Polícia prende esposa que matou marido que a chamava de ‘gorda e velha’ em MG; vizinha que ajudou também é presa

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Polícia prende esposa que matou marido que a chamava de 'gorda e velha' em MG
Polícia prende esposa que matou marido que a chamava de ‘gorda e velha’ em MG

A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (13) duas mulheres acusadas de matar um homem em Itajubá (MG) no mês passado. O servidor público Sérgio Carvalho Silva, de 51 anos, foi morto asfixiado no dia 25 de junho pela própria esposa com a ajuda da vizinha. Relembre o caso mais abaixo.

As prisões aconteceram durante o cumprimento de mandados das operações “Sicária” e “Acalento”, deflagradas durante a manhã pela Polícia Civil. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e prisão. Dois homem foram presos, sendo um por crimes contra a dignidade sexual e o outro suspeito de estuprar a própria filha de 13 anos.

As duas mulheres presas por causa da morte do servidor público já tinham sido detidas após o crime, mas, na época, foram liberadas. A vizinha da esposa acusada de matar o marido foi detida na cidade de Guaratinguetá (SP).

Servidor público Sérgio Carvalho Silva, de 51 anos, foi morto asfixiado no sábado (25) pela própria esposa no bairro Santo Antônio. — Foto: Reprodução EPTV

Servidor público Sérgio Carvalho Silva, de 51 anos, foi morto asfixiado no sábado (25) pela própria esposa no bairro Santo Antônio. — Foto: Reprodução EPTV

Ofensas teriam motivado crime

A mulher que matou o marido com a ajuda da vizinha em Itajubá (MG) disse para a polícia que era constantemente chamada de “gorda e velha” por ele. Ela e a vizinha estavam em liberdade, já que não houve flagrante.

O servidor público Sérgio Carvalho Silva, de 51 anos, foi morto asfixiado no dia 25 de junho pela própria esposa no bairro Santo Antônio. Para conseguir matar o marido, a mulher teria pedido para que ele, que também era segurança, a ensinasse técnicas de imobilização.

Segundo a polícia, o marido teria aceitado ser amarrado pela esposa. Ela, então, aproveitou a oportunidade para asfixiá-lo com panos e depois, com um pedaço de pão.

Como o crime aconteceu

Conforme o boletim de ocorrência, a esposa disse à Polícia Militar que após fazer comida, mentiu para o esposo que iria trabalhar como segurança em Pouso Alegre e, como o marido era segurança, pediu para que ele desse dicas de como imobilizar uma pessoa.

Em seguida, ainda segundo o BO, ela pediu também para que ele deixasse que ela o amarrasse, para que ela testasse a habilidade para caso fosse necessário.

Conforme contou à Polícia Militar, o marido concordou e ela o amarrou com dois cadarços, envolvendo as mãos dele para trás, além de também amarrar os pés dele.

A mulher disse que tampou a boca e o nariz do marido com uma blusa de criança para sufocá-lo. Segundo contou à polícia, ela só parou de sufocar o marido quando ele desmaiou.

Polícia cumpre mandados em operação em Itajubá — Foto: Polícia Civil

Polícia cumpre mandados em operação em Itajubá — Foto: Polícia Civil

Ajuda da vizinha

A mulher contou ainda à polícia que chamou uma vizinha, para quem já tinha contado o que faria com o marido. Quando chegou, a vizinha percebeu que o marido da mulher ainda estava vivo.

Nesse momento, a esposa disse que foi até a cozinha e pegou um pedaço de pão, enfiando na garganta do marido, com a intenção de simular um engasgamento.

A vizinha ligou para o Corpo de Bombeiros, solicitando socorro para um caso de engasgamento. Segundo o BO, a esposa disse que os bombeiros teriam demorado para chegar ao local e, quando chegaram, tentaram reanimar o marido por algum tempo, levando ele para o hospital posteriormente.

Perguntada pela Polícia Militar, a esposa disse, de acordo com o boletim de ocorrência, que havia planejado a ação, assim como havia alertado a vizinha do que pretendia fazer.

Já a vizinha falou, de acordo com o BO, que sabia da intenção da esposa e que ajudou a tentar simular o engasgamento.

Questionada sobre o que teria motivado o crime, a esposa disse à polícia não saber explicar, afirmando que não sofria de violência física do marido, com quem era casada há 20 anos. Ela contou ainda, segundo o BO, que enquanto sufocava o esposo, lembrava que ele a chamava de “gorda e velha”.

Ela também disse no boletim de ocorrência que resolveu contar a verdade sobre o que ocorreu, pois estava com a consciência pesada.

Nota de pesar

A Prefeitura de Itajubá emitiu nota de pesar pela morte dele, que era servidor público há 23 anos e já havia trabalhado nas secretarias municipais de Desenvolvimento Social, Governo, Obras e Saúde. Leia abaixo:

A Prefeitura de Itajubá, por meio do Prefeito Christian Gonçalves e do Vice-Prefeito e Secretário Municipal de Saúde, Dr. Nilo Baracho, envia os cumprimentos de pesar aos familiares do servidor Sérgio Carvalho Silva, falecido neste sábado, 25 de junho, aos 51 anos.

Sérgio cumpriu honrosamente suas atribuições na Prefeitura por 23 anos. Trabalhou nas Secretarias Municipais de Desenvolvimento Social, Governo, Obras e Saúde.

Neste momento de tristeza e dor, pedimos a Deus que conforte todos os familiares e amigos. Por g1 Sul de Minas — Itajubá, MG