Proerd forma 700 alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental

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O programa atua em Teixeira de Freitas desde 2003 e no ano passado começou a desenvolver também um trabalho com crianças

Teixeira de Freitas – Crianças e adolescentes da Rede Municipal de Ensino de Teixeira de Freitas têm a chance de participar do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, organizado pela Polícia Militar. Na quinta-feira, 9 de julho, o programa formou 700, dentre eles 250 crianças de 3 a 6 anos, estudantes das escolas Jardim Caraípe e Centro Municipal de Ensino Professor Paulo Freire.
O prefeito João Bosco Bittencourt apoia a ação da PM e acredita na importância de criar uma relação de amizade entre crianças, adolescentes e a polícia, estabelecendo uma rede de confiança que persista até a fase adulta: “O vínculo da família é essencial para manter as pessoas longe dos problemas da violência, e o programa trabalha muito para estreitar essas relações”.
Bosco ainda lembra que o Proerd está em crescimento, aumentando a quantidade de formandos a cada ano que passa. Ele acrescenta que, com um número maior de soldados em formação no Município, a organização pode deslocar mais profissionais para fazer o acompanhamento das crianças nas escolas.
O juiz Marcos Aurélio Sampaio prestigiou o evento e vê na iniciativa da PM a possibilidade de formar mais cidadãos de bem em Teixeira de Freitas e transformar a vida dessas crianças: “Quem cresce com esse tipo de ensinamento e acompanhamento se transforma em uma pessoa respeitável. Essa é plantação dos frutos, que serão colhidos quando esses jovens não derem trabalho à polícia nem à Justiça”.
Os alunos do 5º e 7º anos já recebem informações diferentes, com alertas mais fortes para os perigos que aparecem quando há envolvimento com drogas. O Major Magalhães, comandante da Polícia Militar, diz que o trabalho de repressão ao tráfico tem sido muito forte na região: “O Proerd atua em um momento em que ainda é possível mudar essa situação, mostrando um quadro positivo alternativo ao que o mundo das drogas oferece, que é visto como glamouroso e financeiramente vantajoso. É preciso enxergar que o final dessa história nunca é bom”.
Os organizadores do programa encontram escolas mapeando locais onde existe mais necessidade, e fazem o cadastramento caso seja de interesse. Tanto para as crianças da Educação Infantil quanto os adolescentes do Ensino Fundamental, os instrutores ficam entre três e quatro meses fazendo o acompanhamento até a formatura. “Quando vamos para o currículo dos adolescentes, tratamentos dos malefícios que as drogas causam, como se ver livres de quem vem oferecer as substâncias, e já no último ano, recapitulamos tudo que já foi ensinado e reforçamos a conscientização para que eles possam se afastar de toda violência”, esclarece o capitão Luiz Claudio, mentor do Proerd na região.
Quem trabalha diretamente com as crianças percebe a facilidade com que elas aprendem o que é passado e a importância dessas informações para o seu dia a dia. A sargento Kátia Paranhos é uma das instrutoras dos alunos e afirma que sente uma recompensa muito grande desde que o programa começou a trabalhar com a Educação Infantil: “O resultado com eles é maravilhoso; com os nossos dez encontros, eles conseguem mudar o comportamento na escola e em casa. Não falamos diretamente sobre drogas, ensinamos a não inalar produtos de limpeza, não falar com estranhos na rua, aprender o endereço e telefone de casa, enfim, noções gerais de segurança”.
As professoras dos alunos também ficam felizes ao ver o desempenho que eles apresentaram ao longo do curso e a alegria com que recebiam os instrutores da Polícia Militar em sala de aula. “Quando o programa finalizou, eles tiveram que fazer desenhos com o que tinham aprendido durante esse período. Vi muitas coisas interessantes em minha turma, como faixa de pedestre, vidros de produtos de limpeza com sinalização negativa em cima, aparelhos de telefone com os números dos pais, mostrando que realmente apreenderam tudo isso”, comenta Kildria Vieira, professora do Infantil 5 na Escola Jardim Caraípe. Por Yara Lopes/Jornal Alerta.