A soltura de 164 filhotes de tartaruga-marinha aconteceu nesta terça e quarta-feira. Monitorados desde o recolhimento até a eclosão, os ovos das tartarugas ficam em um berçário, cuidadosamente protegidos, numa área cedida pela a Fazenda Marinha Prime SeaFood, localizada no Pontal da Barra de Alcobaça. Essa ação reforça o compromisso de Alcobaça com a preservação ambiental e inspira a população a valorizar o patrimônio natural.
Durante a soltura, Serginho Figueiredo, Secretário Municipal de Meio Ambiente, destacou a relevância das ações de proteção ambiental: “a preservação das tartarugas marinhas não é apenas um ato de amor pela natureza, mas também uma maneira de cuidar do equilíbrio ecológico e garantir um futuro mais sustentável“, pontuou.
E acrescenta: “Cada tartaruga que chega ao mar representa um esforço conjunto entre comunidade, instituições e poder público e nunca é demais lembrar que precisamos proteger a natureza, começando a partir de pequenas ações diárias, como evitar o descarte de lixo nas praias ou participando de projetos ambientais. Não tenho dúvida de que nossos esforços vão ser recompensados com um planeta mais equilibrado e melhor de se viver”, concluiu.
AÇÕES DE PROTEÇÃO: Uma das recentes conquistas desse esforço é a aquisição de um quadriciclo pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O veículo tem sido utilizado para patrulhar as praias, em parceria com a 88ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), fortalecendo as ações de proteção. Além disso, o trabalho vai além da vigilância. Iniciativas de educação ambiental também são realizadas nas escolas do município, buscando sensibilizar as novas gerações sobre a importância da preservação da fauna e flora local.
NÚMEROS DA PROTEÇÃO: De acordo com o Projeto Tamar, a temporada reprodutiva de 2023/2024 teve cerca de 26 mil ninhos protegidos, contribuindo significativamente para a conservação dessas espécies ameaçadas. No entanto, o desafio continua após a soltura. Estudos indicam que, de cada mil filhotes, apenas um ou dois atingem a idade adulta, devido a predadores naturais e ameaças ambientais. Os sobreviventes podem viver entre 50 e 100 anos, dependendo da espécie, levando décadas para atingir a maturidade sexual. A proteção desses animais é fundamental para manter o equilíbrio ecológico nos oceanos. Cada filhote que chega ao mar representa esperança e a continuidade de uma espécie que desempenha um papel crucial nos ambientes marinhos.
DESOVA DE TARTARUGAS
O QUE ACONTECE COM ESSES ANIMAIS? Após a eclosão, os filhotes enfrentam um período crítico conhecido como “fase perdida”, onde passam anos à deriva em correntes oceânicas, alimentando-se de pequenos invertebrados e algas. À medida que crescem, retornam às áreas costeiras para se alimentar e, eventualmente, reproduzir,completando um ciclo essencial para a saúde dos ecossistemas marinhos. Fonte: Ascom