Puxão de orelha I
Penso que essa, ou essas, empresas que foram e são contempladas com as obras do PAC em Teixeira de Freitas precisam levar um puxão de orelha do executivo, pois não respeitam os munícipes. Interditou alguma rua ou avenida para a realização da obra, conserte, priorize o trecho e libere o tráfego imediatamente, caso contrário, vira caos.
Puxão de orelha II
Como o que vimos no início desta semana com a obra de esgotamento de águas pluviais na avenida São Paulo, considerada depois da Getúlio Vargas como a principal via de escoamento e alto trafego durante 24h. A empresa manteve a via interditada por mais de 72h, dando como opção de desvio de tráfego a rua da Pituba e outra paralela no Jardim Caraípe totalmente cheia de buracos e sem viabilidade. Pra completar veio a chuva e virou caos.
Puxão de orelha III
Tenho visto em outros estados que obras de muito maior porte da que está sendo feita na avenida São Paulo não atrapalha o trânsito e por aqui, volto a repetir é sempre caos. Temos como exemplo as obras da MRM que construiu o sistema de esgotamento sanitário em Teixeira de Freitas, parecia que era dirigida por amadores, tamanhos foram os dissabores e transtornos nas gestões do padre Apparecido (in memoria) e dr. João Bosco.
Bens bloqueados
Em Eunápolis a Justiça bloqueou quase meio milhão em bens do prefeito Robério Oliveira, por desvios (pagamentos a mais – superfaturados) na compra de adubo. Pra se ter uma ideia do superfaturamento a Ceplac (designada pela Justiça pra fazer a perícia) identificou que o custo seria de R$ 0,32 por metro quadrado e a gestão de Robério pagou R$ 4,49, além disso, a empresa também teria superfaturado os serviços ao cobrar por gramas em placas e realizar plantios de grama em mudas, atingindo um superfaturamento na ordem de R$ 1.063.631,71. Bichinhos sabidos…
Condenações
A Promotoria pediu o bloqueio de bens móveis e imóveis dos réus: José Robério Batista de Oliveira (Prefeito), Alécio Vitorino Viana, Omar Reiner e José Carlos Costa (Secretários) e PHDB Construções e Transporte Ltda. (contratada).
O método Moro sofre questionamentos I
Esta não foi uma boa semana para o juiz Sergio Moro. Duas decisões tomadas pela Justiça atingiram a proa da sua estratégia na Operação Lava-Jato. Em boa parte, o caminho de Moro passa pela forte pressão psicológica sobre os envolvidos. É a tática que ele aprendeu estudando a Operação Mãos Limpas, na Itália. Nas decisões tomadas pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) primeiro e depois pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, ficou um recado ao juiz: há limites para essa estratégia.
O método Moro sofre questionamentos II
Na primeira decisão, a Segunda Turma do STF decidiu pela libertação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que vinha preso por decisão de Moro, após condenação em primeira instância. No segundo caso, na quinta-feira (4), o TRF da 4ª Região rejeitou a determinação de Moro de que o ex-presidente Lula precisaria comparecer pessoalmente a todas as audiências marcadas para ouvir as 86 testemunhas de defesa que arrolou.
O método Moro sofre questionamentos III
Não são posicionamentos unânimes, que necessariamente reflitam uma visão do restante do Judiciário no sentido de achar que Moro esteja extrapolando. Há quem não pense assim. E sobre os perigos que podem vir dessas divisões na Justiça e no Ministério Público já se comentou aqui. De qualquer modo, as duas decisões demonstram resistência a métodos de Moro. Como demonstra o nosso colaborador João Gabriel Alvarenga, também pode não haver sucesso na estratégia do ministro Edson Fachin de levar diretamente para o pleno do STF o caso do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.
O método Moro sofre questionamentos IV
A questão é que muito do que Moro e sua turma obtêm no processo da Lava-Jato está relacionado à pressão psicológica que exercem sobre os investigados. Isso fica bem claro na leitura do famoso artigo que Moro escreveu sobre a Operação Mãos Limpas. Moro considera a Mãos Limpas “um momento extraordinário na história contemporânea do Judiciário”. E, já nesse artigo que escreveu em 2004, avalia que há no Brasil condições de a Justiça reproduzir trabalho semelhante para obter o saneamento das suas práticas políticas. Como o próprio Moro descreve, a estratégia da Justiça italiana para desmontar o esquema de corrupção que lá havia baseou-se muito nas delações premiadas dos envolvidos. Tópicos extraídos dos Divergentes.