Sentindo na pele
Ao longo das décadas de 1970, 1980, 1990 e 2000, houve uma peregrinação de órgãos oficiais aqui na Região do Extremo Sul, pois o que antes funcionava em Caravelas e Prado migrou-se para as cidades de Medeiros Neto, posteriormente para Itamaraju e mais recentes aportaram em Teixeira de Freitas e aqui, o que parecia ter-se fixado, desceu ralo abaixo a exemplo, da sede do IBAMA que foi para Eunápolis e a desativação do 13º Batalhão que se tornou CIA. Estamos sentindo na pele o que ocorreu em outros municípios.
Encrenca
Nada vê com o programa da Rede TV!, mas diz respeito a prefeita de Porto Seguro, Cláudia de Oliveira, que segundo o Tribunal de Contas contratou o Luan Santana e banda para tocar no São João Sertanejo de Porto com dispensa de licitação que poderia passar desapercebido não fosse o valor pago ao cantor. Ela pagou 350 mil pra ele cantar em Porto que no mesmo dia havia tocado em Salvador por R$ 150.
Sabe o resultado disso?
Ganhou uma Ação Popular que foi instaurada na Vara de Fazenda Pública de Porto Seguro por “violação dos princípios administrativos” que pede o bloqueio dos bens da prefeita Claudia Oliveira (PSD) até o valor pago. Vale lembrar que Cláudia Oliveira já tinha pago R$ 300 mil à banda Aviões do Forró, cujo cachê em Feira de Santana, na mesma época, foi de R$ 200 mil e em Assaré e Morada Nova, municípios do Ceará, R$ 150 mil. Isso é encrenca das grandes.
Uma só polícia
É a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 430/09, em análise na Câmara dos Deputados, que institui uma nova organização policial estadual e extingue as atuais polícias militares. Pelo texto, do ex-deputado Celso Russomanno, caberá à União legislar sobre essa nova estrutura (polícia estadual), que será subordinada aos governadores de estado e do Distrito Federal. O autor da PEC ressalta não se tratar de unificação das polícias, mas da criação de um novo sistema de segurança pública. Ele destaca também que os integrantes das polícias existentes “não sofrerão nenhum tipo de prejuízo remuneratório ou funcional”.
Meio ambiente
A carta que o ministro de Clima e Meio Ambiente da Noruega, Vidar Helgesen, enviou ao ministro do Meio Ambiente do Brasil, Sarney Filho, foi destaque na mídia nacional na segunda quinzena de junho. A carta de três páginas demonstra a preocupação do governo norueguês com os possíveis retrocessos na política ambiental brasileira, como o aumento do desmatamento, a possibilidade de redução de unidades de conservação e a flexibilização no licenciamento ambiental. A carta foi enviada às vésperas da visita do presidente Michel Temer à Noruega e causou constrangimentos.
Maior apoiador
A Noruega é o maior apoiador estrangeiro de projetos ambientais no Brasil. Durante a visita oficial, o governo norueguês anunciou um corte de quase R$ 200 milhões nas doações para o Fundo Amazônia. Todos os veículos de repercussão nacional publicaram matérias e análises sobre o tema. A imprensa também repercutiu a possibilidade do governo federal descontinuar o programa Bolsa Verde, maior programa de pagamentos por serviços ambientais do Brasil.
Governo sem recursos
A ANDI – Comunicação e Direitos publicou carta das organizações da sociedade civil enviada ao presidente Temer pedindo a continuidade do programa. O Ministério do Meio Ambiente nega o fim do programa, mas, procurado pela ANDI – Comunicação e Direitos, não informou o orçamento reservado para 2017 e 2018. Extrativistas ouvidos pelo jornal O Estado de São Paulo afirmaram que alguns beneficiários já haviam sido informados por integrantes do governo que não havia recursos para pagar o benefício neste mês de julho.
Pulmão do mundo
Estima-se que a Floresta Amazônica bombeie 20 bilhões de toneladas de vapor d’água para a atmosfera todos os dias, o que alimenta boa parte das chuvas na região central e no Sudeste do Brasil.
Se tivéssemos que aquecer água para promover a mesma evaporação, precisaríamos de seis meses de toda a capacidade de geração elétrica do planeta para cada dia. Sobre este único aspecto, o valor dos serviços da floresta soma alguns milhares de dólares por hectare por dia. Quem cuida e protege o patrimônio florestal do Brasil presta um enorme serviço.