Justiça condena Vander Temponi (União Brasil), vereador de Volta Redonda, a 25 anos de prisão

O juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa, acatou o pedido feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) após uma denúncia de que Temponi seria o líder de “uma organização criminosa [criada] para proporcionar o desvio de grande volume de dinheiro público”.

No processo inicial, três servidores comissionados foram denunciados junto com Temponi por envolvimento em organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e usurpação de função pública. Dois deles foram condenados a 13 anos de detenção.

No decorrer das investigações, o Ministério Público apurou que os servidores ficavam com apenas cerca de R$ 1 mil dos mais de R$ 7 mil que recebiam oficialmente a título de salário.

Um dos destinos das transferências financeiras seria para uma empresa que tem como sócia a esposa do parlamentar. De acordo com o MPRJ, foram identificadas pelo menos 47 repasses de dinheiro entre janeiro de 2021 e julho de 2022.

A decisão determina que os envolvidos devolvam o dinheiro aos cofres públicos. Temponi terá que repassar R$ 105 mil, enquanto seus assessores R$ 61 mil e R$ 13 mil. Uma multa foi determinada ainda como dano moral ao município no valor de R$ 1 milhão para os três.

Como o processo cabe recurso, eles podem recorrer em liberdade.

Procurada pelo g1, a assessoria de imprensa do vereador Vander Temponi esclareceu que a decisão ainda não o afasta do cargo. O advogado de defesa do parlamentar, Márcio Delamber, informou que vai recorrer na Justiça (leia o comunicado na íntegra).

“A assessoria do Vereador Temponi esclarece que a decisão divulgada pela Justiça não o afasta do cargo. A decisão ainda será encaminhada para parecer do Tribunal de Justiça.

Importante ressaltar que o vereador Temponi já conseguiu vitória, em decisão unanime recente, pelos mesmos motivos, tendo os votos de todos os desembargadores da turma especializada no TJRJ.