Governo quer remunerar proprietários de terras que preservem florestas

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Projeto estima que podem ser levantados US$ 2 bilhões e o programa pode ficar só para a COP26

Projeto Fazenda Fortaleza Ituxi, em Lábrea, sul da Amazônia Foto: Divulgação
Projeto Fazenda Fortaleza Ituxi, em Lábrea, sul da Amazônia Foto: Divulgação

A marca será atingida no domingo. O governo quer criar um sistema de pagamento para proprietários rurais que preservem florestas em parte de suas áreas.

De acordo com uma fonte, o projeto ainda é incipiente e o governo planeja que o programa tenha US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10,6 bilhões) para remunerar estes proprietários.

Os recursos, a princípio, não seriam orçamentários, mas de investidores e do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, o chamado Banco dos Brics).

Não há mais detalhes de como seria a remuneração, uma espécie de Cédula de produto Rural Verde, e de como seria a captação com investidores e governos estrangeiros.

O projeto estava previsto para integrar um grande “Programa de Crescimento Verde”, que deve ser apresentado em Glasgow.

A ideia do governo é apresentar um grande projeto, para reduzir as críticas ambientais contra Bolsonaro e tentar fazer o Brasil retomar parte da liderança que tinha no debate climático mundial.

Entretanto, parte do Planalto quer turbinar as comemorações dos mil dias de governo. Assim, essa parte do projeto poderá ser apresentada na próxima semana, em Bonito (MS) pela ministra Teresa Cristina (Agricultura), em seu estado de base política.

Outros defendem que o projeto de pagamento seja anunciado pelo Ministério do Meio Ambiente e ainda pela Economia. Uma definição deve ocorrer nos próximos dias. Por Henrique Gomes Batista / O Globo