Batinga/Itanhém com o Município de Bertópolis/MG, desses apenas 154 quilômetros tem pavimentação asfáltica, se assim podemos denominar, pois o trecho entre as cidade de Teixeira de Freitas a Medeiros Neto é o mais crítico no momento devido a centenas de buracos que os usuários entendem serem crateras que danificam suspensão, causa desconforto nas viagens, além de provocar acidentes constantes quando os veículos tentam desviar e acabam colidindo.
A noite é um Deus nos acuda e só muita oração para chegarmos em casa e com vida disse Benedito Barbosa, que trafega praticamente todos os dias em direção a Teixeira de Freitas levando pacientes de sua comunidade rural, assim como para fazer compras no comércio de Teixeira de Freitas que é o maior centro comercial da região.
“Não consigo entender a política dos governos da Bahia que ao longo das últimas décadas só nos suga, ou seja, leva nossos impostos e pouco é a contrapartida em nosso benefício”, disse Barbosa.
O trecho entre Medeiros Neto / Itanhém recebeu uma reforma no penúltimo ano da administração Jaques Wagner, já o percurso entre Medeiros Neto e Teixeira de Freitas recebeu a última pavimentação em1999, ou seja, há aproximadamente 20 anos.
Mesmo assim, na época não fora imaginado que em pouco tempo teríamos uma rodovia de tráfego pesado e constante, devido ao escoamento de produção das pedreiras de granito exportado para a Europa, a extração de eucaliptos para as fábricas da Suzano e Fibria, as carretas de transportes de álcool das três usinas implantadas em Medeiros Neto, Ibirapuã e Lajedão, assim como o escoamento da produção de laticínios Davaca que não trafega com menos de 40 t, além de termos uma pecuária de corte que abastece o mercado dos demais estados do nordeste e sul do País.
Apenas para servir de parâmetro todas as empresas citadas são geradoras de altos impostos e aí o Barbosa tem razão em dizer que não recebemos a devida atenção por parte do Governo do Estado.
Dentre os entrevistados, um deles nos disse que é bastante triste observar que uma estrada que é a principal via de escoamento da produção regional venha a ser “recuperada” com barro vermelho. Aqui a reportagem identifica que a rodovia não está pior porque os buracos estão sendo tapados com terra vermelha, o que em alguns trechos dá a sensação de trafegabilidade, mas é ledo engano, só faz é aumentar o número de acidentes, boa parte deles com vítimas fatais.
Informalmente tivemos a notícia de que a rodovia será recuperada entre Alcobaça e Medeiros Neto (Cerca de 120 km), mas não conseguimos confirmar a informação, inclusive junto à assessoria de comunicação do Governo do Estado. Por Antônio Carlos Santos Nunes – MTB/BA 4446.
