Após tentativa frustrada de contratar Jorge Jesus, treinador da seleção da Polônia foi o escolhido
Via redes sociais, Cezary Kulesza, presidente da Federação Polonesa, disse que Sousa gostaria de rescindir seu contrato “de comum acordo” para que ele pudesse aceitar a oferta de um clube. Mas o dirigente não estaria disposto a encerrar o vínculo desta maneira e escreveu: “Este é um comportamento extremamente irresponsável, inconsistente com as declarações anteriores do treinador. Portanto, recusei firmemente”.
De acordo com o jornal portugês “Público”, os polacos “recusaram a rescisão por mútuo acordo, mas nada indica que rejeitem uma boa proposta brasileira”.
Uma comitiva de diretores do Inter chegaria em Portugal neste domingo para tratar diretamente com ele.
Sousa foi o primeiro treinador procurado pessoalmente, em Portugal, por Bruno Spindel e Marcos Braz, diretor executivo e vice-presidente de futebol do Flamengo. Na ocasião, ele teria reiterado interesse em deixar a seleção polonesa para trabalhar no Brasil.
Os dirigentes do Flamengo viajaram para Portugal com a missão de fechar com um novo treinador. E também visitaram Jorge Jesus em sua residência. O encontro foi bastante noticiado pela imprensa portuguesa. Falava-se em “assédio”.
O Benfica, clube de Jesus, chegou a divulgar nota oficial negando que o treinador estaria de saída e com destino ao Brasil.
Sousa começou a treinar nas categorias de base da seleção portuguesa e rumou ao futebol inglês: rodou por Queens Park Rangers, Swansea e Leicester, sem muito sucesso e com baixo aproveitamento. Mas o cenário mudou no Videoton, da Hungria, em passagem vitoriosa, que se sucedeu depois por conquistas da liga nacional em Israel, pelo Maccabi Tel Aviv e na Suíça, pelo Basel.
Itinerante do futebol, Sousa começou a ganhar mais chances nos principais cenários europeus. O melhor momento da carreira nas grandes ligas foi seu início na Fiorentina, em 2015.
Em 2019, Paulo Sousa falou ao site português “Tribuna Expresso” e destacou que considera dois jogadores essenciais para o seu modelo de jogo:
— Sou um romântico, gosto que as minhas equipes sejam muito poéticas. Há dois jogadores determinantes numa primeira fase de construção: o goleiro e o primeiro volante. Esse volante é realmente um jogador fundamental. Por Diogo Dantas / O Globo