As apurações indicaram que um grupo criminoso orquestrou a destruição de imóveis e mercadorias das vítimas
De acordo com as investigações, o crime foi financiado por um empresário chinês, residente em São Paulo e proprietário de uma empresa de importação e exportação, que teria pago R$ 50 mil para a execução dos ataques. A motivação está relacionada a uma rivalidade comercial entre o mandante e as vítimas, empresários chineses residentes no município baiano.
As transferências financeiras entre os envolvidos, realizadas via PIX, foram rastreadas pelos investigadores, contribuindo para identificar a dinâmica do crime. Um cabo da Polícia Militar de São Paulo foi indiciado como intermediário na contratação dos executores. Ele articulou a participação de quatro envolvidos, sendo responsável pela coordenação da operação criminosa.
Histórico – Em setembro, uma sequência de três incêndios atingiu inicialmente um depósito de produtos importados no bairro Pedra do Descanso, onde estavam estocados cerca de R$ 8 milhões em mercadorias. Em seguida, duas lojas localizadas na rua Conselheiro Franco, no Centro da cidade, também foram incendiadas. Todas as propriedades pertenciam a um mesmo grupo de comerciantes chineses. Os prejuízos foram estimados em mais de R$ 15 milhões.
De acordo com a delegada-geral da Polícia Civil, Dra. Heloísa Brito, a operação demonstra o comprometimento da corporação no combate ao crime organizado. “A Operação Huǒlóng partiu do levantamento de informações detalhadas sobre os envolvidos, incluindo o rastreamento de transações financeiras e a identificação de conexões entre o mandante, os intermediários e os executores. A atuação coordenada pela Polícia Civil resultou na coleta de provas que reforçam a complexidade do esquema criminoso e destacam o empenho de toda a equipe envolvida”. Texto: Ascom PC.. Foto: Divulgação / Ascom PC