*Faria Lima se enganou, mas continua enriquecendo!!

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O que a política econômica afeta a sua vida?

Por Joalbo Brandão*

Os historiadores brasileiros terão trabalho para explicar com profundidade o que o grupo dos anos 90 “As Meninas” explicam com algumas palavras: “O rico cada vez fica mais rico … E o pobre cada vez mais pobre”.

Estamos vivendo um daqueles períodos que ficam marcados na história como um marco inaugural de um cataclismo sociopolítico-econômico. Se alguns analistas imaginavam que o colapso do neoliberalismo econômico, seria com os partidos de esquerda que defendem uma intervenção mais forte do Estado na Economia, se enganaram fortemente.

As ameaças às eleições e aos demais poderes elevam a percepção de risco dos investidores em relação ao país e prejudicam uma retomada mais robusta da atividade econômica. A crise institucional provocada por “Bolsocaro” impacta não só a economia, mas suas declarações aumentam o nível de incerteza em relação à democracia brasileira e por consequência pressionam o câmbio e a inflação, dificultando uma retomada. Todos sabem que quanto mais a incerteza, menos investimento no país. No Brasil, a economia está em pleno processo de desaceleração e o aumento da inflação coloca em risco a moeda. O dólar sobe..

Hoje fazer as compras de mercado é um desafio impactante sobre a renda familiar dos brasileiros. Manter a dispensa cheia com alimentos variados é uma tarefa cada vez mais difícil. Carne virou artigo de luxo para o pobre. Arroz, feijão, óleo e todos itens básicos da alimentação brasileira estão mais caros. Nos últimos meses, os preços observados nas prateleiras do mercado subiram em resposta a desvalorização do real e aumento da inflação, aliados a crise econômica.

Nesta crise, o desgoverno Bolsonaro escolheu o ganho do agronegócio com a exportação em detrimento da comida mais barata na mesa do consumidor. Economistas pontuam que o equilíbrio entre a exportação e o armazenamento de alimentos para o consumo da população local é um dos fatores que ajudam a estabilizar os preços dos alimentos, mas o cenário de crise que o Brasil vivencia está tornando todo o processo, desde a produção até o consumo final, muito mais caros; chegando aos preços observados nas prateleiras dos supermercados.

Do lado energético, o atual sistema de preço dos combustíveis adotado pela Petrobras que começou ainda no governo Temer, regulado pelas transações no mercado externo, fez com que a gasolina aumentasse por meses consecutivos, chegando a R$ 7,00 em alguns Estados.

Não é preciso grande exercício argumentativo para se convencer da tragédia humanitária na qual embarcamos. As decisões equivocadas de um desgoverno, que só pensa na reeleição, mata por falta de vacinas e aumenta o custo de vida principalmente para os mais pobres.

Como diz o jornalista Hugo Cilo: “Jair Bolsonaro é realmente um mito político, social e econômico. O mais esculhambado inquilino do Palácio do Planalto e é, de longe, o chefe do Executivo mais torto da história da República. Quanto mais tempo esse governo permanece, mais fica evidente que Bolsonaro é um mito que o mercado elegeu”. Enquanto isso a boiada passa.

*Avenida que possui a maioria das grandes empresas de São Paulo, especialmente as do mercado financeiro.

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