Ações coletivas podem pôr fim ao transmissor da dengue, febre amarela, zika e chikungunya
No continente americano, pesquisadores já avaliaram o Brasil como o país mais atingido pelo zika vírus, que já está em mais de 30 países e não sai dos noticiários e preocupações mundiais. A doença, de baixa letalidade, causa febre baixa, hiperemia conjuntival (olhos vermelhos) sem secreção e sem coceira, artralgia (dores nas articulações) e exantema maculo-papular (manchas ou erupções na pele com pontos brancos ou vermelhos), dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas. Mas, em grávidas, pode trazer sérias complicações ao feto, como a microcefalia – de acordo com o Ministério da Saúde, até o momento, 508 casos já tiveram confirmação de microcefalia e outros 837 casos notificados já foram descartados por apresentarem exames normais.
O causador do problema: Aedes aegypti, o mosquito velho conhecido do brasileiro por transmitir dengue e febre amarela, volta à cena dos noticiários por ser o transmissor, também, da zika e da febre chikungunya – está última, tem sintomas semelhantes aos da dengue: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Porém, a grande diferença da chikungunya está no seu acometimento das articulações: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local. A febre amarela quase não é citada nos noticiários e boletins de alerta porque está sob controle no momento, graças a um intenso trabalho mundial de contensão do vírus, que já teve diversos surtos no mundo e levou milhares à morte. Hoje, a vacina contra a doença está no calendário de vacinação nacional – é aplicada aos 9 meses e é válida por 10 anos. Pessoas que vão viajar para zonas de risco também devem tomar. A vacina fica disponível o ano todo nos postos de saúde. Sintomas: dependendo da gravidade, a pessoa pode sentir febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina).
Mesmo com todas as campanhas em âmbito nacional e local, a população parece não mensurar os riscos aos quais se expõe – e aos outros – com as ações descuidadas. É recorrente em Teixeira de Freitas, locais com água parada, apresentando foco de mosquito, sobretudo piscinas de casas abandonadas, caixas d’agua e outros reservatórios, prato de vasos de plantas etc. Os moradores, com frequência, jogam lixos nas ruas, os quais contêm cascas de ovos e/ou embalagens de derivados de leite, por exemplo, as quais, em caso de chuvas, inda que passageiras, comuns ao mês de março, tornam-se um foco do Aedes.
O município de Teixeira de Freitas está fora do mapa da dengue na Bahia. O número de casos confirmados entre os anos de 2013 e 2015 reduziu mais de 90%, fruto das ações de prevenção e combate ao mosquito transmissor, o Aedes aegypti, implementadas pelo Governo Municipal, via Secretaria de Saúde/Vigilância Epidemiológica. “Devemos manter o cuidado e não deixar água parada”, alerta o secretário de Saúde Eujácio Dantas. No entanto, é preciso manter o foco e não perder a batalha para este mosquito. Tampe sua caixa d’água, troque com frequência água de animais de estimação, não deixe água parada em lugar nenhum, atenção ao seu lixo e fique de olho no seu vizinho também, auxilie-o com dicas na manutenção da saúde pública. Se houver casas abandonadas com foco, denuncie à Secretaria de Saúde local. Por Jornal Alerta.