Professores da Bahia recusam proposta e greve completa 60 dias

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Salvador – A proposta feita na segunda-feira (4), pelo governador Jaques Wagner, para os professores da rede estadual de ensino não foi aceita pela categoria na terça-feira (5). Em reunião de assembleia geral, realizada em frente à Secretaria de Educação do Estado, no Centro Administrativo, eles decidiram manter a greve, que completa 57 dias.

A paralisação está deixando sem aulas 1,1 milhão de alunos da rede pública, que estão com o semestre letivo comprometido. Este ano só ocorreram 37 dias de aula.

O Governo da Bahia se propunha a conceder aos professores licenciados, em novembro de 2012, promoção por meio de curso, com ganho real de 7%. Em abril de 2013, nova promoção, também com ganho real de 7%, para os licenciados. Com essa proposta o governo antecipa investimentos que seriam aplicados nos reajustes de 3% e 4%, que seriam concedidos em 2013 e 2014.

A proposta do governo estabelecia um reajuste entre 22% e 26% em novembro deste ano e abril de 2013 em forma de progressão na carreira.

“Estamos fazendo um grande esforço para, juntamente com os professores, evitar a perda do ano letivo. Haverá por parte do Estado a antecipação de um grande volume de recursos”, explicou Wagner.

“A proposta que foi apresentada na segunda, ainda não é de acordo com o que nós queremos. Estamos aguardando o governo nos enviar uma nova proposta, reformulada, que atenda todas as questões da categoria”, pontua Rui Oliveira, presidente do sindicato dos professores.

“O problema dessa proposta é que ela não contempla todos os professores, excluindo os aposentados e os em estado probatório [recém-concursados]“, avalia Marilene Betros, vice-coordenadora do sindicato.