Se investir corretamente, tudo bem

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O secretário de Finanças cumpriu a profecia por ele mesmo anunciada de aumento do IPTU, embora, JB, sempre ponderado, na ocasião, tenha o interrompido e aquietado os ânimos de todos afirmando que faria o possível para que isso não ocorresse. Entretanto, parece que JB mudou de ideia e resolveu agraciar grande parte da população com uma reavaliação de imóveis, quando, muitos, calculados em R$ 15 mil, valor que isenta o pagamento do IPTU, pularam para quase R$ 16 mil, sendo obrigados a pagar quantia irrisória de R$ 90,00 em cota única (à vista), ou, ter o valor parcelado.

Mas, claro, se esta reavaliação tiver atingido bairros periféricos, além de JB não ter cumprido sua palavra, estará prejudicando teixeirenses que não desfrutam dos benefícios pagos com o IPTU – o que consiste em séria injustiça com todos que, pobres ou não financeiramente, enriqueceram-se de esperança e depositaram seu voto em alguém que demonstrava preocupação com Teixeira de Freitas, passava segurança de trazer o novo que tanto precisamos, afinal, alguns antigos que nos apresentavam nas eleições, por muitos, não eram bem quistos, como dizem: quem bate, esquece; quem apanha lembra.

Na semana da coletiva à imprensa, quando o secretário de Finanças falou sobre a possibilidade de aumento no IPTU, fiz editorial com um ALERTA à administração, que, parece, não surtiu efeito. Então, de novo, colocarei o editorial de quando o padre Apparecido, em 2010, aumentou o IPTU em quase 1.000 %. A proposta é que JB e os seus RELEMBREM o quanto Teixeira já sofreu com cobranças infelizes, cujo retorno prometido nunca chega aos que mais precisam. Aliás, nem aos mais abastados, afinal, até em bairro nobre há sérios problemas de infraestrutura, por exemplo. À leitura:

Sabemos que para manter uma nação, uma cidade (sejamos mais específicos) faz-se necessário que nos, seus moradores, paguemos tributos ao governo. São deles que provém o dinheiro utilizado para fazer, digamos, as manutenções de um município (já sendo mais diretos ainda), usando uma maneira mais simplória de falar sobre o assunto, pois aqui não somos especialistas nisto, todavia, tratamos da temática de acordo ao conhecimento empírico e às poucas informações mais teóricas sobre. Porém, o que nos move mesmo é o desejo de lutar pelos interesses da população, muitas vezes desinformada, o que tem causado a completa inação de nosso povo, e, consequentemente, os governantes abusam do que, à primeira vista, soa como uma alteração normal.

Tudo certo em aumentar ITBI [Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis] e IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano], coisas necessárias a uma cidade em constante crescimento. Entretanto, há um problema quando isso é feito de forma que mais parece um assalto à mão desarmada aos cidadãos deste município – quase 500%. Sobretudo em uma cidade em que grande parte da população não pertence à classe econômica que se encontra no ápice da pirâmide social.

Parece não analisarem o contexto real da população e sua situação socioeconômica, porque se assim fizessem notariam com total facilidade que os moradores deste município não têm condições financeiras de pagar taxas de impostos tão elevadas quanto as que foram impostas em certa cidade do extremo sul baiano. Desta forma, estes, desprovidos de capital, já se sentem mal diante de suas circunstâncias de vida, acabam ficando piores, pois aumentam a sensação de descaso e exclusão para com eles, que serão taxados como inadimplentes ou mesmo serão privados de adquirir imóveis, devido aos valores pecuniários tão exorbitantes, de acordo ao bairro que desejarem.

O que acaba ocorrendo é os mesmos terem escolhido por outrem o local onde devem morar – nos bairros periféricos –, sem condições dignas para viverem. Uma vez que os bairros, por assim dizer, mais dotados de infraestrutura, nos quais a Prefeitura de fato investe o que deveria investir a fim de agradar os poucos “donos-de-tudo” que lá moram, apresentam terrenos com valores aquém de suas possibilidades financeiras.

É vergonhoso, em pleno início de 2010, a população ser pega de surpresa com tal notícia aqui divulgada na última edição. Mais grotesco ainda é ver que sai ano, entra ano, e a população ainda tem que pagar pelas “maracutaias” e artimanhas políticas de seus dirigentes. JB, tem problema nenhum reavaliar os valores não, apenas empregue o dinheiro de forma devida.