Lucro bilionário do BNDES contradiz fake news da Folha sobre estatais

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Banco apresentou resultado de R$ 9,8 bilhões – o terceiro melhor do sistema financeiro

Aloizio Mercadante
Aloizio Mercadante (Foto: Vinicius Martins (Agência BNDES))

247 – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou, no último balanço divulgado, o terceiro melhor resultado do sistema financeiro brasileiro, com lucro líquido recorrente de R$ 9,8 bilhões e índice de inadimplência de apenas 0,001%. A informação coloca em xeque a narrativa de supostos “rombos” em estatais veiculada por setores que defendem sua privatização. Em reportagem publicada no Brasil 247, mostrou-se que a distorção recente foi impulsionada por um levantamento do jornal Folha de S. Paulo, que excluiu Petrobras e bancos públicos do cálculo para apontar um déficit nas empresas do governo Lula.

O jornal Folha de S. Paulo, que historicamente defende a privatização de estatais, publicou neste sábado uma matéria intitulada “Sob Lula 3, déficit de estatais atinge recorde em 15 anos”. No texto, a publicação admite retirar Petrobras e Eletrobras do balanço por serem “grandes demais”, além de eliminar bancos públicos, sob o argumento de não serem “equiparáveis a companhias não financeiras”. Entretanto, o BNDES não apenas reportou lucratividade bilionária como também reforçará o esforço fiscal do governo ao contribuir com mais de R$ 25 bilhões para o Tesouro Nacional este ano.

Os números mais recentes divulgados pelo BNDES mostram crescimento expressivo em diversas frentes. Entre janeiro e setembro deste ano, as aprovações de crédito da instituição somaram R$ 137,4 bilhões, alta de 108% sobre o mesmo período de 2022. Já as consultas atingiram R$ 258,9 bilhões (alta de 153%), e os desembolsos totalizaram R$ 87 bilhões – 38% a mais do que em igual intervalo do ano passado. O desempenho sólido também se refletiu no apoio às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), com aprovações que totalizaram R$ 64,9 bilhões, resultando em um salto de 69,5% em relação ao mesmo período de 2022 (R$ 38,3 bilhões).

O quadro geral das estatais sob o governo Lula é outro ponto que desmente o viés privatista da Folha. A ministra da Gestão, Esther Dweck, ressaltou em nota enviada ao jornal: “Em 2023, as 44 estatais federais e suas subsidiárias geraram lucro líquido de R$ 197,9 bilhões e recolheram R$ 49,4 bilhões em dividendos e Juros sobre o Capital Próprio para o Tesouro Nacional, além de outros R$ 78,7 bilhões para acionistas privados”. A afirmação reforça a tese de que as empresas públicas continuam apresentando resultados consistentes e dividendos expressivos, demonstrando boa governança e retorno financeiro sustentável.

No caso específico do BNDES, o reconhecimento também vem de sua transparência: a instituição é considerada uma das mais transparentes da República segundo avaliações do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU). Especialistas destacam ainda que a solidez do banco de fomento e a continuidade de suas linhas de financiamento impulsionam a retomada econômica brasileira, principalmente por meio do financiamento de projetos de infraestrutura e apoio aos pequenos negócios.

Assim, embora a Folha de S. Paulo tenha tentado justificar sua exclusão da Petrobras, Eletrobras e dos bancos públicos alegando possíveis “distorções” nos resultados globais, a realidade é que tais empresas, hoje, respondem por parte significativa dos lucros que entram nos cofres do governo federal. E ao contrário do que pregam as fake news, da mídia corporativa, as empresas estatais seguem fortes e fundamentais para o desenvolvimento do país.

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