Os poetas Jorge Ventura e Almir Zarfeg durante evento literário – Foto: divulgação
Pela segunda vez consecutiva, o poeta Almir Zarfeg é finalista do Prêmio Claudio Willer de Poesia. O certame, que chega à terceira edição em 2025, é realizado pela União Brasileira de Escritores (UBE). Em 2024, ele foi finalista com a obra inédita “A Nuvem”.
Zarfeg chegou à final com o livro inédito de poemas “Ita & Ibira”, que trata da questão indígena, o que motivou o artista a se aprofundar na história dos povos originários, explicitando heróis e vilões nos cinco séculos da invasão das terras brasileiras pelos europeus. “Cheguei a me interessar pelo tupi que, até o século XVIII, foi a língua mais falada no país”, informou.
Na obra, Zarfeg dialoga com nomes importantes do indianismo, como Gonçalves Dias e José de Alencar, e cita outras personalidades relevantes, como José de Anchieta, Brás Cubas, Arariboia e Cunhambebe, para o bem e para o mal.
No geral, os poemas mantêm um vínculo com tudo que é caro aos povos indígenas – como seus hábitos e costumes –, sobretudo com a mãe natureza, daí o título da obra “Ita & Ibira” (pedra e árvore em tupi).
A premiação poética é um tributo ao saudoso Claudio Willer
Além de Zarfeg, também são finalistas: Leonardo Almeida Filho com “A Minha Matéria”; Osny com “Arpa Farpada”; Carlos Pessoa Rosa com “Corpus ao Vento”; Nane de Sousa com “Entre O Sumo E O Fluxo”; Leandro com “Legítima Defesa”; Mara Senna com “Mar(a)dentro”; Lilly Araújo com “Nau”; Décio Torres Cruz com “O Último Pôr Do Sol” e Carlos Machado com “Relógio Sem Rosto”.
O grande vencedor será conhecido no dia 24 de junho, durante sessão de premiação em São Paulo, com a participação dos finalistas e convidados. Ele receberá um troféu e terá a obra editada por uma editora parceira da UBE. Os demais finalistas receberão um certificado de participação. Fonte: Redação
