Olho de ciclope | Bastidores

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Olho de ciclope

Por duas vezes consecutivas a Petrobras baixou o preço dos combustíveis na Distribuidora e a redução não chegou aos donos de veículos porque os proprietários de postos alegaram alta do etanol. Desta feita, a Petrobras reajustou pra cima os preços da gasolina em 8,1% e do diesel foi de 9,5%. Tenha certeza que na hora os valores foram alterados nas bombas. É o famoso olho de ciclope: só veem um lado.

 

A piada

É que segundo a Petrobras, se repassado integralmente ao consumidor final, o diesel pode subir cerca de R$ 0,17 por litro, e a gasolina, R$ 0,12 por litro. Como é que o empresário tem um aumento de aproximadamente 10% e tem que repassar a metade. Exemplo: em Teixeira de Freitas o preço médio da gasolina é de R$ 3,70 + 8.1%= R$ 3,9997. Então, como é que ele irá aumentar apenas 0,17? É piada! Suponho que a gasolina em Teixeira de Freitas deva atingir o patamar entre R$ 4.10 a 4.20.

 

De fora até quando?

Analistas avaliam que as manifestações de domingo pelo Brasil afora não tiveram a dimensão dos protestos pré-impeachment, mas foram significativas, sobretudo em São Paulo. Desta vez, o Planalto escapou e o Congresso virou bola da vez, na figura do presidente do Senado, Renan Calheiros, e mais secundariamente do deputado Rodrigo Maia. Mas, o governo Michel Temer continua na zona de risco e sabe disso. O Planalto escapou, mas é irmão siamês do Congresso.

 

Expectativa

Embora corra pelos bastidores os possíveis nomes dos futuros secretários do prefeito eleito de Teixeira de Freitas, Temóteo Alves de Brito, tais nomes são aguardados com ansiedade, haja vista que Temóteo teria dito que, quem se autoproclamar antes do momento, será excluído. Sabe-se que as suspeitas de alguns nomes sejam mais do que certas em virtude das alianças políticas amarradas no período eleitoral. Mas, não se desespere, ele já anunciou que tão logo seja diplomado, convidará a comunidade para anunciar a equipe, isso está previsto para o dia 16 ou 17 deste.

 

É Natal

Em Teixeira de Freitas, uma cidade onde concentra o maior número de lojas e de um comércio pujante para a região, mas, parece que não. Uma vez ou outra é que a cidade ganha espírito de Natal, mas isso sempre depende de quem está a frente da entidade de classe – que espera muito mais do poder público do que da força da nação lojista. Penso que a parceria com a administração é importante, no entanto, é preciso iniciativa, pois quando a gestão municipal fica ausente a entidade tem que ocupar seu espaço.

 

Mal avaliado I

Segundo matéria publicada na Folha, a principal avaliação da educação básica no mundo indica estagnação no desempenho escolar dos alunos brasileiros, com resultados ainda em níveis muito baixos. O país segue nas piores colocações na comparação com outros 69 países e territórios. O cenário aparece na edição de 2015 do Pisa, realizado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, uma entidade que reúne países desenvolvidos). Os dados foram divulgados na terça-feira (6/121).

 

Mal avaliado II

Pela segunda edição consecutiva, as médias dos alunos brasileiros não avançaram nas três áreas avaliadas: matemática, leitura e ciências. A prova avalia adolescentes de 15 e 16 anos a cada três anos. Os resultados reforçam a interrupção de uma tendência positiva registrada entre 2000 e 2009. No último resultado, em 2012, o país comemorou o avanço na última década, mesmo com resultados baixos e sem grandes avanços.

 

Mal avaliado II

Estados brasileiros têm diferença de aprendizado equivalente a dois anos Entre 2009 e 2015, a média brasileira na disciplina passou de 391 para 377 pontos – variação considerada não significativa estatisticamente pela OCDE. A média dos países da entidade nesta disciplina é de 490. O resultado deixa o Brasil na 65ª posição nessa disciplina entre os 70 países e territórios avaliados. Fica atrás, por exemplo, de México, Colômbia e Albânia. Só supera a República Dominicana, Argélia, Kosovo, Tunísia e a região da antiga Iugoslávia/ Macedônia – que foi analisada como um território.

 

Final de Coluna

“Tenho convicção que será um encontro para a união, porque temos encontros comuns, mas deveres comuns, num momento de extrema dificuldade. Há enorme intolerância com a falta de eficiência do poder público, o que nos leva a pensar em soluções para que a sociedade não desacredite no Estado. O Estado tem sido nossa única opção. Ou é a democracia ou a guerra. E o papel da Justiça é pacificar”, ministra Cármen Lúcia no 10º Encontro Nacional do Poder Judiciário, em Brasília.