Chanceler russo se reuniu com Yván Gil durante Assembleia Geral da ONU e reafirmou apoio à soberania da Venezuela

247 – O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, classificou como “inaceitável” a pressão de potências estrangeiras sobre a Venezuela. A declaração foi feita durante encontro com o chanceler venezuelano Yván Gil, à margem da 80ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. As informações são da Sputnik Brasil.
Segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Lavrov declarou ser “categoricamente inadmissível o uso da pressão de poder contra Estados soberanos como ferramenta de política externa”. Ele também expressou solidariedade à liderança venezuelana diante do que classificou como ameaças externas e tentativas de interferência nos assuntos internos do país.
Fortalecimento da parceria Moscou-Caracas
Durante o encontro, os ministros destacaram o caráter estratégico das relações entre Rússia e Venezuela. Ambos concordaram em seguir promovendo o fortalecimento dessa parceria, com ênfase no aprofundamento do diálogo político e na ampliação dos laços comerciais, econômicos, de investimento, científicos e técnicos. Também foi ressaltada a importância da cooperação cultural, humanitária e educacional entre os dois países.
Contexto de tensão com os Estados Unidos
A posição russa ocorre em meio ao aumento da retórica hostil de Washington contra Caracas. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou recentemente que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estava preparado para usar “todos os elementos do poder americano” para combater o narcotráfico na região, sem descartar a possibilidade de uma operação militar em território venezuelano.
A declaração foi feita após relatos de que mais de 4 mil fuzileiros navais e marinheiros norte-americanos foram enviados para as águas do Caribe e da América Latina sob o pretexto de combater cartéis de drogas.
O alinhamento entre Moscou e Caracas, portanto, reforça a resistência da Venezuela frente às ameaças externas, ao mesmo tempo em que expõe a crescente rivalidade geopolítica entre a Rússia e os Estados Unidos no continente americano.