A mulher de 60 anos é a “balzaquiana” do século 21

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Campeã de pole dance, modelo de roupas íntimas, musa fitness, primeira-dama na França… O céu parece ser o limite para essas mulheres que ultrapassaram as seis décadas de vida

Quando Honoré de Balzac (1799-1850) escreveu A Mulher de Trinta Anos, entre 1829 e 1842, as pessoas viviam em média 33 anos. Os impérios europeus se expandiam, invadindo países vizinhos e em outros continentes. Não fazia muito tempo que bruxas ainda eram queimadas em autos-de-fé. Em meio a esse turbulento século 19, Balzac faz o elogio da mulher de 30 anos, que, “apesar da idade avançada”, conseguia viver o amor de forma plena. Apesar do texto irregular, com situações inverossímeis, o livro caiu nas graças dos leitores e o termo “balzaquiana” passou a ser sinônimo da mulher madura, charmosa, que atrai os desejos da moçada.

Os tempos mudaram. Os costumes evoluíram. Em nosso século 21, a balzaquiana tem 60 anos. Os fatos estão aí para comprovar. Os franceses renderam-se ao charme da primeira-dama Brigitte Macron, 64 anos, casada com Emmanuel Macron, 24 anos mais novo que ela. A blogueira Adriana Miranda tornou-se “musa fitness” aos 60 anos. Uma atriz de 73 anos foi escolhida pela grife Calvin Klein para posar com roupas íntimas. A campeã de pole dance, Greta Pontorelli, exibe corpo escultural, com incríveis 66 anos. Nos Estados Unidos, o termo Milf (mãe que eu gostaria de transar) simboliza a mulher madura, extremamente desejável e representa a concretização do Complexo de Édipo freudiano.

Para Danilo Angrimani, autor do livro A Mulher de Sessenta Anos, a bem-sucedida indústria farmacêutica, a evolução da medicina e os novos conhecimentos sobre alimentos saudáveis e exercícios para manter o corpo em forma foram decisivos para melhorar a qualidade de vida.

“Hoje, uma mulher de 60 anos é sexualmente ativa. Pratica exercícios regularmente. Sabe se alimentar de forma saudável. É bem diferente daquela velhinha de 60 anos de antigamente, que usava xale e tricotava agasalhos de lã para os netinhos.”

Em seu livro, Angrimani conta a história de uma mulher que, ao completar 60 anos, assume uma paixão ardente, que irá representar uma significativa reviravolta em sua vida e também nas vidas de seus familiares. Por Escritório de Mídia.