Sexualidade

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Parte II – O grande festival em Woodstock, a revolução de 64 no Brasil, a guerra do Vietnã, a revolução do petróleo, e tantos outros movimentos, influenciaram o mundo e houve uma grande ideologia de liberdade e liberação. Os jovens partiram para a revolução sexual, e uma explosão de ideologias de “ser livre” tomou conta do pensamento coletivo. Infelizmente, as drogas acompanharam esse processo, o grande movimento de “PAZ E AMOR” se deteriorou, a liberdade foi confundida com libertinagem, e a década de 80 foi o auge da “liberdade” da permissividade.

Nós que vivemos esse processo e hoje somos pais e mães, chegamos à década de 90 com a percepção do descontrole no que diz respeito à educação de nossos filhos, incluindo aí a educação sexual. Percebemos que cada vez mais cedo as meninas e os meninos iniciavam na área sexual, surgindo, então, uma proporção muito maior que nas décadas anteriores de mães solteiras e meninas menores grávidas. O número de mulheres que optavam por terem filhos e seguirem sua vida sem o companheiro morando no mesmo lar. Estava sendo oficializada a destituição do conceito família.

O potencial do homem e da mulher deve ser explorado na mesma proporção para o mercado de trabalho, sendo necessária uma reformulação na legislação dos direitos e deveres trabalhistas, pois estamos terceirizando a educação de nossos filhos a babas e ao sistema educacional escolar, este se deteriorando cada vez mais devido a diversos fatores, principalmente pelo financeiro, pois o governo não se empenha em perceber que o professor bem pago se dedica melhor a sua profissão sem se preocupar com outros recursos financeiros para complemento de renda familiar, consequentemente uma melhor formação do aluno e do cidadão, do futuro pai e mãe, criando, assim, uma corrente e futuros pais e mães criarão filhos com uma melhor qualidade intelectual e moral, formando uma sociedade mais saudável nas suas diversas nuanças – moral, sexual, cientifica etc.

As anomalias da sexualidade se apresentaram com muito mais força e criatividade. Temos relatos noticiados que ratificam que toda essa revolução e transformação influenciaram a degradação dos conceitos morais e familiares. O quadro e o índice de pessoas com conflito e anomalias na área sexual, ansiedade, depressão, estresse, transtornos nas suas variações descritas no DSM-IV, se multiplicaram de forma logarítmica. Continua.

* Luís Fernando G. Vinhas é psicanalista, massoterapeuta, educador físico, equoterapeuta, terapeuta reike, palestrante e escritor. Atua em Teixeira de Freitas e região.