Samarco x Caravelas: Pescadores e marisqueiras cobram da empresa os impactos socioeconômicos sofridos

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Caravelas – A Comissão e o Grupo de Trabalhos de Atingidos dos Rejeitos de Minérios da Lama da Samarco no município de Caravelas realizou na manhã, do dia 12 de agosto, na rua do Cais dos Pescadores um protesto, que visa o reconhecimento do município como área impactada pelos rejeitos da lama, diante dos estudos científicos das UFES e UFRJ.

Os atingidos querem que o CIF e a Justiça Federal da 4ª vara de BH, reconheçam os impactos socioeconômicos sofridos e vividos pelo maior desastre ambiental causado pela mineradora Samarco.

A manifestação dos moradores ocorreu neste sábado, 12 de agosto de 2023, em Caravelas, no Sul da Bahia e reuniu pescadores e familiares, vítimas de contaminação pela lama de rejeitos da mineradora que logo após o desastre em 5 de novembro de 2015 em Mariana, uma enxurrada de lama contaminada chegou ao mar através do Rio Doce e depois de ter passado por municípios do Espírito Santo chegou nas cidades ao sul da Bahia.

Desde março de 2022, os atingidos de Caravelas através da Comissão de Atingidos ingressou com os processos pedindo o reconhecimento socioeconômico que possibilita aos atingidos receberem suas indenizações devida em decorrência do maior desastre ambiental do Brasil ou do mundo.

Em, 10 de outubro de 2022 o ICMBIO emitiu um parecer reafirmando que os rejeitos haviam aumentado no extremo sul da Bahia e a população corria risco com a saúde pública.

Em 12 de dezembro de 2022, o CIF autorizou a ser estudada a Bahia para comprovar os danos sociais através do Grupo de Trabalho, tendo em prazo de 60 dias para entregar os laudos que comprove os danos sociais.

Em 16 de marços de 2023, teve a primeira reunião do Grupo de Trabalho, porém até a data da manifestação ocorrida neste sábado, 12 de agosto de 2023, nenhuma ata ou parecer foi apresentado sobre os estudos requeridos. Fonte: Ascom