Greve da Receita Federal provoca caos logístico e ameaça economia nacional

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Paralisação dos auditores fiscais desde novembro já acumula milhares de cargas retidas nos principais aeroportos do país, com prejuízos bilionários ao comércio exterior

A greve dos auditores fiscais da Receita Federal, que se arrasta desde novembro de 2024, está provocando um cenário de caos no sistema aduaneiro brasileiro. Os principais terminais de carga do país, especialmente os aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, enfrentam um congestionamento sem precedentes, com dezenas de milhares de encomendas aguardando liberação.

O impasse entre a categoria e o governo federal tem gerado prejuízos bilionários ao comércio exterior brasileiro, afetando toda a cadeia produtiva nacional. A situação é particularmente crítica para pequenas e médias empresas, que dependem diretamente do fluxo regular de mercadorias para manter suas operações.

As forças produtivas, empresários e trabalhadores, a sociedade e a economia do país não podem continuar sendo vítimas dessa falta de diálogo e compreensão entre as partes envolvidas“, alertou o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) em nota oficial divulgada no domingo, 03 (íntegra mais abaixo).

O cenário é ainda mais preocupante para setores que trabalham com produtos perecíveis, que correm risco de deterioração nas áreas de armazenamento. Além disso, indústrias dependentes de insumos importados já começam a enfrentar o risco de paralisação de suas linhas de produção, o que pode resultar em uma onda de demissões e até mesmo no fechamento de empresas.

Sem perspectivas de solução imediata para o conflito, que tem como pano de fundo reivindicações salariais da categoria, o setor produtivo brasileiro permanece em estado de alerta. A paralisação atual remete a episódios semelhantes do passado, quando greves da categoria também resultaram em prejuízos bilionários para a economia nacional.

O impacto da greve vai além das grandes corporações, atingindo diretamente empresas de menor porte que operam com margens mais estreitas e dependem criticamente do timing entre entrega e recebimento de mercadorias. A situação tem gerado um efeito cascata na economia, com potencial para agravar ainda mais o cenário econômico do país caso uma solução não seja encontrada rapidamente.

Veja a nota da Ciesp

CIESP – NOTA OFICIAL

Greve dos auditores fiscais

03/02/2025 – Dezenas de milhares de encomendas estão paradas, desde novembro do ano passado (2024), abarrotando em especial os terminais de cargas dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos em São Paulo, bem como os demais do Brasil. Estimativas apontam possíveis prejuízos de bilhões de reais ao comércio exterior do País, como em episódios semelhantes no passado.

O motivo é a greve dos auditores fiscais da Receita Federal que entrava as operações de desembaraço aduaneiro.

Dentre os problemas que a paralização dessa categoria dos funcionários públicos federais está causando, além dos efetivos prejuízos à indústria, estão a deterioração de produtos e o risco de quebra e desemprego nas empresas. As mais afetadas são as pequenas e médias que, por seu porte, dependem de fluxo de caixa dentro da pontualidade de entrega e recebimento das mercadorias.

O embate entre os auditores e o governo, que se prolonga sem perspectivas de solução imediata, está afetando sensivelmente a economia brasileira. Esperamos que os dois lados busquem entendimento o quanto antes. As forças produtivas, empresários e trabalhadores, a sociedade e a economia do País não podem continuar sendo vítimas dessa falta de diálogo e compreensão entre as partes envolvidas.

CENTRO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Por Alan.Alex / Painel Político

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