BRASÍLIA – A Polícia da Itália localizou nesta quarta-feira, 1º, o ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Eduardo Tagliaferro, que é alvo de um pedido de extradição.
Por Aguirre Talento e Levy Teles
Ele foi detido e levado a uma delegacia para aplicação de medidas cautelares de proibição de deixar a região onde está vivendo – na Calábria, no sul da Itália, na comuna de Cosenza.
Não há mandado de prisão contra Tagliaferro, já que ele não teve nenhuma condenação criminal no Brasil. Por isso, a detenção pela polícia foi apenas para a tramitação do processo de extradição. Caberá à Justiça italiana decidir se envia o ex-assessor de volta para o Brasil para responder ao processo no País.
O ex-assessor foi denunciado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, sob acusação de ter vazado diálogos entre assessores do TSE e do STF sobre investigações contra bolsonaristas.
Após a denúncia, Tagliaferro foi alvo de um pedido de extradição expedido pelo ministro Alexandre de Moraes.
O advogado Eduardo Kuntz, responsável pela defesa do ex-assessor, afirmou que ele será reconduzido para sua residência após os trâmites na delegacia. “A polícia italiana está o conduzindo para a delegacia para, aparentemente, aplicar uma cautelar de restrição de circulação, mas sem maiores detalhes. Disseram que, quando chegar lá, ele vai poder tirar cópia de tudo, vai tomar ciência da restrição e será reconduzido pra casa dele. O que eu tenho de informação, por enquanto, é isso”, disse.
O ex-assessor afirmou que o seu objetivo é intensificar as pressões que partem dos Estados Unidos para dar a “apunhalada no pescoço” de Moraes. Em suas vagas explicações sobre o que levou a nutrir ódio pelo ministro, Tagliaferro disse que “só entravam coisas de direita no gabinete e nada de esquerda”.
“Destruiu a minha vida e a de várias pessoas, isso é pouco, logo eu estarei mostrando para o Brasil quem é Alexandre de Moraes e os bastidores do seu gabinete”, escreveu Tagliaferro nas redes sociais. Extraído do MSN / Estadão