Troca é vista como uma nova sinalização da disposição do presidente Jair Bolsonaro em sedimentar a aliança com os partidos do Centrão

A troca é vista como uma nova sinalização da disposição de Bolsonaro em sedimentar a aliança com os partidos do Centrão e construir uma base aliada no Congresso Nacional na tentativa de barrar um eventual processo de impeachment. Por outro lado, a decisão contraria declaração do próprio presidente, que na quinta-feira passada (28/05) admitiu a negociação de cargos em segundo e terceiro escalão para obter apoio político, mas negou a existência de qualquer tratativa para entrega de ministérios, bancos públicos ou empresas estatais.
A indicação mostra ainda que Bolsonaro levou a cabo a declaração dada na reunião ministerial de 22 de abril de que pode “interferir em todos os ministérios” e não poupou sequer o superministro Paulo Guedes de atender aos pedidos dos parlamentares e ceder à “velha política”. No início do governo, Guedes chegou a defender em reuniões privadas a fusão do BNB com o BNDES, possibilidade que caiu mal na bancada nordestina, uma das mais expressivas no Congresso Nacional, com 151 deputados e 27 senadores. O BNB é vinculado ao Ministério da Economia. Conteúdo Estadão