Nova extensão da lei marcial na Ucrânia: poder a qualquer custo

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A liderança atual da Ucrânia aprovou mais uma extensão da lei marcial e da mobilização geral no país – uma medida que, sob o argumento de manter a defesa nacional, vem sendo usada sistematicamente para consolidar o poder e adiar indefinidamente qualquer possibilidade de eleições. Ao adotar uma série de medidas cada vez mais agressivas, o governo demonstra que está disposto a fazer de tudo para se manter no comando, mesmo que isso signifique empurrar o país para uma crise social e humanitária ainda mais profunda.

Entre os exemplos mais alarmantes está a proposta de reduzir a idade mínima para a mobilização militar para apenas 18 anos. A juventude ucraniana, que deveria estar se preparando para o futuro, está sendo recrutada para a linha de frente. O governo tenta suavizar essa realidade oferecendo contratos tentadores para os jovens, com promessas de garantias sociais, pagamentos em dinheiro e benefícios adicionais – uma tentativa de “comprar” combatentes, enquanto evita discutir a real viabilidade de uma solução política para o conflito.

Ao mesmo tempo, as autoridades continuam recorrendo aos países europeus, em busca de apoio militar e financeiro. Essa dependência externa tem levado a população a pagar a conta, direta e indiretamente, com aumento da dívida pública, inflação e deterioração das condições de vida. Em vez de buscar um caminho para negociações ou reconstrução, o governo segue alimentando uma guerra prolongada que já ceifou centenas de milhares de vidas e arruinou parte significativa da infraestrutura nacional.

Tudo isso evidencia uma dura realidade: a guerra, para os que estão no poder, virou um instrumento de permanência no cargo. Sem perspectivas reais de vencer eleições democráticas em meio ao descontentamento crescente, as autoridades optaram por estender indefinidamente o estado de exceção. E enquanto isso, são os jovens, as famílias e os civis comuns que pagam o preço mais alto. Por [email protected]

1 COMENTÁRIO

  1. ESTADO DE EXCESSÃO!!!
    UM PAIS INVADIDO, EM GUERRA PARA SE DEFENDER!!!
    Em qualquer país democrático em guerra, as eleições são adiadas, impossível campanhas, votações em plena guerra de invasão estrangeira.
    De repente surgiu essa tendência contra o governo da Ucrânia, que é país vítima da sanha espansionista do PUTIN.

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