“Malafaia precisa ser enquadrado, porque está incitando violência”, diz Florestan Fernandes Júnior

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Pastor divulgou vídeo acusando militares de serem “frouxos” por não intervirem no STF e chamou Alexandre de Moraes de ditador da toga. Para Florestan, “a Justiça tem que ser dura”

Florestan Fernandes Junior, Silas Malafaia e Alexandre de Moraes
Florestan Fernandes Junior, Silas Malafaia e Alexandre de Moraes (Foto: Ederson Casartelli | ABR)

247 – Durante participação no programa “Bom Dia 247” deste domingo (3), o jornalista Florestan Fernandes Júnior fez duras críticas ao pastor e empresário da fé Silas Malafaia, afirmando que ele deveria ser enquadrado pelas autoridades devido a suas declarações incitadoras de violência.

As palavras de Fernandes Júnior vieram em resposta a um vídeo polêmico divulgado por Malafaia, no qual ele criticava veementemente os militares de alta patente e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Malafaia acusou os militares de serem “frouxos” por não intervirem na Corte e chamou Alexandre de Moraes de “ditador da toga.”

O contexto das declarações de Malafaia pode elevar as tensões para manifestações bolsonaristas no dia 7 de setembro. A retórica inflamada do empresário possa incitar a violência durante os protestos, criando um ambiente potencialmente perigoso que poderia resultar em medidas mais rigorosas por parte das autoridades.

Florestan expressou sua inquietação quanto às consequências das palavras de Malafaia, afirmando que ele está incitando o povo, incluindo “lobos solitários,” a cometerem atos prejudiciais à sociedade: “o Malafaia fez um discurso muito perigoso. Ele deve ser enquadrado, porque está incitando a violência. Está incitando o povo, esses lobos solitários, a fazerem bobagem. […] É perigoso, porque é um desfile que tem a presença elevada de pessoas da população. Acho gravíssimo o que ele falou, acho gravíssimo o ataque que fez ao Alexandre, e acho que a Justiça tem que ser dura”.

Além disso, o jornalista sugeriu que a fortuna de Malafaia deveria ser investigada, considerando as preocupações com o que ele chamou de “afronta ao país” por parte de algumas igrejas evangélicas, que tiram dinheiro da população mais pobre. “O que fazem é pior do que os juros cobrados no cartão de crédito. Inclusive são capazes de pedir o dinheiro de desempregados; e isso é o que a gente vê e está aí claro para quem quiser. Deveria ser coibido. E é incrível como deixamos passar isso, eles foram crescendo e [as autoridades] foram deixando passar”, declarou. Assista à declaração no vídeo abaixo:

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