Em entrevista ao G1, na manhã desta quarta-feira (27), o vice-prefeito e secretário de Saúde de Igaporã, Márcio Fagundes Fernandes, disse que recebeu telefonemas de médicos de municípios como Sorocaba (SP) e Salvador, além de Brasília.
Entretanto, destaca que um endocrinologista do município de Santa Maria da Vitória, no sudoeste da Bahia, se ofereceu para ir à cidade e prestou um atendimento gratuito à jovem.
“Várias pessoas ofereceram ajuda, já que não temos aqui no município especialistas para todas as áreas. Um endocrinologista de Santa Maria da Vitória me ligou e se ofereceu para fazer uma avaliação de forma gratuita. Ele constatou a cirrose hepática com agravante de possível problema na tireóide. O tratamento dela tem que ser um transplante”, afirmou após análise do especialista.
O médico responsável pelo atendimento foi Ivson Petrônio de Cunha. Ele esteve no município na terça-feira (26). Após o atendimento e orientação do endocrinologista, a paciente foi colocada no sistema de regulação do município para transferência para uma unidade médica de Salvador. “Possivelmente, deve ser transferida para o Hospital Roberto Santos ou Irmã Dulce”, afirma.
Na expectativa da transferência, Daiane foi encaminhada na manhã desta quarta-feira (27) para o Hospital Regional de Guanambi, também na região sudoeste do estado, a pedidos de médicos da unidade.
“A diretora e médicos de lá me ligaram para levar a paciente para adiantar alguns exames que devem ser solicitados em Salvador. Levamos hoje por volta das 6h30. Vai fazer ressonância e outros exames. Vão tentar adiantar o máximo possível”.
A Secretaria de Saúde de Igaporã disse que, a partir de agora, só está esperando a regulação do estado. Não há um prazo definido para a transferência.
Caso
Daiane Maria de Oliveira, de 28 anos, é moradora da localidade de Lagoa da Torta, na zona rural entre as cidades de Caetité e Igaporã, ambas no sudoeste da Bahia. Em vídeo com mais de 500 mil visualizações, ela fez um apelo.
“Gostaria de pedir uma ajuda, porque eu passo no médico e o médico nunca descobriu o que tenho nessa barriga e já fazem três anos que minha menstruação não desce. Quem puder ajudar, por favor, me ajude”, diz o relato compartilhado nas redes.
Quando a mulher divulgou a o vídeo, a assessoria da prefeitura da cidade de Igaporã disse ao G1 que a jovem já tinha um diagnóstico de cirrose hepática, decorrente do uso excessivo de bebida alcoólica.
A assessoria disse que ela era atendida sempre que procurava o Posto de Saúde da Família e o Hospital Municipal José Olinto Contrim Fernandes, desde o início desse ano. Segundo a prefeitura, a jovem faz um tratamento paliativo, com retirada de líquido da barriga.