Teixeira, sem dinheiro, “mexerá o po po popozão”

363

Corre a boca miúda que JB prorrogou o decreto de estado de emergência de 7, 10 ou 31 de janeiro (há tantas versões para a data, certo mesmo é o mês… eu acho). Desta feita, seu término será em julho. Ele, outra vez culpando o padre, disse que os problemas-motivos da decretação não foram resolvidos porque o ex-prefeito demorou a prestar contas de sua gestão, o que impossibilitou algumas ações da nova administração. Estranho, né?! Porque no ato da tomada de posse, JB era amiguinho de Apparecido, que chorou seus lamentos de homem perseguido, coitado, nos ombros do petista. Foi só surgir a polêmica dos R$ 15 milhões que a amizade se desfez. Eita! mundo cão este da política.

Pois é, teixeirenses, em meio a decretos que enfatizam a CAÓTICA situação FINACEIRA do município o prefeito anunciou o Teixeira Folia 2013 – Celebrando sua gente, que custará 600 mil reais aos cofres públicos. Não esperem que eu critique JB. Ele quer dar o que o povo espera: circo. Como dizem… Cada povo tem o governante que merece.

Digo isso porque se a população, em sua maioria, lógico, se opusesse a esta atitude divergente, é provável que algo mudasse. Como pode uma cidade em estado de emergência, que prorroga a validade do decreto alegando que os problemas financeiros persistem, vai realizar festa da cidade? Garantindo que será uma das melhores da história, diga-se de passagem. É fora da realidade, minha gente. Mas, ele fará porque grande parcela das pessoas gosta de “mexer o popozão… po po popozão” (vide Banda Gasparzinho), pequena minoria utiliza o cérebro, por isso, temos tanta merda no poder,  com o perdão do termo, leitores.

Afirmo que a culpa é do povo porque se olharmos os comentários postados nas matérias sobre a festa nos sites de notícias veremos – e quem usa o cérebro ficará deprimido – que a maioria elogia a grade de programação. Critica quem lembra o decreto e o consumo de drogas, sexo sem compromisso, mortes e tudo mais que festas assim ocasionam. A política de pão e circo do século XXI é assim. A massa segue indo às arenas em busca de alienação.

Teixeirenses, zelem por nossa cidade. JB pode ter boas intenções, mas… Bem, já disse sobre as cobras de seu pescoço aqui… elas o atazanam, tadinho. R$ 600 mil em uma festa que valorizará a cultura local é piada. Oras, se é daqui, da região, menos se gastará, porque o conterrâneo clama por visibilidade, atenção do Poder Público, até de graça iria e faria o seu melhor, porque o da terra quer notabilidade que lhe é de direito, no mínimo. O que não impediria em um ajuda de custo da administração, claro!

Também, se não fizer a festa, “as novinhas piram”. Porque estão todas afoitas para verem a Banda Gasparzinho, aquela que um bondoso, segundo relatos, doou verba para vir ‘cantar’ no Teixeira Folia. Por que o prefeito sabe bem da Lei Antibaixaria. JB é petista e deve saber da lei criada por uma colega de partido, aprovada em âmbito estadual e municipal (aqui, graças a Edinaldo Rezende, PT), que proíbe que artistas e bandas que cantem músicas que depreciem a imagem da mulher sejam contratadas com dinheiro público. Então… tcharam! Eis que alguém resolve colaborar e presentear-nos com “Vai no cavalinho”, “Mulher GPS”, “Po po popozão”, “Sou o rei do puteiro”, “Ela só quer o que você tem” e outros sucessos da Banda Gasparzinho. Santa paciência! Já não bastavam as porcarias de sempre, como Psirico, Tomate e sei lá mais que promotores de dejetos musicais que, francamente, não faço questão de saber o nome.

Cancelem a Lei Antibaixaria, “as novinhas” gostam de serem comparadas com éguas, cachorras, putas e afins. Neste ponto, lamento o insulto feito às fêmeas de outras espécies animais, bem mais respeitosas. Faça festa mesmo, JB. Teixeira não liga se o dinheiro que você diz que virá pelo turismo e comércio que a ocasião fomenta é nada diante do que será gasto. Teixeira não usa a mente porque prefere mexer o “po po popozão”, e isso você possibilitará com a “Micareta 2013”.