Detido na África, Fuminho estava à frente do ousado plano para tirar o líder máximo da facção criminosa do Presídio Federal de Brasília

Segundo investigações da PF, Gilberto saiu do Brasil, passou pela Bolívia, onde falsificou documentos, seguiu para Argentina e, em março de 2018, se estabeleceu na África do Sul. Ele tinha uma residência em Joanesburgo. As propriedades e os respectivos sócios locais também são alvo de apuração.
Investigadores explicaram que narcotraficantes costumam procurar abrigo em países africanos, pois eles são uma porta de entrada de drogas na Europa. Muitos usam aviões privados para viabilizar a locomoção entre os países. A língua portuguesa também facilitou a vida do brasileiro no país estrangeiro.
Prisão
O principal nome da facção nas ruas foi surpreendido pela polícia no momento em que voltava de uma consulta médica. Ele foi a uma clínica para tratar de um ferimento na perna direita, enfermidade conhecida como erisipela. Gilberto Santos fumava um cigarro nas dependências do hotel Montebelo Indy Maputo Congress, localizado no subúrbio de Sommerschield, em Maputo, quando recebeu a voz de prisão. Ele estava hospedado no local há 40 dias, acompanhado de dois nigerianos e não reagiu. Por Mirelle Pinheiro / Metrópoles