Teixeira de Freitas – A Polícia Civil de Teixeira de Freitas, através do delegado-coordenador da 8.ª Coorpin, conseguiu prender e apresentar à imprensa, no início da tarde de quarta-feira (8), Renato Blainer da Silva, de 42 anos, autor confesso da morte de Paulo Almeida dos Santos, o “Paulinho Fiscal”, de 51 anos, assassinado às 16 horas do dia 11 de abril de 2011, na Rua Eleozíbio Cunha, bairro Bela Vista, alvejado por cinco disparos de arma de fogo. Ele chegou a ser socorrido ao hospital, mas acabou morrendo.
Dias depois do crime, Renato se apresentou à Delegacia de Polícia Civil acompanhado do seu advogado e alegou ter matado “Paulinho” em razão das constantes humilhações e ameaças que ele vinha lhe fazendo, mas ao ser questionado sobre a arma utilizada no crime, o assassino teria dito que a jogou em uma represa durante a fuga.
No prosseguimento das investigações, o delegado Marcus Vinícius, que presidiu o inquérito em parceria com o delegado circunscricional Charlton Fraga Bortolini, descobriu que o assassino teria mentido quando disse que teria jogado a arma em uma represa, e em razão disso resolveu representar por sua prisão temporária, uma vez que ele não teria colaborado com a investigação.
Na conclusão do inquérito, o delegado Charlton Fraga, levando em consideração o número muito grande de crimes violentos que existe na cidade, resolveu representar pela prisão preventiva do acusado, prisão essa que foi decretada pelo juiz Argenildo Fernandes dos Santos, que levou o acusado a condição de foragido. Depois de ter sua prisão decretada, Renato apresentou a arma do crime através do seu advogado, e depois de fugir por diversas vezes, para não ser preso, chegou a conclusão de que não valia apena viver fugindo, entrando em contato com o delegado Marcus Vinícius, falando da possibilidade de se apresentar, mas não concretizou sua apresentação orientado por seu advogado.
Ao ser apresentado à imprensa na quarta-feira (8), Renato admitiu realmente ter matado “Paulinho” em razão das constantes provocações e ameaças que vinha sofrendo, falou que chegou ao seu limite de tolerância, e confessou que naquela tarde teria ido ao local para matá-lo.
Em determinado momento da entrevista, Renato Bleiner se mostrou arrependido de tudo que fez, disse que só mentiu sobre a arma porque foi mal orientado pelo advogado que lhe atendia na época, e que por causa disso foi prejudicado, trocou de advogado e disse que vai representar na OAB pela forma como seu ex-advogado se comportou.
Ao comentar o caso, tanto o delegado Marcus Vinícius, quanto Charlton Fraga, disseram que apesar da vítima alegar que vinha sofrendo constantes ameaças, isso não ficou provado no decorrer das investigações, mas ficou evidenciado que Renato não quis colaborar com a investigação quando mentiu sobre o que teria feito com a arma, mostrando interesse em dificultar o trabalho da polícia. Por Jotta Mendes / Jornal Alerta.
