Presidente do BB diz que assume ‘livre de interferência política’ e que venderá ‘alguns ativos’

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Rubem Novaes (primeiro plano, à direita) foi empossado nesta segunda (7) por Paulo Guedes no comando do Banco do Brasil em cerimônia no Palácio do Planalto — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Rubem Novaes (primeiro plano, à direita) foi empossado nesta segunda (7) por Paulo Guedes no comando do Banco do Brasil em cerimônia no Palácio do Planalto — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O novo presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou nesta segunda-feira (7) que assume o comando do maior banco público do país livre de “interferências políticas”. Ao discursar na cerimônia de transmissão de cargo na qual recebeu a presidência do BB, Novaes anunciou que pretende vender “alguns ativos” da instituição, mas não venderá o que classificou de “joias da coroa”.

Ao discursar na solenidade, ele afirmou que empresas de capital aberto e controle da União – como o Banco do Brasil – nem sempre mantiveram uma boa relação entre os acionistas privados e o controlador.

“Esse é o drama de todas as empresas estatais de capital aberto, uma anomalia. Subordina administradores a dois patrões que raramente comungam de objetivos comuns. Estou livre deste drama, pois o mandato que recebo é plenamente compatível com o interesse de [acionistas] minoritários”, declarou Novaes.

O novo dirigente do Banco do Brasil afirmou ainda que a nova administração da instituição pública não pretender “vender as joias da coroa, deixando-o fragilizado”, mas admitiu que pretende vender “alguns ativos”.

“O mandato é de rígida austeridade de maximização de valor respeitada a transparência. Entendemos que alguns ativos dos banco não guardam sinergia com os objetivos principais e, nesses casos, consideraremos os desinvestimentos”, enfatizou.

O novo presidente do Banco do Brasil não citou quais ativos da instituição financeira podem ser vendidos ao setor privado. Ele se limitou a dizer que buscará uma abertura do banco público para o mercado de capitais e que buscará “parceiros complementares”.

Ao discursar na cerimônia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que, quando as instituições publicas são “capturadas por desígnios políticos, elas perdem o rumo”. Comandante da economia na gestão Jair Bolsonaro, Guedes ressaltou que isso não acontecerá com o Banco do Brasil no novo governo. Por Alexandro Martello, G1 — Brasília