Guerra comercial explode: Trump ameaça “destruir” economia chinesa com tarifas recordes de 104%

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Ultimato de 24h coloca mercados globais em alerta e yuan despenca; Pequim silencia diante das ameaças do ex-presidente

Em uma dramática escalada nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, o presidente Donald Trump lançou um ultimato sem precedentes à China, ameaçando impor tarifas adicionais de 50% sobre produtos chineses caso Pequim não retire sua retaliação de 34% sobre mercadorias americanas até 8 de abril de 2025.

A nova medida, se implementada, elevaria o total de tarifas sobre produtos chineses a um impressionante patamar de 104%, considerando:

  • 34% de tarifa base (programada para 9 de abril)
  • 20% relacionada ao tráfico de fentanil
  • 50% adicional ameaçada agora

Impacto imediato nos Mercados

A ameaça de Trump já provocou turbulências significativas nos mercados financeiros:

  • Oscilações expressivas nas ações americanas
  • Queda acentuada do yuan offshore, que atingiu 7,3382 por dólar
  • Mercados globais em território negativo

Silêncio diplomático

Em meio à escalada das tensões, a embaixada chinesa em Washington mantém um silêncio estratégico, não respondendo aos pedidos de comentário sobre as ameaças americanas.

Ultimato e consequências

Trump foi além das ameaças tarifárias, advertindo que:

  • Todas as negociações com a China serão encerradas caso não haja recuo
  • Negociações com outros países começarão imediatamente
  • Uma tarifa básica de 10% já está em vigor desde sábado
  • Novas taxas sobre cerca de 60 parceiros comerciais entrarão em vigor às 12h01 de quarta-feira

Repercussão no Mercado Financeiro

A comunidade financeira já demonstra preocupação com as medidas. Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, manifestou-se pedindo uma rápida resolução para a política tarifária, enquanto Bill Ackman, conhecido apoiador de Trump, criticou a tática, classificando-a como um “erro”.

Perspectivas

Analistas da XP, incluindo Megale, já avaliam que as tarifas de Trump podem impactar diretamente a política monetária, potencialmente antecipando o fim do ciclo de aperto do Banco Central.

Do “America First” ao caos global: Cronologia completa do tarifaço de Trump

Primeira Era Trump (2017-2021)

2017

  • Janeiro: Trump retira os EUA do Acordo Trans-Pacífico (TPP)
  • Março: Anuncia tarifas sobre aço (25%) e alumínio (10%) globalmente
  • Abril: China responde com tarifas sobre $3 bilhões em produtos americanos

2018

  • Julho: Início oficial da guerra comercial com a China
    • EUA impõem tarifas de 25% sobre $34 bilhões em produtos chineses
    • China retalia na mesma proporção
  • Setembro: Trump adiciona tarifas sobre $200 bilhões em produtos chineses
  • Dezembro: “Trégua temporária” na cúpula do G20

2019

  • Maio: Aumento das tarifas de 10% para 25% sobre $200 bilhões em produtos chineses
  • Setembro: Nova rodada de tarifas mútuas
  • Dezembro: “Fase 1” do acordo comercial anunciada

2020

  • Janeiro: Assinatura do acordo “Fase 1” com a China
  • Pandemia da COVID-19 impacta relações comerciais globais

Era Biden (2021-2024)

  • Manutenção de grande parte das tarifas de Trump
  • Foco em alianças comerciais com aliados
  • Continuação de pressão sobre a China, mas com abordagem multilateral

Segunda Era Trump (2025)

2025

  • Implementação de tarifa básica de 10% sobre importações globais
  • Anúncio de tarifas em cascata contra a China:
    • 34% de tarifa base
    • 20% relacionada ao fentanil
    • Ameaça de 50% adicional (totalizando 104%)
  • Ultimato de 24 horas à China para retirar retaliações
  • Ameaça de rompimento total das negociações

Impactos Acumulados

Economia Global

  • Desorganização das cadeias de suprimentos
  • Aumento da inflação global
  • Redirecionamento do comércio internacional

Mercados Financeiros

  • Volatilidade aumentada
  • Pressão sobre moedas emergentes
  • Impacto nos mercados de ações globais

Relações Internacionais

  • Deterioração das relações EUA-China
  • Realinhamento de alianças comerciais
  • Aumento do protecionismo global

Perspectivas Futuras

Analistas apontam para:

  • Possível fragmentação permanente do comércio global
  • Aceleração da regionalização econômica
  • Risco de nova recessão global
  • Potencial para mudanças nas políticas monetárias globais. Por Alan.Alex / Painel Político

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