Temperamento

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Hoje, atravessamos um momento difícil na humanidade. Parece que o homem está chegando ao momento em que se faz necessária uma introspecção para reconhecer-se como um ser Espiritual. Nunca se recorreu tanto aos templos religiosos de todas as ordens em busca de “milagres”. Nunca na história o homem sofreu tanto pela depressão. E onde está a cura?
Talvez a mensagem de Emmanuel, de psicografia de Chico Xavier, nos ajude a encontrar a resposta…
“Somos cuidadosos, salvaguardando o clima doméstico. Dispositivos de alarme, faxinas, inseticidas, engenhos de proteção e limpeza. No entanto, raros de nós se acautelam contra o inimigo que se nos instala no próprio ser, sob nomes de canseira, nervosismo, angústia ou preocupação. Asseguramos a tranquilidade dos que nos cercam, multiplicando recursos de segurança e higiene, no plano exterior, e, simultaneamente, acumulamos nuvens de pensamentos obsessivos que terminam suscitando pesadelos dentro de casa.
Muitas vezes, desapontados de nós para conosco, à face dos estragos estabelecidos por nossa invigilância, recorremos a tranquilizantes diversos, tentando situar a impulsividade que nos é própria no quadro das moléstias nervosas, no pressuposto de inocentar-nos.
Sem dúvida, não podemos subestimar o poder da mente sobre o campo físico em que se apóia. Se acalentamos a irritação sistemática, é natural que os choques do espírito atrabiliário alcancem o corpo sensível, descerrando brechas à enfermidade. Nesse caso, é preciso rogar socorro ao remédio. Ainda assim, é imperioso nos decidamos ao difícil empreendimento do autodomínio.
No que concerne a temperamento, é possível receber as melhores instruções e receitas de calma; entretanto, em última análise, a providência decisiva pertence a nós mesmos.
Ninguém consegue penetrar os redutos de nossa alma, a fim de guarnecê-la com barricadas e trancas. Queiramos ou não, somos senhores de nosso reino mental.
Por muito nos achemos hoje encarcerados, do ponto de vista de superfície, nas consequências do passado, pelas ações infelizes em nossa estrada de ontem, somos livres, na esfera íntima, para controlar e educar o nosso modo de ser.
Não nos esqueçamos de que fomos colocados, no campo da vida, com o objetivo supremo de nosso rendimento máximo para o bem-comum. Saibamos enfrentar os nossos problemas como sejam e como venham, opondo-lhes as faculdades de trabalho e de estudo de que somos portadores. Nem explosão pelas tempestades magnéticas da cólera e nem fuga pela tangente do desculpismo. Conter-nos. Governar-nos.
Aqui e além, estamos chamados a conviver com os outros, mas vivemos em nós, estruturando os próprios destinos, na pauta de nossa vontade, porque a vida, em nome de Deus, criou em cada um de nós um mundo por si.”
Que a luz do Divino Mestre Jesus possa iluminar os nossos passos, para assim, sair de vez desse lodo da ignorância e compreender que nós somos os artífices de nosso presente e futuro. Muita Paz!!!