Segundo a Polícia do Rio, traficantes da comunidade do Castelar torturaram uma das crianças e mataram os outros dois após morte

“Eles foram torturados. Pode-se chamar de tortura. Em algum momento, um deles faleceu e eles acham que a solução daquele caso seria matar os outros dois e chamar alguém para levar os corpos para fora da comunidade”, afirmou o titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, Uriel Alcântara.

Equipes se reuniram na Delegacia de Homicídios da Baixada para a ação. Aline Massuca / Metrópoles

Os alvos da polícia teriam participação no crime contra os meninos. Reprodução
Segundo Uriel, a sessão de tortura teve tanta violência que um dos meninos não resistiu e morreu durante o espancamento. Os outros dois acabaram executados a tiros pelo fato de o primeiro ter morrido.
Nesta quinta-feira (9/12), os agentes da delegacia especializada cumpriram pelo menos 33 mandados de prisão dos 56 expedidos pela justiça e que tem como alvos pessoas envolvidas no crime. A ação visa encerrar o inquérito da morte dos garotos.
Mesma facção matou jornalista
A polícia indiciou cinco pessoas por participação nas mortes das crianças: Edgar Alves de Andrade, o Doca, uma das lideranças do Comando Vermelho, foragido; Ana Paula da Rosa Costa, a Tia Paula, gerente de logística do Castelar, morta; Willer Castro da Silva, o Stala, gerente do tráfico do Castelar, morto; José Carlos Prazeres da Silva, o Piranha, chefe do tráfico do Castelar, morto.
Uma quinta pessoa está presa. Um sexto responde em liberdade apenas por ocultação de cadáver. Conforme o delegado, a facção é a mesma que torturou e matou um jornalista.
“Essa facção é a mesma que já torturou e matou jornalista, matou uma jovem menina e cortou ela porque não queria namorar um traficante, que matou um menino na Nova Holanda, que incentiva roubos de automóveis e cargas no Rio de Janeiro”, afirmou Ronaldo Oliveira, subsecretário de planejamento operacional da Polícia Civil. Por Bruno Menezes / Metrópoles