Marco Antônio Braga Caldas é o primeiro militar a ser desligado das Forças Armadas após a condenação por participação na tentativa de golpe
(Foto: Divulgação/Marinha do Brasil
Conteúdo postado por Paaulo Emílio:
247 – A Marinha do Brasil decidiu expulsar o suboficial da reserva Marco Antônio Braga Caldas, de 51 anos, condenado a 14 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Segundo a Folha de S. Paulo, Caldas é o primeiro integrante das Forças Armadas a ser oficialmente excluído da carreira militar em decorrência da invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília.
A decisão foi tomada por um Conselho de Disciplina instaurado pela própria Marinha, conforme previsto nos regulamentos da corporação, que permitem a abertura desse tipo de procedimento para analisar casos de militares condenados a penas superiores a dois anos ou que tenham cometido infrações consideradas incompatíveis com a conduta exigida pela carreira.
“O Conselho de Disciplina decidiu pela exclusão a bem da disciplina do militar da situação de inatividade”, informou a Marinha em nota, de acordo com a reportagem. O processo disciplinar, que durou cerca de 50 dias, avaliou se Caldas ainda possuía condições de manter vínculos com a instituição, independentemente de sua condenação judicial.
A conclusão do colegiado foi de que a permanência do suboficial na reserva representaria uma afronta à disciplina militar e abriria precedentes perigosos para a quebra das normas da corporação. O parecer será formalmente confirmado por despacho do comandante da Marinha. Com a exclusão, Caldas perderá o direito à prisão especial e passará à condição de “morto fictício”, um termo utilizado pelas Forças Armadas para designar militares expulsos da corporação. A pensão correspondente será revertida à família.
De acordo com a reportagem, Caldas foi mergulhador da Marinha por cerca de três década e passou à reserva em 2021, fixando residência em Balneário Piçarras, em Santa Catarina. Em 8 de janeiro de 2023, viajou a Brasília em uma excursão gratuita. Alegou não saber quem custeou o deslocamento e afirmou ter ido à capital para protestar contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), citando as condenações anteriores do petista por corrupção.
Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Caldas deixou o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército e caminhou até a Esplanada dos Ministérios com um grupo de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). Foi detido dentro do Palácio do Planalto. Imagens e vídeos encontrados em seu celular mostram o suboficial circulando por diferentes áreas do prédio. Em uma das gravações registradas por ele próprio, Caldas diz: “Dizer definitivamente não ao comunismo. Não à chapa Lula e Alckmin. A nulidade dessa chapa, a intervenção federal”.
Durante audiência no STF, o militar negou envolvimento nos atos de vandalismo e disse que apenas tentou proteger um policial militar agredido por manifestantes, buscando abrigo no Palácio do Planalto. Chegou a permanecer preso de janeiro a agosto de 2023, sendo libertado por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, que considerou encerrada a fase de colheita de provas e afastou riscos às investigações.
Antes de ser julgado, Caldas enviou uma carta aos ministros da Suprema Corte alegando inocência e mencionando seus anos de serviço na Marinha. Declarou ser “um ardente defensor do Estado democrático de Direito” e afirmou que sua intenção era participar de “uma manifestação pública pacífica, o que se provou não ser o caso”.
Em julho de 2024, o suboficial voltou a ser preso. Atualmente, ele está detido há 11 meses na Escola de Aprendizes de Marinheiros, em Florianópolis (SC). Solicitou transferência para o Presídio Regional de Barra Velha, mais próximo da família, mas o pedido foi negado sob alegação de superlotação e da natureza provisória da unidade. A expectativa é de que seja transferido para a Penitenciária Industrial de Joinville, também em Santa Catarina.
Caldas é o primeiro de um grupo maior de militares que devem ser expulsos das Forças Armadas pela participação nos atos golpistas. Ao todo, 24 militares são réus por envolvimento na tentativa de golpe, incluindo sete oficiais-generais e dois ex-comandantes — o almirante Almir Garnier Santos, da Marinha, e o general Paulo Sérgio Nogueira, do Exército.
Deputada do PL, condenada a 10 anos, fugiu para o exterior e promete “denunciar” o Supremo em fóruns internacionais
Carla Zambelli (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)
Conteúdo postado por Guilherme Levorato:
247 – A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) criticou nesta quarta-feira (4) a ordem de prisão preventiva expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota divulgada à imprensa, Zambelli classificou a decisão como “ilegal, inconstitucional e autoritária” e afirmou que pretende levar o caso a instâncias internacionais, informa o g1.
“Nossa Constituição é clara: um deputado federal só pode ser preso em flagrante e por crime inafiançável. Nada disso ocorreu. Ainda assim, um único ministro decidiu, de forma monocrática, rasgar o devido processo legal, ignorar a imunidade parlamentar e violentar a democracia”, declarou a deputada.
Segundo ela, “o mundo precisa saber que, no Brasil, ministros do Supremo agem como imperadores, atropelando leis, calando vozes, destruindo famílias. Essa perseguição política está apenas começando a ser exposta”.
Dias após ter sido condenada a mais de dez anos de prisão por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Zambelli anunciou na terça-feira (3) ter fugido do país pela fronteira com a Argentina. Segundo sua assessoria, ela está na Flórida, nos Estados Unido
A decisão de Alexandre de Moraes atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determina não apenas a prisão preventiva de Zambelli, mas uma série de medidas cautelares com impacto direto sobre seus direitos e bens. Entre elas estão:
o bloqueio de todos os passaportes, incluindo o diplomático que possui em razão do cargo de deputada;
suspensão de salários, verbas parlamentares, bens, contas bancárias e ativos digitais, incluindo transferências via PIX;
apreensão de veículos, embarcações e aeronaves eventualmente registrados em seu nome;
desativação de seus perfis e canais em redes sociais como Facebook, Instagram, TikTok, LinkedIn, Gettr e X (ex-Twitter);
aplicação de multa diária de R$ 50 mil por publicações que reiterem as condutas consideradas criminosas;
solicitação formal à Interpol para inclusão de seu nome na “lista vermelha”, que facilita pedidos de captura internacional.
Ao rebater as acusações, Zambelli insistiu na tese de perseguição política e afirmou que buscará apoio fora do país: “denunciarei esse abuso, essa perseguição e essa escalada autoritária em todos os fóruns internacionais possíveis”.
A inclusão de seu nome na lista da Interpol poderá comprometer sua permanência nos Estados Unidos. O governo brasileiro, por meio da Polícia Federal, já foi acionado para dar início ao processo junto à organização internacional.
Jornalismo com propósito, desafios da profissão e inovação para a área da comunicação foram alguns dos principais tópicos discutidos
Um evento marcado pela troca de experiências, insights sobre comunicação e a defesa da responsabilidade profissional diante da relevância que é dar voz aos atores que fazem o desenvolvimento regional acontecer. Esse foi o Circuito Sebrae de Comunicadores Extremo Sul, evento exclusivo para jornalistas e profissionais da área, promovido pelo Sebrae, em Teixeira de Freitas, na noite desta terça-feira (03).
Na ocasião, os participantes puderam conhecer mais sobre os projetos e a atuação do Sebrae nos mais de 21 municípios do Extremo Sul baiano. Além disso, acompanharam a palestra do jornalista Vanderson Nascimento, apresentador do programa Bahia Meio Dia, da TV Bahia, que compartilhou aspectos da sua bagagem profissional, como a mais recente experiência que marcou sua carreira, através da cobertura da morte do Papa Francisco e o conclave para escolha do novo pontífice.
Para o gerente regional do Sebrae em Teixeira de Freitas, Alex Brito, o evento cumpriu um papel estratégico e desafiador, mas repleto de gratidão. “Esse encontro tem uma simbologia especial, pois são diversos setores que o Sebrae atende e nós somos atendidos por este segmento da comunicação, essencial para fazer nossas ações chegarem mais longe. Há dois anos trouxemos a Thaic Carvalho e agora Vanderson Nascimento, para compartilhar sua experiência de mundo, dar dicas, insights, sua forma de ver a comunicação e discutirmos juntos novas possibilidades para estes profissionais. É uma forma do Sebrae dizer muito obrigado”, explicou.
“Reunimos tantos protagonistas da comunicação, especialmente nessa região que tem um perfil comunicador tão forte, e que estão junto ao público todos os dias falando sobre pequenos negócios e empresas que são geradoras de emprego e renda para a nossa população, para agradecer aos comunicadores por toda parceria nas pautas e coberturas de ações do Sebrae que levam desenvolvimento e conhecimento aos negócios”, resumiu o gestor da Agência Sebrae de Notícias (ASN), Pedro Otto Soledade, também jornalista, que acompanhou o circuito pela Bahia.
O aspecto positivo da troca de experiência entre os profissionais da comunicação foi ressaltado por Vanderson Nascimento. “Conversar com colegas da comunicação sobre essa área que somos apaixonados é muito especial. Hoje falamos sobre aproveitar as oportunidades diárias de transformar a vida das pessoas através da notícia, trabalhar com empatia e responsabilidade, enfim, tivemos uma troca bacana para esta noite”, concluiu.Participando pela segunda vez do encontro de comunicadores, a jornalista presidente da Associação de Imprensa Costa das Baleias (AICB), Neuza Brizola, avaliou o encontro. “Em primeiro lugar, quero parabenizar ao Sebrae por ter essa visão, essa sensibilidade de olhar para os comunicadores. Essas palestras promovidas pelo Sebrae nos mostram outro olhar, nos dão oportunidade de conhecer outros desafios e experiências. Com isso, o Sebrae nos mostra que é possível, tudo é possível, até comunicação entre comunicadores”, disse a jornalista em tom de agradecimento pela iniciativa. Por Milka Morais para ML Comunicação
Dez empresas do Extremo Sul participam da consultoria visando aumentar a eficiência dos negócios
Foto: Divulgação / ASN BA
Teixeira de Freitas é conhecida como a capital do Extremo-Sul baiano não somente pela quantidade de habitantes ou pela localização estratégica. Segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) da economia de local é formado em grande parte pelos setores da Agropecuária, da Indústria e de Serviços.
Com o destaque da potencialidade empresarial, o Sebrae tem investido na consultoria Lean Manufacturing, que possibilitará uma grande mudança para dez empresas em Teixeira de Freitas e Porto Seguro. A nova turma de empresários vivenciará com o método hands-on, no qual o empresário aprende com a “mão na massa” como conciliar a teoria e a prática de forma mais eficiente.
A consultoria Lean Manufacturing acontece por meio do portfólio de inovação do Sebraetec. Nesta solução, o principal objetivo é aumentar a competitividade dos pequenos negócios, por meio de soluções de inovação nas áreas de design, produtividade, propriedade intelectual, qualidade, sustentabilidade, serviços digitais e gestão da inovação.
Na última turma da consultoria em 2024, o Sebrae aplicou um subsídio de 70% para cada inscrição, ficando para as empresas apenas 30% de investimento, o que foi recuperado em apenas dois meses do programa, tornando a proposta financeiramente vantajosa e bem avaliada com unanimidade, pois todos os empresários apresentaram resultados positivos ao final do programa.
Expectativa
Neste ano, a expectativa é ainda melhor, pois, entre os dias 22 de 23 de maio, os empresários conheceram a Fábrica Modelo Brasil, no Senai Cimatec, em Piatã, Salvador. Além da parte teórica, contam com um consultor presencialmente em suas empresas, diagnosticando como aumentar a eficiência do negócio por meio da implementação de práticas de produção enxuta na gestão do negócio, pessoas e processos.
Durante missão em Salvador, os empresários foram recepcionados pelo coordenador de Indústria do Sebrae Bahia, Tércio Calmon, e o gerente regional do Sebrae em Teixeira de Freitas, Alex Brito. Ambos parabenizaram o engajamento da nova turma.
“Uma conquista de peso, considerando a complexidade da ação, o investimento envolvido e o fato de acontecer em Salvador. Não é fácil deixar suas empresas e viver essa imersão, mas a recompensa é incomensurável. Destacamos a excelente coordenação da nossa colega Taísa Cancela, que conduziu essa jornada com competência e foco, assim como aos demais do time por todo o apoio. Mais uma vez, mostramos que, mesmo diante dos maiores desafios, o Extremo-Sul se destaca”, celebrou Alex Brito.
Em 2025, as empresas participantes são: Madeireiras Caser, Zé Carlos Material para Construção, Hotel Paraíso Tropical, Siepierski Tempera, Facon Engenharia, Piscina Solário, Huai Trefilados, Resk Serralheria (empresa de Porto Seguro), Moduliza (Porto Seguro), Cerâmica Nobre (Porto Seguro).
Para a empresária Andressa Siepierski, a experiência foi encantadora, mas as expectativas estão ainda maiores. “Trata-se de uma abordagem que se encaixa perfeitamente na dinâmica da nossa fábrica, que opera em linha de produção. Acreditamos que o conteúdo técnico, teórico e, principalmente, prático do treinamento será essencial para identificar gargalos e oportunidades de melhoria em diversos processos. Nosso objetivo é otimizar a linha de produção, reduzindo desperdícios, seja em recursos humanos ou insumos, e aumentando a eficiência como um todo. Estamos bastante confiantes nos resultados que essa capacitação pode trazer e animados com o que está por vir”, explicou. Por Milka Morais para ML Comunicação
Os dois países devolverão os corpos de 12 mil soldados mortos. Ucrânia quer reunião entre Zelensky e Putin. Rússia defende cessar-fogo pontual
Delegações russa e ucraniana em negociações na Turquia (Foto: Reuters/Murad Sezer)
Conteúdo postado por Guilherme Levorato:
Reuters – Rússia e Ucrânia anunciaram que chegaram a um acordo durante negociações de paz realizadas nesta segunda-feira para realizar uma nova troca de prisioneiros de guerra e devolver os corpos de 12 mil soldados mortos.
Os lados em conflito se reuniram por pouco mais de uma hora na cidade turca de Istambul, naquela que foi apenas a segunda rodada de negociações desde março de 2022.
O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, descreveu o encontro como “ótimo” e afirmou esperar reunir Vladimir Putin, da Rússia, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, em um encontro na Turquia com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No entanto, não houve avanço em relação a um cessar-fogo, proposta defendida pela Ucrânia, por seus aliados europeus e por Washington, mas rejeitada por Moscou, que diz buscar uma solução de longo prazo e não apenas uma pausa na guerra. Kiev, por sua vez, afirma que Putin não tem interesse real na paz.
O assessor do Kremlin, Vladimir Medinsky, informou que os negociadores russos entregaram aos ucranianos um memorando detalhado com os termos propostos por Moscou para um cessar-fogo total.
Medinsky, que lidera a equipe russa, também afirmou que Moscou sugeriu um “cessar-fogo específico de dois a três dias em determinadas áreas da linha de frente” para que os corpos dos soldados mortos pudessem ser recolhidos.
Cada lado afirmou que entregará ao outro os corpos de 6 mil soldados mortos.
Além disso, foi acordada uma nova e ampla troca de prisioneiros de guerra, após a liberação de mil detidos por lado durante a primeira rodada de negociações em Istambul, no dia 15 de maio.
O ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, que liderou a delegação de Kiev, disse que a nova troca dará prioridade a feridos graves e jovens.
Umerov também declarou que Moscou entregou um rascunho de acordo de paz à Ucrânia e que Kiev — que possui sua própria proposta — irá analisar o documento russo.
A Ucrânia propôs realizar novas negociações até o final de junho, mas, segundo Umerov, acredita que apenas um encontro direto entre Zelensky e Putin pode resolver os numerosos impasses.
O chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, informou que a delegação ucraniana solicitou o retorno de uma lista de crianças que teriam sido deportadas para a Rússia.
Moscou afirma que essas crianças foram levadas para protegê-las dos combates. Medinsky disse que há 339 nomes na lista fornecida pela Ucrânia, mas que as crianças foram “salvas”, e não sequestradas.
Baixas expectativas de avanço em Istambul – Na véspera do encontro, a Ucrânia realizou um dos ataques mais ousados da guerra, utilizando drones para atingir aviões russos de longo alcance com capacidade nuclear na Sibéria e em outras regiões.
Blogueiros pró-guerra russos reagiram com indignação e pediram uma retaliação severa por parte de Moscou.
Apesar de ambos os países, por razões distintas, demonstrarem interesse em manter Donald Trump engajado no processo de paz, as expectativas de avanço nesta segunda-feira eram baixas.
A Ucrânia vê a postura russa até agora como uma tentativa de forçá-la à rendição — algo que Kiev afirma jamais aceitar — enquanto Moscou, que avançou no campo de batalha em maio no ritmo mais rápido em seis meses, insiste que Kiev deve aceitar a paz sob os termos russos ou perder ainda mais território.
Putin apresentou seus termos iniciais para um fim imediato da guerra em junho do ano passado: a Ucrânia deve abandonar sua intenção de ingressar na aliança militar ocidental OTAN e retirar suas tropas de todas as quatro regiões ucranianas que a Rússia reivindica e controla majoritariamente.
Segundo um roteiro proposto pela Ucrânia — cuja cópia foi obtida pela agência Reuters — Kiev exige que não haja restrições ao seu poderio militar após um eventual acordo de paz, não aceita qualquer reconhecimento internacional da soberania russa sobre territórios ucranianos ocupados e também reivindica reparações.
Atualmente, a Rússia controla cerca de um quinto do território ucraniano, o equivalente a aproximadamente 113.100 km² — área semelhante ao estado americano de Ohio.
Putin enviou tropas à Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, após oito anos de conflitos no leste ucraniano entre separatistas apoiados por Moscou e forças de Kyiv.
Os Estados Unidos, que sob a presidência anterior de Joe Biden eram o principal fornecedor de armamentos avançados à Ucrânia, afirmam que mais de 1,2 milhão de pessoas foram mortas ou feridas no conflito desde 2022.
Trump chamou Putin de “louco” e criticou Zelensky publicamente no Salão Oval, mas também declarou acreditar que a paz é possível e advertiu que, se Putin adiar as negociações, os EUA poderão impor sanções duras contra a Rússia.
Mucuri – Na manhã deste sábado (31/05), a Secretaria Municipal de Educação de Mucuri deu um passo decisivo no ciclo 2025-2028. Em uma ação estratégica voltada para a qualificação da infância, a “Etapa 2” do Encontro Formativo reuniu mais de 200 profissionais – entre professoras, cuidadoras, diretoras, coordenadoras e equipes de apoio – oriundos da Sede e do distrito de Itabatã, reforçando o compromisso da gestão do prefeito Roberto Carlos Figueiredo Costa, o “Robertinho” (UB), com o aprimoramento da rede municipal.
Dividido por público e temáticas específicas, o encontro teve painéis distintos para creches e pré-escolas. Para o grupo voltado às creches (0 a 3 anos), a oficina “Cuidar e Educar na Educação Infantil” foi conduzida pela psicóloga Rayane Tanaka (CMEI Criança Feliz, Itabatã) e pela Psicóloga Suelen Matias (Escola Municipal Ismar Teixeira Guedes, Mucuri). Durante a atividade, os participantes discutiram práticas integradas que promovem o acolhimento, o desenvolvimento socioemocional e a inclusão de crianças na primeira infância.
Para as profissionais da pré-escola (4 e 5 anos), o foco foi a alfabetização inicial. A oficina “Leitura e Escrita na Educação Infantil” foi comandada pelas coordenadoras Cleidimaria Trajano (Escola Municipal Fernando Luís – ASCA, Itabatã) e Zeli dos Santos (Escola Municipal Ismar Teixeira Guedes, Sede), ambas formadoras do Programa Federal LEEI (Leitura e Escrita na Educação Infantil). A atividade destacou metodologias lúdicas e adaptadas às fases cognitivas das crianças, promovendo uma abordagem mais eficaz e inclusiva.
O secretário Municipal de Educação, professor Dalmo Costa, acompanhou pessoalmente os trabalhos realizados nas três unidades. Em sua declaração, destacou que a iniciativa é fruto de um projeto conjunto da equipe técnica e do Grupo de Estudos e Formação (GEF): “Esta é mais uma iniciativa planejada pela nossa equipe técnica e pelo GEF, que reafirma o compromisso do prefeito Robertinho com a educação de qualidade. Estamos investindo na base para colher resultados duradouros até 2028”, destacou Dalmo Costa.
A consultora pedagógica Clarissa Magalhães, responsável pela coordenação do ciclo formativo, ressaltou o impacto das discussões promovidas durante o encontro: “Os temas provocaram questionamentos essenciais: o que precisamos mudar em nossas práticas para garantir uma educação infantil verdadeiramente inclusiva? Essa formação é um convite à autorreflexão coletiva e individual”, afirmou Clarissa Magalhães.
Entre os pilares estruturantes do encontro estão a integração de cuidado e educação no desenvolvimento infantil, o fortalecimento de estratégias de letramento respeitando as fases cognitivas e a sensibilização de todos os atores sobre seu papel na promoção da inclusão. A continuidade do programa está garantida, com formação para equipes de apoio – incluindo merendeiras e vigilantes – e encontros regionais previstos para o distrito de Taquarinha e para os povoados de Cruzelândia, Nova Brasília, 31 de Março e Belo Cruzeiro. Essa programação segue um modelo itinerante que já capacitou diretores em abril e professores em maio, ampliando o alcance e a eficácia das ações.
Com investimentos contínuos e a articulação por meio do GEF, a gestão do prefeito Robertinho reforça a meta de transformar a educação infantil municipal em referência de equidade e qualidade. Conforme sintetizou o professor Dalmo Costa: “Cada profissional capacitado é um passo para transformar a sala de aula em um espaço onde todas as crianças desenvolvem seu potencial”.
A próxima etapa do ciclo formativo será rigorosamente monitorada por indicadores de práticas pedagógicas, alinhados ao Plano Municipal de Educação 2025-2028, demonstrando o compromisso contínuo de Mucuri com a transformação e o futuro da educação infantil. Fonte: Diretoria de Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Mucuri.
Entre as 18 propostas submetidas para o edital do Programa Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão, quatro foram selecionadas para investigar e propor inovações em geometria, materiais inteligentes e quânticos e resiliência a desastres climáticos. Novos centros terão sede na Unicamp, USP e CNPEM e passam a integrar conjunto de 29 CEPIDs apoiados pela Fundação
O tempo de financiamento é de cinco anos, renováveis por mais cinco (imagem: Gerd Altmann/Pixabay)
André Julião* / Agência FAPESP – A FAPESP passará a apoiar quatro novos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) em Ciências Exatas e da Terra e Engenharia. As propostas selecionadas foram anunciadas nesta sexta-feira (30/05).
Com dois centros sediados na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), um na Universidade de São Paulo (USP) e outro no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), o programa passa a contar com 29 CEPIDs em atividade. O tempo de financiamento é de cinco anos, renováveis por mais cinco. Foram 18 propostas submetidas à chamada aberta em 2023.
“Cada proposta foi analisada por cinco pareceristas ad hoc internacionais. Posteriormente, outra comissão internacional composta por cinco pesquisadores de grande experiência e renome se debruçou sobre os projetos e os pareceres e estabeleceu um ranqueamento das melhores propostas. De acordo com o edital, as quatro mais bem avaliadas foram indicadas para a FAPESP apoiar”, explica Sylvio Canuto, coordenador-geral de Ciências, Humanidades e Artes da FAPESP.
O Centro de Pesquisa e Inovação de Materiais Inteligentes e Quânticos (CRISQuaM), com sede no Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) da Unicamp, vai explorar ciência fundamental e aplicada para desenvolvimento de materiais com alto potencial de aplicação em sensores tecnológicos relevantes e sustentáveis para uso em ciências climáticas, agricultura e saúde, incluindo avanço em spintrônica para computação quântica. O centro terá como coordenador Daniel Mario Ugarte, professor do IFGW-Unicamp.
“Nossa ideia é elevar o patamar das pesquisas que cada grupo está fazendo separadamente e criar uma sinergia em um único centro. Ainda que a sede seja na Unicamp, somos um conjunto de instituições no Estado de São Paulo e fora dele com especialistas desde a ciência básica até a criação de dispositivos e novos materiais funcionais”, afirma Ugarte.
Também sediado na Unicamp, no Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC), o Centro Brasileiro de Geometria (CBG) tem como objetivo o avanço do conhecimento em diversas áreas importantes da matemática, com caráter inovador e inspirador para novas gerações, além de gerar impacto no sistema educacional para o letramento e educação em matemática para o público, incluindo prejudicados auditivos.
“Serão três verticais de estudos, duas da chamada matemática pura, que são a geometria diferencial e a algébrica, e uma mais aplicada. Esta tem interações com a química, a física e a teoria da informação, entre outras”, explica Marcos Benevenuto Jardim, professor do IMECC-Unicamp e coordenador do CBG.
O pesquisador conta ainda que um dos subprojetos do centro será o uso de aprendizado de máquina e redes neurais para a resolução de problemas teóricos da matemática. “Essa é uma tendência em grupos internacionais que estamos trazendo para cá”, afirma.
O Centro de Pesquisa em Resiliência em Crises Climáticas e Desastres (CLIMARES), no Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, vai avançar o conhecimento e trabalhar em inovações e adaptações associadas a temas como mudanças climáticas e desastres com impacto em setores como economia e alimentação, energia e água.
Segundo o coordenador do centro, Tercio Ambrizzi, o projeto foi concebido de forma a ser realmente interdisciplinar e multidisciplinar. “Temos pesquisadores da área de energia, abarcando especialistas em sequestro de carbono, energia renovável e uso de resíduos orgânicos para gerar biometano. Um dos eixos temáticos busca melhorar nossa capacidade de prever eventos extremos e, para isso, nós vamos contar com a parceria do Cemaden [Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais]. Temos pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública [FSP-USP] que vão estudar o impacto desses eventos extremos na saúde e da Unicamp que vão avaliar os impactos sociais. Há um núcleo de ciência básica, com especialistas em oceano, ciências atmosféricas e paleoclima. E não podemos esquecer a área de economia, porque tudo isso implica gastos e tem um impacto econômico”, conta.
Ambrizzi destaca ainda um eixo temático voltado a desenvolver pequenos polos industriais na Amazônia. “A ideia é aproveitar o pessoal local e o que a floresta tem de bom, trazendo recursos e benefícios para a região sem ter de cortar árvores.”
O CNPEM será a sede do Centro de Engenharia Molecular de Materiais Avançados (CEMMA), coordenado por Edson Roberto Leite. O grupo, que conta ainda com pesquisadores da USP, de universidades federais do ABC (UFABC) e de São Carlos (UFSCar), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), vai utilizar engenharia molecular e avanços em nanotecnologia para desenvolvimento de novos materiais e dispositivos tecnológicos a fim de enfrentar temas críticos, como novas alternativas de energia, materiais sustentáveis e dispositivos quânticos.
“Um centro como esse pode revolucionar a captura e o armazenamento de energia, entregar melhores medicamentos, desenvolver novos materiais, sensores e dispositivos quânticos. É um ambiente favorável para a criação de produtos e processos que podem dar a origem a startups baseadas em tecnologia”, diz Leite.
Para Canuto, da FAPESP, os projetos de fôlego só podem ser financiados nesse formato devido à estabilidade de recursos da Fundação.
“Os centros vão promover a colaboração entre times de pesquisadores altamente qualificados, garantindo que as atividades e pesquisas futuras possam ir além da soma das contribuições individuais. Essa lógica justifica um financiamento mais longo, na forma de um centro, em vez de projetos separados de cada um desses grupos”, encerra.
Os quatro novos CEPIDs aprovados:
Projeto 24/00998-6
Centro de Pesquisa e Inovação de Materiais Inteligentes e Quânticos (CRISQuaM)
Instituto de Física Gleb Wataghin da Universidade Estadual de Campinas (IFGW-Unicamp)
Coordenador: Daniel Mario Ugarte
Projeto 24/00923-6
Centro Brasileiro de Geometria (CBG)
Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC) da Unicamp
Coordenador: Marcos Benevenuto Jardim
Projeto 24/00949-5
Centro de Pesquisa em Resiliência em Crises Climáticas e Desastres (CLIMARES)
Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE-USP)
Coordenador: Tercio Ambrizzi
Projeto 24/00989-7
Centro de Engenharia Molecular de Materiais Avançados (CEMMA)
Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM)
Coordenador: Edson Roberto Leite. *Colaborou Karina Toledo.
Na ação, quase 100kg de cocaína foram apreendidos por policiais militares da 59ª CIPM
Na tarde de sexta-feira (30), policiais militares da 59ª CIPM apreenderam grande quantidade de cocaína e objetos utilizados pelo tráfico de drogas em um laboratório de entorpecentes na localidade conhecida como Monte Gordo, em Camaçari.Os militares foram informados, por populares, sobre a presença de homens traficando drogas no bairro Boa Esperança. Diante do informe, as guarnições deslocaram até o local, quando avistaram indivíduos fugindo por uma área de mata ao perceberam a presença policial.
Após uma varredura no local, os policiais encontraram um laboratório de processamento e distribuição de entorpecentes em pleno funcionamento com equipamentos, além de grande quantidade de cocaína, sendo encontrados quase 100kg de cocaína, uma prensa de drogas de grande porte, uma máquina de embalagens a vácuo, um gerador de energia, uma motocicleta e uma balança de precisão.
Todo o material apreendido foi encaminhado à delegacia que atende à região, para o registro da ocorrência. Texto: DCS PM. Fotos: Divulgação PM
O Brasil está fadado a crescer, fortalecer a indústria e ocupar um lugar de destaque entre as economias que melhor se posicionam no novo ciclo global
O Brasil inicia 2025 colhendo frutos promissores de uma virada estratégica em sua economia. Dados recentes revelam não apenas um recorde histórico na geração de empregos formais, como também um crescimento econômico de destaque global — o segundo maior entre os países da OCDE no primeiro trimestre do ano, à frente inclusive da China, que cresceu 1,2% no período. Com um avanço de 1,4% no PIB trimestral, o Brasil se afirma como uma economia em recuperação sustentada e, pari passu, em busca da sua reinvenção industrial.
Esse desempenho segue uma trajetória consistente sob a gestão Lula-Haddad, que já havia registrado crescimentos de 3,4% em 2023 e 2,9% em 2024 — ambos acima da média mundial. Agora, em 2025, o Brasil consolida seu protagonismo com uma combinação rara: crescimento econômico, criação massiva de empregos e inflação sob controle.
O motor dessa retomada está em grande parte no setor industrial, que vem apresentando desempenho expressivo, decisivo para os progressos do PIB. Trata-se de um claro sinal de reativação da capacidade produtiva nacional, impulsionada por políticas públicas de reindustrialização, estímulo ao investimento produtivo e apoio ao desenvolvimento tecnológico.
O mercado de trabalho reflete essa dinâmica. No primeiro trimestre de 2025, foram criadas mais de 650 mil vagas formais de emprego, segundo dados do Caged — o maior volume trimestral da série histórica. Somente em fevereiro, foram 432 mil novos postos, o maior saldo mensal desde 2020. A indústria de transformação liderou a geração de empregos, confirmando seu papel de destaque nessa nova fase de desenvolvimento.
Esse avanço ocorre em um cenário de inflação controlada, o que reforça a solidez do momento econômico. Em maio, o índice de preços ao consumidor ficou em 0,36%, abaixo das expectativas do mercado. A estabilidade de preços, combinada ao crescimento e ao aumento do emprego, é um indicativo claro de que o país está conseguindo aliar responsabilidade macroeconômica com desenvolvimento inclusivo.
Parte fundamental desse novo ciclo é o plano Nova Indústria Brasil (NIB), lançado pelo governo federal para reverter o processo de desindustrialização e fomentar uma industrialização moderna, digital, sustentável e competitiva. Com previsão de investimentos públicos e privados de R$ 300 bilhões até 2026, o NIB mira setores estratégicos como agroindústria, saúde, infraestrutura urbana, tecnologia da informação, transportes, equipamentos da indústria do petróleo, bioeconomia e defesa.
Nesta semana, importante evento promovido por este Brasil 247 no auditório do BNDES reforçou o compromisso de diversos relevantes atores, estatais e privados, com a nova política industrial. Com a presença de autoridades centrais como o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e a presidenta da Petrobras, Magda Chambriard, o encontro aprofundou o debate sobre os caminhos concretos para a transformação econômica do país. Mais que simbólico, foi um marco de articulação institucional e de visão estratégica para o futuro do Brasil.
Mais do que anfitrião, o Brasil 247 tem se consolidado como espaço relevante para o debate público livre do credo colonialista que condena o país ao atraso da produção de bens primários e nega o papel do Estado no desenvolvimento econômico e industrial avançado. Com este e outros eventos, o Brasil 247 afirma sua missão de ser um fórum plural, aberto às ideias que recolocam o Brasil no centro de seu próprio projeto nacional de desenvolvimento.
O Brasil está fadado a crescer com inclusão, fortalecer a indústria nacional e ocupar um lugar de destaque entre as economias que melhor se posicionam no novo ciclo global. Que esses resultados de Lula 3 não sejam pontuais, mas sim o início de uma trajetória duradoura de desenvolvimento com soberania, emprego e inovação.
Uma consulta pública está sendo feita receber contribuições da sociedade sobre princípios para regulação de plataformas digitais
Facebook (Foto: Reuters)
Conteúdo postado por Leonardo Lucena:
Agência Brasil / Brasil 247
A consulta pública lançada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) nesta semana para receber contribuições da sociedade sobre princípios para regulação de plataformas digitais de redes sociais no Brasil está aberta até 17 de junho. A proposta preliminar com dez princípios pode ser acessada na plataforma Diálogos.
Os dez princípios elaborados pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil são:
Soberania e segurança nacional;
Liberdade de expressão, privacidade e direitos humanos;
Autodeterminação informacional;
Integridade da Informação;
Inovação e desenvolvimento social;
Transparência e prestação de contas;
Interoperabilidade e portabilidade;
Prevenção de danos e responsabilidade;
Proporcionalidade regulatória;
Ambiente regulatório e Governança Multissetorial.
Em nota, a coordenadora do CGI.br, Renata Mielli, explica que a mobilização da sociedade em torno deste debate tem o propósito de ajudar no avanço da regulação de plataformas digitais no país.
“Nosso entendimento é que esses princípios devem equilibrar o poder das plataformas com a responsabilização por efeitos nocivos causados à sociedade, garantindo transparência, proporcionalidade, respeito à diversidade e aos direitos humanos.”
A proposta
No documento da proposta preliminar, as redes sociais são definidas como serviços digitais que permitem a criação, publicação, compartilhamento e circulação de conteúdos gerados por usuários, além da interação social entre pessoas, grupos ou perfis públicos.
O material ainda enfatiza que as redes sociais operam por meio de mecanismos “frequentemente monetizados por publicidade ou serviços pagos, e desempenham papel central na formação de redes de informação, expressão, influência e mercado”, diz a nota do Comitê Gestor da Internet no Brasil.
O documento disponível defende que a regulação deve ser orientada por princípios que garantam a defesa da soberania nacional, da democracia, assim como a proteção dos direitos fundamentais, a promoção de um ambiente de informações saudáveis, a preservação da liberdade de expressão e o estímulo à inovação.
Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil classifica como retrocesso a Portaria nº 3.665/2023 e defende sua revogação imediata para proteger empregos, pequenos negócios e o direito de empreender
Foto: Reprodução Tânia Rêgo/EBC
Uma portaria do Ministério do Trabalho e Emprego prestes a entrar em vigor pode alterar profundamente as relações comerciais no Brasil e afetar diretamente o setor que mais gera empregos no país: o comércio e serviços. A Portaria nº 3.665/2023 impõe que o funcionamento de estabelecimentos aos domingos e feriados dependa de negociação coletiva com sindicatos, retirando a autorização automática para abrir nesses dias.
A medida preocupa empresários e trabalhadores, que veem nos fins de semana e feriados os períodos de maior movimento e faturamento. Para o setor produtivo, isso pode representar aumento dos custos trabalhistas, perda de competitividade e impacto direto na geração de empregos, especialmente entre pequenos e médios negócios que dependem do fluxo constante de clientes.
A Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) reagiu com veemência à imposição da Portaria e exige a revogação imediata da norma. O presidente da entidade, Alfredo Cotait, a classifica como um retrocesso que engessa a atividade comercial e interfere na autonomia de milhões de trabalhadores que buscam ampliar sua renda atuando em horários alternativos.
“É inadmissível que se imponha uma norma que restringe a liberdade de empreender em um país com mais de 5,7 milhões de microempreendedores individuais”, afirma Cotait. Ele também critica o impacto sobre o consumidor, que terá menos opções de compra nos dias em que mais pode consumir.
Segundo a especialista em direito e processo do trabalho, Priscilla Pacheco, o setor produtivo tem demonstrado muita preocupação com os impactos econômicos e operacionais dessa medida, especialmente para o comércio, o varejo e o setor de serviços.
“A crítica principal é que exigir negociação coletiva em todos os casos pode gerar insegurança jurídica, aumentar os custos e até inviabilizar o funcionamento em datas estratégicas, como feriados prolongados e datas comemorativas. Outro ponto recorrente é que a regra desconsidera as diferenças regionais e a diversidade das negociações no país.
A especialista ainda destaca que em muitas regiões os sindicatos estão pouco atuantes ou não estão nem abertos à negociação, “o que pode paralisar empresas, mesmo quando há interesse em manter as atividades.”
Três adiamentos seguidos
A portaria, já adiada três vezes, está prevista para entrar em vigor no dia 1º de julho. Uma nova reunião entre representantes do governo e entidades empresariais será realizada na terça-feira, 3 de junho, no Ministério do Trabalho. A CACB, que representa 2.300 associações comerciais em todo o país, reforça que não se opõe ao diálogo, mas exige que qualquer regulação respeite a liberdade econômica e a realidade empresarial brasileira.
“O Brasil precisa de mais liberdade para empreender, não de novos entraves para quem trabalha”, conclui Cotait. Fonte: Brasil 61
A Prefeitura de Mucuri, por meio do departamento de modernização administrativa da Subprefeitura de Itabatã, apoiou uma importante ação nesta sexta-feira (30): a blitz educativa que encerrou a Campanha Maio Amarelo, sobre segurança no trânsito, realizada pela Autoescola Nova Popular em parceria com a 24ª Ciretran de Teixeira de Freitas e 4ª Retran de Posto da Mata, SAMU 192 e 89ª CIPM.
Essa união de esforços marcou o dia de motoristas, ciclistas, pedestres e transeuntes que passavam às margens da BR-101, com alerta e propagação da mensagem principal no tema “Desacelere. Seu bem maior é a vida”. Além disso, as equipes envolvidas chamaram atenção para a importância do uso obrigatório do cinto de segurança, a mudança de comportamento no trânsito para que haja segurança para todos.
O “Maio Amarelo” é um movimento internacional que visa reduzir o número de vítimas de acidentes de trânsito. Para reforçar a ação desta blitz educativa, o coordenador da 24ª CIRETRAN, Ailton Amaral e a coordenadora do 4ª Retran de Posto da Mata, Marília Mendes também participaram e compartilharam mensagens valiosas aos motoristas que paravam.
A mobilidade humana segura depende de todos. Pedestres, ciclistas, motoristas e motociclistas devem respeitar as leis, proteger os mais vulneráveis e fazer sua parte. O trânsito é coletivo, mas a responsabilidade é individual. Fonte: Diretoria de Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Mucuri.
Mucuri – Na manhã desta sexta-feira (30/05), a Prefeitura Municipal de Mucuri deu início às atividades do projeto “Mente em Equilíbrio”, uma iniciativa inovadora voltada ao fortalecimento da saúde física, mental e emocional dos servidores públicos e colaboradores. O evento foi realizado no Auditório da Subprefeitura de Itabatã e contou com a presença de especialistas que conduziram palestras e dinâmicas interativas sobre temas essenciais para o ambiente de trabalho.
A ação reuniu o pastor Elifio Morais, a fisioterapeuta Renata Firme e a psicóloga Rayane Tanaka, que abordaram diferentes aspectos do relacionamento interpessoal e da saúde no trabalho. Com uma abordagem dinâmica e esclarecedora, os palestrantes trouxeram reflexões importantes sobre a construção de um ambiente profissional mais saudável e colaborativo.
Abrindo as apresentações, o pastor Elifio Morais exaltou a importância dos valores humanos na convivência profissional. “O respeito e a solidariedade são pilares para um ambiente de trabalho saudável. Quando cultivamos boas relações, promovemos bem-estar e crescimento coletivo”, destacou o pastor Elifio Morais. O público alvo desta primeira edição do projeto “Mente em Equilíbrio” foi o funcionalismo da Subprefeitura do distrito de Itabatã.
Em seguida, a fisioterapeuta Renata Firme trouxe orientações sobre a Norma Regulamentadora NR1, ressaltando a relevância dos cuidados posturais e da ergonomia para a saúde física dos servidores. “Pequenas mudanças na rotina podem prevenir dores e lesões. Cuidar do corpo é parte fundamental para o equilíbrio no trabalho”, pontuou.
Finalizando o evento, a psicóloga Rayane Tanaka abordou a importância da comunicação assertiva no ambiente de trabalho. “Ter um ambiente de trabalho harmonioso depende da forma como nos relacionamos. A comunicação empática e respeitosa fortalece os laços entre colegas e melhora a produtividade”, afirmou.
O diretor Jeriel Silva Veiga, responsável pelo Departamento Municipal de Modernização Administrativa, enalteceu o apoio da gestão municipal para a realização do projeto e seu impacto positivo na rotina dos servidores. “Graças ao apoio do prefeito Robertinho, estamos implantando uma cultura que valoriza o ser humano. Essa iniciativa busca promover um ambiente mais harmonioso, produtivo e saudável para todos. O projeto nada mais é, do que o município de Mucuri cuidando de quem cuida”, ressaltou Jeriel Veiga.
As ações do projeto “Mente em Equilíbrio”, a partir de agora, serão realizadas mensalmente, sempre no último dia de cada mês, oferecendo aos participantes uma programação diversificada com especialistas e atividades voltadas ao bem-estar. Com essa iniciativa, a Prefeitura de Mucuri reafirma sua dedicação à valorização dos servidores, promovendo um ambiente de trabalho mais leve, produtivo e saudável. Fonte: Diretoria de Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Mucuri.
Entre os principais objetivos da norma estão a humanização do atendimento, o cuidado psicológico contínuo e o acesso igualitário aos serviços públicos de saúde, com atenção especial às mulheres que sofrem perda gestacional, óbito fetal ou neonatal
Por Gabriela Matias*
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 15.139, que cria a Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental. Publicada no Diário Oficial da União nesta semana, a nova legislação busca garantir acolhimento humanizado a mulheres e famílias que vivenciam a dor da perda de um filho durante ou após a gestação.
As ações previstas passam a integrar oficialmente o atendimento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com entrada em vigor prevista para 90 dias após a publicação.
Segundo explica a advogada Rafaela Carvalho, do VLV Advogados, a lei representa um passo importante para o reconhecimento institucional do luto parental. “Além de tratar a dor com o respeito que ela merece, a legislação obriga o poder público a oferecer suporte real para essas famílias. É um avanço civilizatório no cuidado com a saúde emocional”, afirma.
A ideia é oferecer suporte desde o momento da perda até o pós-alta, com diretrizes que devem ser seguidas por hospitais e profissionais de saúde em todo o país.
A nova lei determina, por exemplo, que hospitais devem:
Cumprir protocolos de atendimento humanizado, garantindo rapidez, acolhimento e respeito;
Encaminhar a família para acompanhamento psicológico, preferencialmente em casa ou em unidade próxima com profissional habilitado;
Facilitar a comunicação entre equipes de saúde, para que todas as unidades estejam cientes da perda vivida pela paciente;
Oferecer quartos separados para mães que perderam seus bebês ou cujos filhos têm diagnósticos graves;
Assegurar a presença de um acompanhante escolhido pela mãe no parto de natimorto;
Permitir que a família se despeça do bebê com privacidade, pelo tempo que considerar necessário;
Coletar e entregar lembranças do bebê, como impressão digital e plantar, se a família desejar;
Emitir declaração com o nome do bebê e dados do parto, para que os pais possam exercer sua memória e vínculo.
A lei também exige que os profissionais de saúde passem por capacitações específicas sobre o tema, garantindo sensibilidade e preparo no atendimento a essas situações. Outro ponto importante é a garantia de assistência social para os trâmites legais, incluindo orientação sobre o registro do óbito e eventuais providências funerárias.
A família poderá ainda decidir sobre sepultamento ou cremação do natimorto, escolher realizar rituais conforme suas crenças e participar da organização do momento de despedida. A destinação dos corpos deverá sempre respeitar a dignidade da pessoa humana, sendo vedada qualquer forma de descarte sem autorização familiar.
Para Rafaela Carvalho, o impacto da legislação vai além do aspecto emocional: “É uma norma que também tem peso jurídico. Ao estabelecer direitos e obrigações claras, ela oferece base legal para responsabilizar instituições que falharem no acolhimento. Isso traz segurança e reconhecimento para famílias que, até então, lidavam com essa dor em completo abandono do Estado.”
Com a nova política, o luto parental deixa de ser um tabu no atendimento de saúde pública e passa a ser reconhecido como um processo que merece escuta, cuidado e dignidade.
Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental: O que é?
A nova legislação tem como escopo central garantir dignidade, acolhimento e assistência integral às famílias que enfrentam perdas ainda na gestação, no parto ou nos primeiros dias de vida da criança. Conforme descrito em seu texto, a política busca a integração dessas ações ao Sistema Único de Saúde (SUS), com atendimento pautado em equidade, respeito e empatia.
Dentre os principais objetivos estão:
A humanização no atendimento durante e após a perda;
A comunicação clara e respeitosa com os familiares;
O acesso a acompanhamento psicológico;
A oferta de capacitação contínua a profissionais da área;
A previsão de direitos para o registro, despedida e sepultamento dos natimortos.
A advogada Rafaela Carvalho, especialista em direitos da saúde e integrante do escritório VLV Advogados, explica que “a lei inaugura uma fase de responsabilização mais objetiva por parte do poder público, diante de situações em que o sofrimento era, muitas vezes, tratado de forma burocrática e desumana”.
Direitos garantidos às famílias pela nova lei
A Lei nº 15.139/2024 impõe aos entes públicos a adoção de uma série de providências práticas e simbólicas, com o intuito de assegurar a dignidade da mulher e de sua família no momento da perda.
Entre os direitos garantidos, destacam-se:
Direito à informação: os profissionais devem comunicar com clareza o ocorrido, com linguagem acessível e respeito ao momento emocional da família;
Acompanhamento psicológico: a família deve ser encaminhada para atendimento especializado, preferencialmente em domicílio ou unidade próxima;
Acomodação separada: mulheres que sofreram perdas gestacionais ou neonatais devem ser, sempre que possível, acomodadas em ala distinta das mães com bebês vivos;
Presença de acompanhante no parto do natimorto: a mulher tem direito a indicar alguém de sua confiança para estar ao seu lado nesse momento;
Despedida do bebê: deve ser garantido um espaço e tempo adequado para que os pais e familiares possam se despedir, conforme suas crenças e necessidades emocionais;
Registro de lembranças: é direito da família solicitar impressões digitais, plantares e a emissão de documento com o nome escolhido para o bebê;
Escolha sobre rituais fúnebres: a família decide sobre sepultamento ou cremação, sendo vedada qualquer destinação que não respeite a dignidade da pessoa humana.
Segundo Rafaela Carvalho, “o reconhecimento do luto parental como um evento jurídico relevante reforça a proteção da dignidade humana em todas as suas fases. É um marco para o Direito da Saúde e para os direitos das mulheres no Brasil.”
Como essa lei se relaciona com o SUS e os deveres do Estado?
A política instituída por esta nova legislação integra-se diretamente ao SUS, o que significa que hospitais públicos, maternidades conveniadas e profissionais da rede básica de saúde devem seguir os protocolos definidos.
A atuação dos entes federativos (União, estados, DF e municípios) deverá ocorrer de forma coordenada, com especial atenção à:
Descentralização das ações: o atendimento deve chegar à ponta, especialmente nas regiões mais vulneráveis;
Formação de profissionais: é dever do Estado oferecer capacitação contínua sobre luto gestacional e neonatal;
Integração intersetorial: as áreas da saúde, assistência social e até o judiciário devem atuar de forma articulada quando houver impacto nos direitos da família enlutada.
Essa vinculação com o SUS confere efetividade prática à norma e permite que as famílias exijam seu cumprimento com base nos princípios da universalidade, integralidade e equidade, que regem o sistema.
Consequências jurídicas à hospital não cumprir as diretrizes da nova lei
Sim. Com a sanção da nova norma, os hospitais públicos e conveniados, assim como seus profissionais, passam a ter deveres objetivos no atendimento humanizado ao luto parental. O descumprimento desses deveres pode gerar responsabilidade civil do Estado ou da unidade hospitalar.
A depender do caso, é possível pleitear:
Danos morais, diante de condutas que podem agravar o sofrimento da família;
Danos materiais, caso haja gastos indevidos em razão da ausência de acolhimento público;
Responsabilização por negligência, nos casos de omissão de protocolos previstos na legislação.
Conforme aponta a advogada Rafaela Carvalho, “a lei traz um novo parâmetro para o Judiciário na análise de ações por dano moral decorrente de luto mal conduzido. Situações que antes eram vistas como ‘mero aborrecimento’ passam a ter respaldo normativo para serem julgadas sob o prisma da responsabilidade civil”.
O que pode mudar na prática para os profissionais de saúde
A nova lei exige dos profissionais da saúde postura ativa, empática e tecnicamente capacitada para lidar com situações de luto gestacional, fetal e neonatal. Isso inclui desde a forma de dar a notícia até a execução de cuidados específicos após o óbito.
Na prática, os profissionais deverão:
Passar por formações obrigatórias sobre a temática do luto;
Registrar com clareza as informações nos prontuários médicos, incluindo o óbito e as circunstâncias envolvidas;
Garantir que os direitos da mãe e da família sejam respeitados integralmente, inclusive no que diz respeito a acompanhante, despedida e apoio psicológico.
A falta de preparo para lidar com essas situações poderá configurar, a partir da vigência da norma, falha na prestação do serviço público de saúde, com repercussões éticas e jurídicas para os envolvidos.
A Lei nº 15.139/2024 marca uma mudança significativa no tratamento jurídico e institucional do luto parental no Brasil como garantia de um instrumento de proteção aos direitos fundamentais, especialmente à dignidade da pessoa humana, à saúde emocional e ao acesso a políticas públicas equitativas.
Ao reconhecer o sofrimento das famílias que perdem seus filhos antes ou logo após o nascimento, o Estado brasileiro dá um passo em direção à humanização da saúde pública e à construção de um sistema mais sensível às vulnerabilidades sociais.
Como ressalta a advogada Rafaela Carvalho, do VLV Advogados, “a lei rompe o silêncio histórico sobre a dor dessas mães e pais, trazendo respaldo legal, responsabilidade pública e respeito à memória do que foi vivido. É uma conquista para o Direito e, acima de tudo, para a humanidade”. Com a entrada em vigor da norma, espera-se que as famílias recebam não apenas atenção técnica, mas olhares empáticos, escuta acolhedora e suporte contínuo, como parte do direito de ser cuidado mesmo na ausência da vida.
Gabriela Matias, jornalista, redatora e assessora de imprensa, graduada pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB).INSTAGRAM: @gabrielamatiascomunica https://www.instagram.com/gabrielamatiascomunica/
Em Alcobaça, a Câmara de Vereadores ficou lotada com a presença de militantes e de lideranças políticas entre elas o prefeito Zico de Baiato
Diversas Lideranças Políticas do Partido dos Trabalhadores do Sul e Extremo Sul da Bahia, dirigentes e Assentados do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) participaram da plenária Mais PT para manifestar apoio à eleição de Tassio Brito para a presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) Bahia. Nesta sexta-feira (30), Tassio se reuniu com a militância em Itamaraju, Prado, Alcobaça e Teixeira de Freitas para debater o Processo de Eleições Diretas (PED) do partido, cuja votação ocorrerá no dia 6 de julho, envolvendo quase três milhões de eleitores em todo o país, sendo 192.210 da Bahia.
Ao cumprimentar os presentes, Tassio Brito falou de sua trajetória política e do orgulho em defender os interesses de todos os trabalhadores e trabalhadoras. “Eu respeito a trajetória de quem lutou para ter seu pedaço de terra. Eu respeito a trajetória de quem precisou ficar embaixo da lona preta, para lutar por um sonho que transformasse a sua vida. Eu não passei por isso, porque a minha origem é outra, mas o maior orgulho que eu carrego é de que, quando eu chego em qualquer acampamento ou assentamento, os meus companheiros olham pra mim e me dão um ‘bom dia meu companheiro Tassio’, porque me reconhecem como um parceiro de luta. Disso eu tenho o maior orgulho e disso eu não abro mão. Portanto, aqui, na capital da reforma agrária, na capital do MST, eu quero dizer em alto e bom som: embora eu não seja do MST, sou candidato do MST, dos movimentos sindicais, dos indígenas e quilombolas, do movimento estudantil, dos movimentos populares. Enfim, sou candidato da militância do PT”, declarou.
Em Itamaraju, Tassio Brito se reuniu com representantes dos movimentos sociais e lideranças políticas, na Câmara de Vereadores. Entre os presentes, estavam os vereadores Bubu da Sinuca e Domingos da São Francisco; o candidato a vice-prefeito em 2024, Kiko Mascarenhas; os ex-presidentes municipais Leandro e Ranieri e o atual, Solteiro; Rafaela Rios e Glauco; da Executiva do PT da Bahia; Evanildo Costa, dirigente nacional do MST; Antônio Paraguai, dirigente regional do MST; a deputada Lucinha do MST; Leandra, ex-vereadora pelo PC do B; e Liu, chefe de Gabinete do Deputado Valmir Assunção, que o representou no evento.
Erisvaldo, que é candidato à presidência do PT municipal, destacou a força da militância do partido. “Aqui em Itamaraju, nós temos três mil filiados e filiadas no nosso partido. O PT está vivo, o PT está nas ruas, o PT está lutando frequentemente. E nós, aqui nesta atividade, representamos essa força, essa construção partidária”.
Já no município de Prado, Tassio foi recepcionado pelo vice-prefeito e candidato a presidente do PT municipal Carlão; por Jamaica Reis, secretária de Assistência e Desenvolvimento Social do município; por Odilei, presidente do partido no município e por apoiadores que defendem a construção de um partido forte e mais próximo da militância.
Carlão destacou a importância do amplo debate para a construção de um consenso através do processo de eleições internas do partido. “Essa é a estratégia mais importante para que possamos construir o novo. Permitir o contraditório para que a gente construa coisas novas fora daquela zona de conforto. Essa postura do Partido dos Trabalhadores [de promover o debate], para muitos, às vezes, é encarada como se fosse discórdia. Não é. Isso é maturidade. Isso é saber escutar as pessoas, mesmo que elas pensem diferente da gente”, afirmou.
Em Alcobaça, a Câmara de Vereadores ficou lotada com a presença de militantes e de lideranças políticas. O prefeito Zico de Baiato esteve presente, acompanhado dos secretários Rubão (Agricultura) que também é presidente do partido , Mavilde (Planejamento), Toninho (Assistência Social). Também estiveram presentes Teka, que concorre à presidência municipal do partido, e os vereadores Manoelzinho, Neto, Antônio, Regina, entre outras lideranças.
A militância de Teixeira de Freitas também lotou a câmara municipal para manifestar apoio à uma proposta de renovação defendida por Tassio Brito. Ao ressaltar a importância do fortalecimento do partido, o ex-prefeito de Teixeira de Freitas pelo PT , João Bosco, falou que a renovação é necessária para o partido retornar às bases. “O que a gente precisa é dessas lutas unificadas. O sonho que eu tenho na vida inteira é ver os grupos de trabalhadores do campo e da cidade organizados. O Partido dos Trabalhadores nasceu organizado nos sindicatos, nas igrejas, nas fábricas, nos movimentos populares, nos bairros, na mão dos trabalhadores mais pobres, na periferia, onde nem água chega, onde não tinha a beleza de cidade. Foi lá que nasceu o PT”. Fotos: Rafael Santos. Assessoria de Imprensa: Flávia Maciel (71 98702-1291)
Teixeira de Freitas – A Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia Territorial de Teixeira de Freitas, conclui inquérito sobre acidente que resultou na morte de dois moradores de rua, fato ocorrido na Av. Getúlio Vargas, em frente ao Banco do Brasil.
A 1ª Delegacia Territorial de Teixeira de Freitas informa que concluiu o inquérito policial nº 41599/2025, instaurado para apurar o acidente de trânsito ocorrido na noite de 22 de abril de 2025, na Avenida Getúlio Vargas, em frente à agência do Banco do Brasil, nesta cidade, que resultou na morte de dois homens em situação de rua, atingidos por veículo automotor que invadiu a calçada.
As investigações revelaram que o veículo envolvido, um Fiat Mobi de cor branca e placa PKU-2511, era conduzido pelo nacional D. O. C., de 25 anos, filho do proprietário do automóvel. No momento do fato, o condutor estava acompanhado de outras seis pessoas, que confirmaram, em sede de depoimento, que D. O. C. havia ingerido bebida alcoólica antes de assumir a direção do veículo. Essa informação foi corroborada, inclusive, por testemunha que atuava como garçom no bar onde o grupo esteve momentos antes do acidente.
Durante o trajeto, conforme relato de testemunhas, D. O. C. passou a executar manobras arriscadas e bruscas com o volante, realizando movimentos em “zigue-zague” na pista lateral da avenida. Ao perder o controle do automóvel, o veículo subiu a calçada e colidiu com a parede lateral da agência bancária, atropelando as vítimas, que dormiam no local. Ambas morreram ainda no local, conforme constatado pelo SAMU e pela equipe do Departamento de Polícia Técnica.
Além da condução sob efeito de álcool e da realização de manobras perigosas, constatou-se que o condutor se encontrava inabilitado para dirigir, uma vez que sua Permissão para Dirigir (PPD) havia expirado em outubro de 2024, não havendo conversão em Carteira Nacional de Habilitação definitiva.
Diante dos elementos colhidos, o investigado foi indiciado pela prática de dois crimes de homicídio doloso, na modalidade de dolo eventual, tipificados no art. 121, caput, do Código Penal, em concurso formal. A conduta revelou total desprezo pelas regras de trânsito e indiferença quanto ao risco de produzir resultado letal.
Tal tipificação se justifica na medida em que o investigado, mesmo ciente dos riscos inerentes à sua conduta, assumiu a direção do automóvel após ingerir bebidas alcoólicas, em horário noturno e em área urbana, assumindo voluntariamente o risco de produzir o resultado morte, razão pela qual não se enquadra a conduta no art. 302 do Código de Trânsito Brasileiro, que trata do homicídio culposo na direção de veículo automotor.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público para as providências legais cabíveis. Fonte: 1ª Delegacia Territorial de Teixeira de Freitas – 8ª COORPIN/DEPIN/PCBA. Foto: Liberdadenews
O poeta, jornalista e ficcionista multipremiado Almir Zarfeg – Foto: Acervo pessoal
O portal de publicação e divulgação literária – Especiaria.art.br – acaba de veicular três poemas inéditos (e premiados) de Almir Zarfeg.
Trata-se dos poemas “Camões hardcore”, “Desgrandeza” e “Entrelinhas”, ganhadores do Prêmio OffFlip de Literatura 2025, Festival de Poesia de Lisboa 2024 e Prêmio Yoshio Takemoto 2025, respectivamente.
Zarfeg é poeta, jornalista e ficcionista. Autor de inúmeros livros em verso (como “Água Preta”, seu livro de estreia) e em prosa (como “A primeira vez de Z.”, coletânea de contos), em 2024 ele publicou “Homem-gato, homem-feito” (Uiclap), que foi finalista do Prêmio Laurel Verbum Literatura de Entretenimento.
Na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que acontece entre os dias 30 de julho e 03 de agosto, além de receber o Prêmio OffFlip de Literatura 2025, Zarfeg vai autografar sua mais recente obra intitulada “Ave, Aldravia!” (Grupo Editorial Caravana) e a coletânea “Contos em miniatura” (Editora Comala), que reúne minicontistas de todo o país.
“Uma honra e uma alegria para mim estrear nas páginas de Especiaria, que é muito bem editada por Lucio Carvalho, Léo Tavares, Mar Becker e Thomaz Albornoz Neves”, comentou Zarfeg.
Ele acrescentou: “A Especiaria surgiu neste ano de 2025, mas já se firmou como um veículo imprescindível à publicação e divulgação da literatura produzida no Brasil em verso e prosa”.
Para ler os poemas inéditos (e premiados) de Almir Zarfeg na Especiaria, clique aqui.
DESGRANDEZA
Como tu és colossal: teus antebraços são rios que se cruzam e reinam em alto-mar.
Teus braços e bíceps são um porto seguro: maravilha de quilha!
Mas – quanta ironia – vais naufragar feio na antessala do azul.
Porque és mínimo – ó ditador máximo! – meio-termo entre o
tudo e o nada que Camões vociferou: animal desgrande!
O mar muda de cor o país engasga com a maresia fascista.
Uma onda de sal leva o barquinho doce ao além-mar.
Ó cravo – ó rosa, sede bem-vindos à farsa salazarista!
Quanto do teu sal – para livrar o poema e salgar o combate – ó mar de Portugal?
Henrique Lage Ferreira, 39 anos, o “Pé de Pano”, lidera uma facção com atuação no Extremo Sul da Bahia
Uma operação integrada das Secretarias da Segurança Pública e Administração Penitenciária, do Ministério Público e das Polícias Militar e Civil capturou na noite de quinta-feira (29), o 10 de Paus do Baralho do Crime.
Henrique Lage Ferreira, 39 anos, o “Pé de Pano”, lidera uma facção com atuação no Extremo Sul da Bahia. O grupo criminoso tem envolvimento com tráficos de drogas e armas, homicídios, lavagem de dinheiro, extorsão, roubo e corrupção de menores.
Pé de Pano estava escondido em São Paulo e acabou preso ao retornar para a cidade baiana de Porto Seguro. O traficante possuía dois mandados de prisão por homicídios praticados no Extremo Sul da Bahia.
Ações integradas buscando capturar outros integrantes do bando e desarticular a organização criminosa continuam sendo realizadas pelas instituições de Defesa Social. Texto: Alberto Maraux. Foto: Divulgação SSP
Ajufe repudia possível sanção americana ao ministro do STF, classificando-a como ameaça à soberania nacional
Alexandre de Moraes (Foto: Fellipe Sampaio/STF)
247 – A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) manifestou solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), diante da possibilidade de sanções por parte do governo dos Estados Unidos. A entidade classificou a medida como uma “pressão ilegítima e inaceitável” que representa um “atentado à soberania nacional e à autonomia dos Poderes da República” .
A reação da Ajufe ocorre após o anúncio do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, de restrições de visto a autoridades estrangeiras acusadas de censurar cidadãos dos EUA. Embora não tenham sido mencionados nomes específicos, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro sugerem que Moraes seria um dos alvos .
Em nota, a associação expressou “profunda preocupação e absoluta repulsa” diante das tentativas de coagir ministros do STF e o Judiciário. A Ajufe também destacou relatos de grupos criminosos que planejavam investigar e até assassinar ministros da Suprema Corte e outras autoridades, representando uma ameaça direta à integridade dessas pessoas e à estabilidade democrática .
A entidade reafirmou seu apoio à atuação firme e independente do STF, essencial na defesa da democracia, da Constituição e dos direitos fundamentais. “Ataques, sejam de origem externa ou interna, não intimidarão o Judiciário nem ameaçarão a ordem constitucional”, afirmou a Ajufe, acrescentando que a magistratura federal seguirá vigilante na proteção da justiça e da soberania nacional.
A possível inclusão de Moraes nas sanções dos EUA ocorre no contexto de críticas às suas decisões relacionadas à suspensão de plataformas digitais no Brasil, como o X (antigo Twitter), por descumprimento de ordens judiciais . A situação evidencia tensões entre o Judiciário brasileiro e setores do governo norte-americano, levantando debates sobre soberania e interferência internacional.
Eventuais sanções contra membros do Judiciário brasileiro por parte da administração do presidente dos EUA, Donald Trump, poderiam desestabilizar a relação bilateral entre os dois países, já tensionada desde a eleição do republicano, segundo a análise do jornal.
Moraes é relator do inquérito da trama golpista no STF. A Corte tornou réu Jair Bolsonaro, aliado de Trump, por liderar a tentativa de golpe após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O principal motor desse crescimento foi o setor agropecuário, que avançou expressivos 12,2% no período
Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Paulo Whitaker/Reuters)
Conteúdo postado por Paulo Emílio:
247 – Dados divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a economia brasileira registrou alta de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre imediatamente anterior, já considerando os ajustes sazonais. O principal motor desse crescimento foi o setor agropecuário, que avançou expressivos 12,2% no período. Ainda conforme o IBGE, o setor de serviços também contribuiu positivamente, com leve crescimento de 0,3%, enquanto a indústria manteve-se praticamente estável, com retração marginal de 0,1%. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o PIB cresceu 2,9%, com avanço da agropecuária (10,2%), da indústria (2,4%) e dos serviços (2,1%).
O valor total do PIB no período chegou a R$ 3,0 trilhões, sendo R$ 2,6 trilhões correspondentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 431,1 bilhões relativos aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. A taxa de investimento subiu para 17,8% do PIB, superando os 16,7% registrados no mesmo trimestre do ano anterior. A poupança também avançou, atingindo 16,3% ante 15,5% no primeiro trimestre de 2024.
O destaque absoluto ficou com a agropecuária, favorecida por boa produtividade e pela safra robusta de lavouras como soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%), conforme apontado pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE.
Na indústria, o segmento da construção civil manteve trajetória positiva com crescimento de 3,4%, acumulando seis trimestres seguidos de expansão. A indústria de transformação avançou 2,8%, impulsionada por setores como máquinas e equipamentos, metalurgia, químicos e farmacêuticos.
A produção de eletricidade, água e serviços de saneamento subiu 1,6%, puxada pelo consumo residencial. Já as indústrias extrativas ficaram praticamente estáveis (0,2%). No setor de serviços, todos os segmentos apresentaram expansão, com destaque para informação e comunicação (6,9%), atividades imobiliárias (2,8%) e comércio (2,1%).
A Despesa de Consumo das Famílias aumentou 2,6% no primeiro trimestre, influenciada pela elevação da massa salarial real e maior disponibilidade de crédito, apesar do cenário de juros elevados. O consumo do governo também avançou (1,1%). A Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 9,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior, impulsionada pela construção, importação de plataformas de petróleo, produção de bens de capital e desenvolvimento de softwares. Esse foi o quinto trimestre seguido de crescimento no indicador.
As exportações de bens e serviços subiram 1,2%, puxadas por veículos automotores, produtos agropecuários, papel e celulose e derivados de petróleo. As importações cresceram 14%, com destaque para equipamentos de transporte, produtos químicos, máquinas e bens de capital.
Nos quatro trimestres encerrados em março de 2025, a economia brasileira registrou avanço de 3,5%, resultado do crescimento de 3,2% do Valor Adicionado e de 5,2% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.
Entre as atividades industriais, destacaram-se construção (4,6%), indústria de transformação (4,0%) e fornecimento de eletricidade e saneamento (2,4%). As indústrias extrativas, por outro lado, recuaram 0,8%.
O setor de serviços manteve desempenho positivo em todos os segmentos, com destaque para informação e comunicação (6,6%), outras atividades de serviços (4,6%) e comércio (3,6%). O consumo das famílias teve alta de 4,2%, o do governo cresceu 1,2% e os investimentos subiram 8,8%. No comércio exterior, as exportações cresceram 1,8% e as importações, 15,6%.
Até 50% dos empregos de colarinho branco de nível básico podem ser perdidos nos próximos cinco anos, de acordo com Dario Amodei, da Anthropic
A inteligência artificial pode eliminar metade de todos os empregos de colarinho branco de nível básico nos próximos cinco anos, alertou o CEO da empresa americana de pesquisa de IA Anthropic, Dario Amodei.
Em um comunicado à Axios publicado na quarta-feira, Amodei, que cofundou a Anthropic e é ex-executivo da OpenAI, disse que espera convencer o governo dos EUA e outros desenvolvedores a se prepararem para as consequências da automação rápida. A IA pode aumentar o desemprego nos EUA para 10-20% nos próximos um a cinco anos, alertou.
As empresas de desenvolvimento de IA já estão trabalhando em sistemas que em breve poderão substituir trabalhadores em tecnologia, finanças, direito, consultoria e outras profissões de colarinho branco, particularmente cargos de nível básico, afirmou Amodei.
O público e os políticos ainda “não sabem” que uma grande mudança está prestes a acontecer e insistiram que as empresas e as autoridades precisam parar de “adoçar” o que está por vir, principalmente para os trabalhadores mais jovens.
No início deste mês, um relatório da Linux Foundation, encomendado pela Meta, descobriu que a IA de código aberto já está transformando a economia, aumentando a eficiência, a inovação, a economia de custos e os ganhos de receita.
No entanto, Amodei expressou preocupação de que as pessoas possam continuar ignorando a ameaça de serem substituídas pela IA, especialmente se o governo dos EUA optar por ficar em silêncio sobre o assunto por medo de assustar os trabalhadores ou ficar para trás da China.
Universidade suíça realizou secretamente experimento de IA para manipular mentes
Em breve, “quase da noite para o dia”, os líderes empresariais verão economias na substituição de humanos por IA e implementarão uma mudança “em massa”. Eles vão parar de abrir novos empregos ou preencher os existentes e substituir os trabalhadores humanos por alternativas automatizadas, afirmou Amodei.
Ele propôs várias estratégias de mitigação, incluindo um índice especial para rastrear o impacto da IA em todas as ocupações e briefings para os legisladores aumentarem a conscientização. Ele também sugeriu um “imposto simbólico” – um sistema em que uma porcentagem da receita gerada pela IA seria redistribuída pelo governo.
O aviso de Amodei ocorre quando várias grandes empresas começaram recentemente a demitir uma quantidade considerável de trabalhadores, o que alguns acreditam estar sendo feito em antecipação a grandes mudanças devido à IA.
No início deste mês, a Microsoft demitiu cerca de 6.000 trabalhadores, a maioria engenheiros, apesar de relatar fortes vendas e lucros. O Walmart cortou 1.500 empregos corporativos para “simplificar as operações”, enquanto a Crowdstrike – uma empresa de segurança cibernética com sede no Texas – cortou 500 posições citando “um ponto de inflexão de mercado e tecnologia, com a IA remodelando todos os setores”. Fonte: RT
Alcobaça – Em sessão ordinária realizada na manhã desta quinta-feira, 29 de maio, a Câmara Municipal de Alcobaça aprovou, por unanimidade, a cessão de uma área pública localizada no município para a construção da sede própria da 88ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), unidade responsável pelo policiamento ostensivo nos municípios de Caravelas, Prado e Alcobaça.
A iniciativa representa um avanço significativo para a segurança pública regional, garantindo melhores condições de trabalho para os policiais militares e ampliando a estrutura de atendimento à população.
O comandante da 88ª CIPM, Major PM Álvaro, comemorou a decisão e o que a nova sede representa para a segurança pública. “A nova sede é mais do que apenas um prédio, uma construção e vai muito além disso, se concretizando em maior qualidade do serviço prestado à população, conforto e comodidade para a tropa”, afirmou.
Para os vereadores de Alcobaça, a aprovação do projeto representa um marco de responsabilidade e compromisso com a segurança pública. “Um projeto como esse carrega o senso de dever cumprido na missão de garantir maior segurança aos alcobacenses, além de representar o fortalecimento do apoio e da cooperação entre o Legislativo, as instituições de segurança e a administração pública”.
Já o Presidente da Câmara de Alcobaça, Érico Miranda, disse que “a cessão do terreno reafirma o compromisso da Câmara de Alcobaça com políticas públicas voltadas ao bem-estar coletivo e ao fortalecimento dos pilares da cidadania”, concluiu. Fonte: Ascom
Instituições têm sido alvo, no Brasil e no exterior, de governos e de grupos de extrema direita
Espaços de produção e disseminação do conhecimento científico – e, muitas vezes, de depuração de processos civilizatórios –, as universidades têm se transformado em alvos preferenciais de governos autoritários e de extremistas de direita, no Brasil e no mundo.
Cortes orçamentários abruptos, ataques à autonomia ou campanhas de descredibilização vêm ocorrendo em diversos países com o objetivo de enfraquecer a pesquisa e restringir a liberdade de expressão, em um movimento que especialistas classificam como de “ódio ao conhecimento”.
Em um de seus primeiros atos como presidente reeleito, Donald Trump, por exemplo, suspendeu repasses à Universidade Columbia por uma suposta cumplicidade dessa instituição com protestos de estudantes contra a atuação de Israel na Faixa de Gaza. Trump também anunciou o congelamento de U$ 2,2 bilhões em subsídios à Universidade de Harvard, cortando o apoio a programas da instituição voltados à diversidade, equidade e inclusão.
No Brasil não se vê, neste momento, ações governamentais com esse tipo de direcionamento, mas um estudo divulgado no ano passado pelos professores Joviles Vitório Trevisol e Ricardo Garmus, da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), mostra que, durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (2019-2022), a autonomia universitária viu-se duramente atacada.
O estudo evidenciou, entre outros aspectos, que essa nova direita brasileira agiu no sentido de desgastar a imagem das universidades e destruir as condições institucionais para a atuação profissional de docentes, servidores técnico-administrativos e estudantes.
Além disso, esse grupo mobilizou-se a fim de alterar os marcos regulatórios referentes à escolha e nomeação de dirigentes e esvaziar a autonomia financeira e patrimonial dessas instituições. “No âmago dos diferentes ataques, estava um projeto político claramente autoritário”, conclui o estudo.
Os ataques, no entanto, não se restringiram, no Brasil, à alteração de marcos legais. Essas ações transbordaram de modo a atingir outros níveis. Ameaças físicas a pessoas ou atos de depredação e vandalismo têm se tornado tão frequentes quanto violentos.
Na madrugada de 17 para 18 de abril, por exemplo, as portas da biblioteca e do laboratório do Departamento de Ciências da Informação da Universidade Federal do Ceará (UFC) foram arrombadas e os espaços, invadidos por vândalos. Estantes que abrigavam mais de 2 mil livros foram derrubadas, vidros, quebrados e cadeiras, reviradas.
Dez dias antes do ataque no Ceará, um ato convocado por extremistas de direita estimulava a prática de atos violentos contra estudantes da Universidade de Brasília (UnB). Chamado de “Make UnB free again” (façamos da UnB um lugar de novo livre) – uma alusão ao slogan “Make America Great Again” (façamos dos Estados Unidos um lugar de novo livre), do presidente estadunidense –, o grupo de supostos manifestantes chegou a se concentrar em frente à Biblioteca Central do Campus Darcy Ribeiro, na Asa Norte. O ato, divulgado em grupos de WhatsApp, defendia agredir estudantes, com palavras de ordem como “trocar porrada com os vermes” e “porrada nos comunistas”, segundo relato da Agência Brasil.
Dias antes, em 14 de março, o Centro Acadêmico de Artes Visuais (Cavis) da mesma universidade sofreu ataques realizados por estudantes bolsonaristas, que os chamaram de “ações de limpeza da UnB”.
A Unicamp sofreu dois ataques no mês de março – nos dias 24 e 27 –, em ações de cunho racista e preconceituoso. Os agressores deixaram mensagens como “Unicamp destruída” e “Estamos limpando a Unicamp”, além de símbolos neonazistas.
Durante o evento Virada Trans da Unicamp, o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) acabou invadido pelo vereador Vinicius Oliveira (Cidadania), em uma suposta ação de fiscalização. O representante da extrema direita vandalizou murais, rasgou cartazes e questionou ações afirmativas relativas às questões de gênero. Oliveira gravou tudo em vídeo e postou nas redes sociais. Em um outro momento, chegou a ameaçar de prisão estudantes que reagiram à ação.
“Esses não são um ataque ao IFCH. Ocorreram no IFCH, mas são um ataque a toda a universidade, ao pensamento, à ciência. E não é algo que está acontecendo apenas nas universidades brasileiras, mas tem a ver com o crescimento da extrema direita, da intolerância, em escala internacional”, afirmou a diretora do instituto, professora Andréia Galvão, em um manifesto divulgado pela Associação dos Docentes da Unicamp (Adunicamp).
A deputada Ana Perugini: “pânico moral” como estratégia
A atividade espetaculosa do vereador, no entanto, fazia parte de uma estratégia, já que no dia 1º de abril o Conselho Universitário (Consu) votaria a criação de cotas para travestis, pessoas trans e pessoas não binárias. A proposta viu-se aprovada por unanimidade e, no final do mesmo mês de abril, a Câmara Municipal de Campinas abriu um processo de cassação contra o vereador, por uma outra ação considerada irregular.
Segundo a denúncia que gerou o processo para cassá-lo, o vereador invadiu o Hospital Municipal Mário Gatti, em Campinas, gravou vídeos e expôs nas redes sociais servidores e pacientes que estavam no pronto-socorro.
O parlamentar enfrenta agora acusações de desrespeitar as pessoas presentes e de sugerir que profissionais do hospital recebem salário sem trabalhar. Oliveira também responde por ter supostamente acessado as fichas de atendimento de pacientes de forma irregular, em um comportamento que, segundo a deputada estadual Angela Perugini (PT), pode estar relacionado a uma nova categoria de crimes.
De acordo com Perugini, esse tipo de ação da extrema direita – abordagens violentas e a exibição de vídeos sensacionalistas e mentirosos – pretende espalhar o que chamou de “pânico moral”.
“Em São José dos Campos [SP], uma candidata a vereadora – uma mulher trans – foi atacada de forma repetida por um adversário durante a campanha eleitoral. O adversário gravou um vídeo no qual pregava a prática de atrocidades contra a vida dela, incluindo atos de violência física. E o pior: o vídeo viralizou, atingindo seu objetivo, que era exclusivamente o de provocar pânico moral”, resumiu.
Essa nova forma de fazer política, continua a deputada, gerou também o que denomina de “homicídio da honra” – quando se divulgam inverdades sobre alguém nas redes sociais sem que o outro possa sequer se defender.
Perugini diz haver, ainda, o “feminicídio político” – quando a violência política é deliberadamente direcionada contra uma mulher. “A política tem como objetivo cuidar das pessoas, mas, hoje, ela tem mais criado medo por conta deste novo tempo em que estamos vivendo.”
Na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), há três iniciativas que tentam suspender os efeitos da implantação pela Unicamp das cotas trans.
O cientista político Luis Felipe Miguel: classe média ressentida
O ódio
Autor de livros sobre teoria política, democracia e política brasileira, o professor da UnB Luis Felipe Miguel vem se esforçando, nos últimos anos, para entender as raízes do “ódio ao conhecimento”.
O especialista reconhece se tratar de um fenômeno complexo, multifatorial, porém acredita ter chegado a algumas pistas. Miguel diz ser perceptível, nessa nova extrema direita global, o ódio a duas coisas que a universidade representa. A primeira, o ódio ao conhecimento.
“Existe um esforço para bloquear setores inteiros da pesquisa científica. A gente vive hoje uma batalha em relação, por exemplo, a questões que vão da vacinação ao aquecimento global. Existe um esforço – e interesses – se mobilizando para impedir a pesquisa nessas e em outras áreas”, afirmou.
A questão, segundo o pesquisador, gira em torno de a universidade ter sido construída, historicamente, como um espaço de autonomia e, justamente por isso, essa instituição parece ameaçadora. A universidade então passou a sofrer ataques constantes, ou da parte das forças do mercado ou da parte do poder político. Na opinião do docente, uma das formas de pressão desses setores consiste em contrapor a universidade pública e os planos de ascensão da classe média.
Miguel avalia que a ideia de desqualificação da universidade encontra eco na classe média brasileira por uma série de motivos – um deles, o crescente processo de democratização no acesso.
“A democratização é problemática, insuficiente ainda, mas o fato é que a universidade deixou de ser um espaço exclusivo para os filhos de determinados grupos sociais”, disse. E isso trouxe consequências.
“Ficou um ressentimento – ou mesmo despeito – dessa classe média que percebeu a ocupação daquele espaço que sentia exclusivo por filhos de outros estratos sociais.”
Miguel cita mais um agravante. “A classe média empobrecida não consegue mais deixar herança ou patrimônio para seus filhos. O legado possível é o diploma, que agora deixou também de ser algo exclusivo. Hoje, o filho da classe média precisa dividir vaga com os pobres, pretos, pardos, periféricos”, constata.
O segundo fator a explicar o repúdio à universidade, defende o professor, diz respeito ao mercado de trabalho. Esse mercado passa por importantes mudanças, entre as quais o fato de muitos jovens acreditarem poder ganhar a vida sem estudar, quase sem nenhum esforço. O professor lembra o crescimento exponencial, por exemplo, das criptomoedas ou do número de influencers. “É possível que isso nos traga problemas sérios em um futuro próximo, pois não teremos mais médicos, engenheiros ou professores em quantidade suficiente”, alerta.
O cientista político cita um terceiro elemento que explicaria a aversão da classe média à universidade. Segundo afirmou, tem crescido no país o avivamento de um certo sentimento religioso – em um processo progressivo de dessecularização.
“Esse discurso faz com que a universidade seja vista como um espaço de ameaça, porque é próprio da universidade estimular um tipo de pensamento crítico que vai questionar algumas verdades vistas como inquestionáveis. A escola, portanto, é vista como algo que está dissolvendo certezas que deveriam ser imutáveis”, explica.
Meirelles, conselheiro da Fapesp: sair da bolha e construir maioria
Nova elite
Reitor da Unicamp até meados de abril deste ano e hoje membro do Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o professor Antonio José de Almeida Meirelles avalia que a universidade “gera um embrião de transformação” e que isso pode estar por trás dos movimentos anticiência.
“O que o Trump está fazendo com as universidades estadunidenses é destruir as instituições que formam pessoas de cabeça aberta. E mais: pessoas de cabeça aberta com alta competência técnica. E essas pessoas podem fazer uma diferença brutal no mundo aí fora”, avalia.
Meirelles relacionou as políticas de inclusão implantadas na Unicamp nos últimos anos e fez um balanço otimista sobre seus resultados. “Estamos deixando de ser elitistas para formar uma nova elite.”
O conselheiro da Fapesp, no entanto, fez um alerta, dizendo que as pessoas com a pretensão de mudar o mundo no qual vivem precisam ser inclusivas, “e isso implica discutir com os que pensam de forma diferente”.
Segundo o ex-reitor, precisamos trabalhar de modo a construir maiorias. “Nós não mudaremos o mundo se não formos capazes de sair de nossa bolha.”
Meirelles reconhece que as instituições públicas de ensino superior devem buscar formas de proteção contra as fake news e outras formas de manipulação de informações – como por meio da formação de uma rede para a divulgação de dados confiáveis. Mas afirma que só isso não basta.
“A nossa grande defesa não é apenas criar uma rede de proteção ou de combate às fake news. Aquilo de que precisamos é mostrar a importância do conhecimento para a sociedade. Durante a pandemia, por exemplo, as pessoas sentiram a importância das universidades e do serviço público. Por isso, é preciso mostrar de forma concreta o papel que as universidades desempenham na transformação da sociedade.”
O vereador Wagner Romão: repetição do modus operandi
Civilidade
Professor do Departamento de Ciência Política do IFCH, o vereador de Campinas Wagner Romão (PT) lembra que a extrema direita tem se apresentado com muita força no Brasil e no resto do mundo desde a década passada.
“Há uma mudança na forma de atuação deles, no modo como conseguem manipular a tecnologia, a internet, as redes sociais”, avalia o professor. “Mas o ataque às universidades é o modus operandi deles. Isso ocorre desde o início do fascismo, do nazismo. O que a gente tem visto agora nesses grupos é a repetição disso.”
O professor, no entanto, afirmou ser um erro fazer uma contraposição radical entre a extrema direita e a esquerda. “Esse é o jogo da extrema direita”, disse. “Há um campo democrático muito consistente que está no meio disso tudo – aqueles que têm uma visão democrática de sociedade. Precisamos, portanto, trazer esses elementos para esse campo [da defesa da democracia] e nos reafirmarmos como democratas.”
Romão avalia que a prática da violência como arma política sofre repúdio por parte de setores que não são necessariamente de esquerda. “Temos que ser hábeis para separar aqueles que são nossos adversários ideológicos daqueles que são absolutamente antipolítica. Trata-se de uma luta pela democracia, pela restauração dos padrões mínimos de civilidade”, acredita.
Manifestações
Preocupada com ataques do tipo, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) divulgou uma nota de solidariedade às universidades públicas alvos de ameaças, ações de difamação, intimidações e atos violentos, citando com destaque os episódios recentes ocorridos na UnB e na Unicamp.
“A Andifes manifesta seu total apoio aos reitores e à comunidade universitária e às ações adotadas com responsabilidade, diálogo e compromisso em relação ao bem-estar coletivo. Rejeitamos qualquer forma de violência, intimidação ou ameaça que comprometa a integridade física ou emocional de estudantes, docentes, técnicos, terceirizados e visitantes”, diz a nota.
“Diante dos acontecimentos, é imperativo reafirmar nosso compromisso com a defesa da liberdade acadêmica, da pluralidade de ideias e do respeito às diferenças”, afirma trecho da moção elaborada pela Adunicamp e aprovada por unanimidade no Consu em repúdio aos ataques.
Nos Estados Unidos, a reação das instituições de ensino às medidas de Trump demorou alguns dias para ocorrer, mas ocorreu. Na penúltima semana de abril, mais de cem universidades estadunidenses e instituições de pesquisa assinaram um manifesto condenando o que chamaram de “interferência política” do presidente no sistema educacional.
A carta conjunta veio a público um dia depois de Harvard ter recorrido à Justiça, processando o presidente dos Estados Unidos. “Falamos em uma só voz contra a intervenção governamental sem precedentes e a interferência política que coloca em risco o ensino superior estadunidense”, afirma a carta. Fonte: Jornal da Unicamp
Após anos de espera, Dona Maria agora tem segurança hídrica para enfrentar a seca
Imagem: MIDR/Divulgação
Em um gesto simbólico que marca o início de uma nova era para o sertão pernambucano e também a vida de pessoas como dona Maria Benvinda Salmento. Moradora do sítio Formiga, no município de Salgueiro, em Pernambuco, ela se tornou a primeira pessoa física a assinar o Contrato para Captação de Água Bruta do Projeto de Transposição do Rio São Francisco (PISF). Essa fase é voltada para os pequenos usuários do projeto que leva água do rio São Francisco a regiões semiáridas do Nordeste, garantindo abastecimento para consumo humano, industrial e agrícola.
A assinatura, realizada no segundo semestre de 2024, representa não apenas a concretização de um sonho pessoal, mas também a esperança em meio a seca recorrente no sertão. Dona Maria Benvinda é um exemplo da força da perseverança diante das adversidades. A assinatura do contrato foi o ponto de partida para que ela e sua família pudessem contar com a água transposição. Uma mudança que trouxe uma nova perspectiva de vida para a sertaneja, o filho Jandeilson e o neto Jhonatan Matias. Agora eles podem, finalmente, aliviar os desafios impostos pela falta de água durante a seca.
“Agora, eu vou poder dar água para os meus bichos, mesmo na seca, sem o sofrimento dos barreiros secos. Isso é uma bênção, o Pisf trouxe a esperança de que a água realmente chegaria aqui em casa”, comemorou Maria Salmento, que se emociona ao falar da chegada das águas que tanto aguardava. A captação de água bruta é um divisor de águas, possibilitando à sua família melhorar a produção rural, especialmente na criação de animais como peixes, galinhas, ovelhas e bovinos.
Transformação para o Nordeste
O Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional é a maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil. Com o objetivo de levar água a mais de 12 milhões de pessoas em 390 municípios, nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, o projeto mudou a realidade de milhões de nordestinos que, por décadas, sofreram com a falta d’água.
No caso de Dona Maria, a água do Rio São Francisco deixa de ser apenas uma esperança e se torna uma realidade concreta. Como muitos no sertão, ela não desistiu de lutar para ter acesso a esse recurso vital. “Eu corri atrás, fui a Recife, conversei com o MIDR, e até pensei em escrever cartas para o Presidente da República para conseguir ter direito à água que passava aqui na minha frente”, revela a pernambucana.
Para o diretor do PISF, Bruno Cravo, o contrato com os proprietários lindeiros, aqueles que vivem ao longo do canal e foram diretamente impactados pelas obras, têm muita relevância. “Esse é um marco muito significativo, pois, após todo o processo de construção, essas comunidades, enfrentaram os desafios e impactos das obras, agora podem se beneficiar diretamente da disponibilidade de água”, explicou.
A Autorização e os Passos para a Captação de Água
A captação de água bruta do PISF é um processo que exige a solicitação e a aprovação de pequenos usuários junto às Operadoras Estaduais do PISF. Após a solicitação formal, a Operadora Estadual avalia o pedido e, se aprovado, a demanda do usuário é incluída no Plano Operativo Anual (POA), conforme as normas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
No caso de Maria Salmento, essa fase já foi concluída com sucesso, assim como a instalação da estrutura de captação, que foi acompanhada por equipes técnicas da Agência Pernambucana de Clima (Apac), Gestor de Operação do PISF e pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).
A assinatura do contrato por Dona Maria simboliza não apenas a realização de um sonho pessoal, mas também um marco na luta pelo acesso à água no sertão nordestino. Seu esforço e determinação refletem a realidade de muitas famílias que, por anos, buscaram esse direito essencial para garantir a subsistência e o desenvolvimento rural. Com o PISF, histórias como a dela demonstram que a água, antes escassa, agora chega como um sinal de esperança e transformação para a região. Fonte: Brasil 61
Teixeira de Freitas – A Polícia Civil da Bahia, por meio da 1ª Delegacia Territorial de Teixeira de Freitas, concluiu o inquérito que investigava o trágico acidente ocorrido na noite de 22 de abril de 2025, na Avenida Getúlio Vargas, em frente à agência do Banco do Brasil. O incidente resultou na morte de dois homens em situação de rua, que foram atingidos por um veículo desgovernado que invadiu a calçada.
As investigações apontaram que o veículo envolvido, um Fiat Mobi de cor branca, placa PKU-2511, era conduzido por Drian Ondres Costa, de 25 anos, filho do proprietário do automóvel. No momento da colisão, Drian estava acompanhado por seis pessoas. Todas as testemunhas, incluindo um garçom do bar onde o grupo esteve antes do acidente, confirmaram em depoimento que Drian Ondres havia ingerido bebidas alcoólicas antes de assumir a direção do carro.
Testemunhas relataram que, durante o trajeto, Drian Ondres começou a executar manobras arriscadas e bruscas, realizando movimentos em “zigue-zague” na pista lateral da avenida. Ao perder o controle do Fiat Mobi, o veículo subiu a calçada e colidiu violentamente com a parede lateral da agência bancária, atropelando as duas vítimas que dormiam no local. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e a equipe do Departamento de Polícia Técnica (DPT) constataram o óbito de ambos no próprio local do acidente.
Além de dirigir sob efeito de álcool e realizar manobras perigosas, foi constatado que o condutor estava inabilitado para dirigir. Sua Permissão para Dirigir (PPD) havia expirado em outubro de 2024 e não havia sido convertida em Carteira Nacional de Habilitação definitiva.
Diante dos elementos colhidos, Drian Ondres Costa foi indiciado pela prática de dois crimes de homicídio doloso, na modalidade de dolo eventual, tipificados no artigo 121, caput, do Código Penal, em concurso formal. A Polícia Civil justificou a tipificação por homicídio doloso ao afirmar que a conduta do investigado revelou total desprezo pelas regras de trânsito e indiferença quanto ao risco de produzir um resultado letal.
A conclusão do inquérito destaca que o investigado, mesmo ciente dos riscos inerentes à sua conduta, assumiu voluntariamente a direção do automóvel após ingerir bebidas alcoólicas, em horário noturno e em área urbana, assumindo o risco de produzir o resultado morte. Por essa razão, a conduta não se enquadra no artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro, que trata do homicídio culposo na direção de veículo automotor.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público para as providências legais cabíveis. Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews
Mucuri – A Prefeitura de Mucuri, por meio da Secretaria Municipal de Administração e da Secretaria Municipal de Finanças, realizou na manhã desta quarta-feira, 28 de maio de 2025, uma audiência pública para apresentação e avaliação do cumprimento das metas fiscais relativas ao 1º quadrimestre do ano. O evento ocorreu no Plenário do Cidadão da Câmara Municipal de Mucuri e contou com a participação de vereadores, servidores públicos e cidadãos do município.
A audiência foi conduzida pelos contadores e técnicos da empresa ECONTAP, especializada em contabilidade pública e responsável pela assessoria das contas administrativas do município. O contador Aldair Brito do Nascimento foi o principal expositor do relatório técnico, apresentando dados detalhados referentes ao período de janeiro a abril de 2025.
A prestação de contas atende às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000), que estabelece a transparência como princípio fundamental da gestão pública e garante ao cidadão o direito de acompanhar a aplicação dos recursos públicos. O relatório apresentado contempla o balanço financeiro do município e os indicadores de arrecadação e gastos, especialmente com pessoal.
Durante a apresentação, foi destacada uma queda na arrecadação nos primeiros meses de 2025, quando comparada aos dois anos anteriores. Apesar do cenário de redução de receitas, o relatório evidenciou o esforço da gestão municipal para manter o equilíbrio fiscal, adotando medidas de contenção de despesas e otimizando a arrecadação nos setores estratégicos.
Um dos pontos centrais da audiência foi a demonstração do comprometimento do município com a responsabilidade fiscal, especialmente no controle da folha de pagamento. Aldair Brito ressaltou que o índice de gasto com pessoal segue abaixo do limite prudencial de 54%, estabelecido pela LRF, o que reflete a responsabilidade da administração municipal com os recursos arrecadados.
Além da transmissão visual em telão, os dados apresentados foram disponibilizados aos vereadores, ao público presente e à população em geral, fortalecendo o compromisso da Prefeitura de Mucuri com a transparência e a boa gestão.
O contador Aldair Brito e o presidente da Câmara Municipal, vereador Hélio Alvarenga.
A audiência pública é uma ferramenta essencial para que a população acompanhe e fiscalize a atuação da gestão municipal, reforçando os princípios da democracia participativa e do controle social.
Todos os Relatórios de Gestão Fiscal da administração, estão disponíveis no Portal Oficial da Prefeitura Municipal de Mucuri: MENU – Transparência/Receitas/Relatórios de Gestão Fiscal. Fonte: Diretoria de Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Mucuri
Entre janeiro e maio, as ações apreenderam 3.147 fuzis, submetralhadoras, espingardas, pistolas e revólveres
Vinte armas de fogo são retiradas por dia das mãos de integrantes de facções, através das ações promovidas pela Forças Policiais da Bahia.
Entre janeiro e maio de 2025, o patrulhamento ostensivo promovido pela Polícia Militar e o trabalho de inteligência desenvolvido pela Polícia Civil resultaram nas apreensões de 3.147 fuzis, submetralhadoras, espingardas, pistolas e revólveres.“Aumentamos em 18% o número de armas apreendidas, na comparação com o mesmo período do ano passado. Esse resultado, reflexo da dedicação de todos os policiais baianos, tem relação direta com a redução de 10% das mortes violentas no estado”, enfatizou o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner.Acrescentou ainda a criação da DESARME (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos). “Integrados com as Polícias Federal e Rodoviária Federal, além da FICCO Bahia, estamos trabalhando para identificar e desarticular as rotas de armas e munições”, completou Werner. Fonte e Fotos: Ascom da PCBA
Medeiros Neto – A Prefeitura Municipal de Medeiros Neto, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, juntamente com o Conselho Municipal da Pessoa Idosa, promoveu nesta quarta-feira a 4ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, com o tema: “Envelhecimento Multicultural e Democracia: Urgência por Equidade, Direitos e Participação”. O evento contou com a participação de dezenas de idosos da comunidade, pessoas idosas da Associação Comunitária Dom Helder Câmara e do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do CRAS, além de representantes dos departamentos municipais de saúde, educação, cultura e assistência social.
Durante a conferência, os participantes se reuniram para discutir cinco eixos principais que norteiam as políticas voltadas para a terceira idade: Financiamento das políticas públicas para ampliação e garantia dos direitos sociais; Fortalecimento de políticas para a proteção à vida, à saúde e ao acesso ao cuidado integral da pessoa idosa; Proteção e enfrentamento contra quaisquer formas de violência, abandono social e familiar da pessoa idosa; Participação social, protagonismo e vida comunitária na perspectiva das múltiplas velhices; Consolidação e fortalecimento da atuação dos conselhos de direitos da pessoa idosa como política do Estado brasileiro.
Os debates foram ricos e produtivos, resultando em propostas significativas para atender às demandas dos idosos em Medeiros Neto. Entre as sugestões apresentadas, destacam-se a adequação dos serviços públicos às necessidades específicas dessa faixa etária e a ampliação de investimentos em ações educativas, culturais e em saúde voltadas para a terceira idade. Os participantes também enfatizaram a importância de implementar medidas que visem melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos idosos no município.
Ao final do evento, foram eleitos dois representantes (Delegados) que irão levar as demandas e propostas discutidas para a 6ª Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa. A escolha desses representantes reforça o compromisso da administração municipal em garantir que a voz dos idosos seja ouvida e considerada nas esferas superiores de decisão.
A 4ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa reafirma o papel ativo da Prefeitura de Medeiros Neto na promoção dos direitos e bem-estar da população idosa, fortalecendo o diálogo entre os diferentes setores e promovendo um ambiente mais justo e inclusivo para todos. A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, Bianca Luiz, reforçou o compromisso do Conselho para a efetivação da política pública, como o monitoramento das propostas aprovadas, aprimoramento das ações, programas e serviços voltados à pessoa idosa enquanto direito, e o fortalecimento da parceria com as demais secretarias municipais no desenvolvimento de ações conjuntas. Fonte: Ascom/PMMN
A menopausa é uma fase natural, mas frequentemente desafiadora na vida da mulher, geralmente ocorrendo entre os 48 e 52 anos. Ela marca o encerramento definitivo dos ciclos menstruais e da fase reprodutiva. Esse processo ocorre devido à diminuição progressiva dos hormônios femininos, especialmente o estradiol, progesterona e, em menor grau, testosterona. No consultório, é muito comum que mulheres nesse período relatem uma série de sintomas físicos e emocionais, que estão diretamente relacionados às intensas mudanças hormonais típicas dessa fase.
🔻 Estradiol baixo:
➡️ Ondas de calor, sudorese noturna, secura vaginal, diminuição da lubrificação nas articulações, alterações de humor.
➡️ Impacto metabólico: aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos, maior risco cardiovascular, além de perda de massa óssea, levando a osteopenia e osteoporose.
🔻 Progesterona baixa:
➡️ Insônia, ansiedade, irritabilidade, lapsos de memória e dificuldade de concentração.
➡️ Esse hormônio tem efeito calmante no sistema nervoso, e sua falta pode intensificar sintomas emocionais.
🔻 Testosterona mais baixa:
➡️ Cansaço, perda de massa muscular, redução da força, diminuição da libido e menor disposição física e mental.
➡️ Também pode afetar a motivação, energia e autoestima.
🔺 Cortisol elevado e resistência à insulina:
➡️ Favorecem o aumento de peso, especialmente na região abdominal, além de mais estresse, ansiedade e maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 e síndrome metabólica.
🔺 FSH e LH altos:
➡️ Sinalizam biologicamente a menopausa, indicando que os ovários não estão mais produzindo hormônios. Esses hormônios não causam sintomas diretamente, mas são usados como marcadores laboratoriais da menopausa.
Estratégias para aliviar os sintomas e promover qualidade de vida na menopausa:
1️) Cuidar da saúde vascular
➡️ Alimentos vasodilatadores: beterraba, alho, cacau (preferencialmente 70% ou mais), chá verde, gengibre e frutas cítricas.
🔸 Benefícios: melhoram a circulação, reduzem ondas de calor e protegem o coração.
2️) Aumentar a ingestão de fibras
➡️ Inclua: psyllium, goma acácia, farelo de aveia, sementes de chia, linhaça e vegetais variados.
🔸 Benefícios: ajudam no controle do colesterol, triglicerídeos, glicemia e promovem equilíbrio intestinal, o que também influencia positivamente na saúde hormonal.
3️) Apoiar o sistema nervoso e o sono
➡️ Chás calmantes: camomila, passiflora (maracujá), erva-doce, melissa e valeriana.
🔸 Benefícios: ajudam a controlar estresse, ansiedade, irritabilidade e melhoram a qualidade do sono.
4️) Cuidar da massa muscular e da força
➡️ Pratique musculação e exercícios de força.
➡️ Garanta proteínas de qualidade: ovos, leite, iogurte, queijos, carnes magras, frango, peixes e leguminosas como grão-de-bico e lentilha.
🔸 Benefícios: previne perda de massa magra, osteoporose, melhora metabolismo e bem-estar geral.
5️) Avaliar a necessidade de reposição hormonal
➡️ Quando bem indicada e acompanhada por profissional especializado, a reposição hormonal pode reduzir sintomas, proteger a saúde óssea, cardiovascular e melhorar qualidade de vida.
A menopausa representa o começo de uma nova fase, cheia de possibilidades para cuidar mais de si. Com acompanhamento multiprofissional e escolhas conscientes, é possível atravessar esse período com leveza, equilíbrio e plenitude. Por Isabelle Paiva / Nutricionista / CRN:21102627
Nomes de Moraes, Zanin e Pacheco constavam em anotações de grupo de extermínio
Esquema envolvendo espionagem, assassinatos sob encomenda e venda de sentenças judiciais é descoberto após investigação da morte de advogado em 2023. A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (28), uma operação que revelou a existência de uma organização criminosa empresarial em Cuiabá (MT), envolvida em espionagem, assassinatos sob encomenda e até um suposto esquema de venda de sentenças judiciais no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A ação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, resultou na prisão de cinco suspeitos em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, além da execução de seis mandados de busca e apreensão e medidas cautelares, como recolhimento domiciliar noturno e entrega de passaportes.
A investigação teve início com a apuração do assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto com 10 tiros em dezembro de 2023, em frente ao seu escritório na capital mato-grossense. O crime, executado por um atirador que aguardava a vítima e fugiu após os disparos, revelou uma trama complexa liderada pelo grupo autodenominado “Comando C4” – ou “Comando de Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos”.
Segundo a Polícia Federal, a organização mantinha uma tabela de preços para assassinatos, variando conforme o perfil das vítimas: R$ 50 mil para “figuras normais”, R$ 100 mil para deputados, R$ 150 mil para senadores e R$ 250 mil para ministros ou membros do Judiciário.
Estrutura criminosa e modus operandi
A PF descobriu que o grupo planejava suas ações com requintes de sofisticação, incluindo o uso de perucas, bigodes falsos e drones para monitoramento. A organização também previa a locação de imóveis e o uso de garotas e garotos de programa como “iscas” para atrair alvos. Entre os materiais listados para as operações estavam cinco fuzis de precisão com silenciador, 15 pistolas com silenciador, munição, um lança-rojão, minas magnéticas, explosivos com detonação remota, além de veículos como cinco Fiat Doblò usados e placas frias. Parte desse arsenal foi apreendido em um endereço em Minas Gerais.
A investigação apontou que o assassinato de Zampieri foi motivado por uma disputa judicial envolvendo terras avaliadas em mais de R$ 100 milhões. O produtor rural Aníbal Manoel Laurindo, identificado como mandante, teria ordenado o crime, com o coronel Luiz Cacadini como suposto financiador.
Antônio Gomes da Silva foi apontado como o atirador, enquanto Hedilerson Barbosa, dono da pistola 9mm usada no crime, atuou como intermediador. Gilberto Louzada da Silva também integra a lista de suspeitos presos. As funções foram inicialmente atribuídas pela Polícia Civil de Mato Grosso, em indiciamento realizado em 2024, e corroboradas pela PF na atual fase da operação.
Ainda de acordo com informações da PF, o grupo mantinha tabelas impressas com o “preço” de cada assassinato, a depender da “função” de cada vítima:
“figuras normais”: R$ 50 mil
deputados: R$ 100 mil
senadores: R$ 150 mil
ministros / judiciário: R$ 250 mil
As informações já divulgadas não permitem saber se alvos desses cargos foram, de fato, espionados – ou se a tabela era apenas uma “previsão”.
Suspeitas de corrupção no Judiciário
Além das prisões, a operação expôs um suposto esquema de venda de sentenças no TJMT, com ramificações que alcançam o STJ. Embora as informações divulgadas não confirmem se alvos de alto escalão, como deputados, senadores ou ministros, foram efetivamente espionados, a existência da tabela de preços sugere a intenção do grupo de atuar contra figuras de destaque. A PF continua investigando para esclarecer o alcance das atividades criminosas e possíveis conexões com outras esferas do poder.
O caso Zampieri
Roberto Zampieri foi assassinado em frente ao seu escritório, dentro de um veículo blindado, que usava há mais de cinco anos. Segundo o delegado Nilson Farias, da Polícia Civil, o atirador, que usava boné, disparou pelo vidro do passageiro e fugiu em seguida. A execução foi planejada com precisão, com o criminoso aguardando a vítima no local. A brutalidade do crime, com 10 disparos, chocou a capital mato-grossense e motivou a investigação que desvendou o esquema criminoso.
Próximos passos
A operação da PF, que conta com o apoio do STF, segue em andamento, com análise dos materiais apreendidos e monitoramento dos suspeitos submetidos a medidas cautelares. A descoberta do “Comando C4” levanta preocupações sobre a segurança de autoridades e a integridade do sistema judiciário, reforçando a necessidade de apurações rigorosas para desmantelar redes criminosas desse porte. Por Alan.Alex / Painel Político
Nomes de Moraes, Zanin e Pacheco constavam em anotações de grupo de extermínio
Operação da PF mira grupo que cobrava até R$ 250 mil para monitorar e assassinar autoridades
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (28), a 7ª fase da Operação Sisamnes, que investiga uma organização criminosa autodenominada “Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos” (C4). Entre os alvos de interesse do grupo, segundo anotações apreendidas, estão o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado, e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin.
A investigação, que tramita sob sigilo, teve início com a apuração do assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em dezembro de 2023, em Cuiabá (MT). Zampieri foi executado com dez tiros, em um crime ligado a uma disputa agrária envolvendo terras avaliadas em R$ 100 milhões. O fazendeiro Aníbal Moreno Laurindo, apontado como mandante, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado. Além dele, outros alvos da operação incluem o coronel do Exército Luiz Caçadini, suposto intermediador, e Antônio Gomes da Silva, identificado como o atirador. A PF também encontrou mensagens no celular de Zampieri que revelaram um esquema de venda de sentenças judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT).
Durante as investigações, a PF apreendeu uma tabela de preços do grupo C4, detalhando custos de serviços que incluíam monitoramento de autoridades e até assassinatos. Segundo os documentos, o monitoramento de senadores, como Rodrigo Pacheco, custava R$ 150 mil, enquanto para ministros do STF, como Moraes e Zanin, o valor chegava a R$ 250 mil. A organização também oferecia serviços de inteligência, reconhecimento e operações, utilizando armamento pesado, como fuzis com silenciador, minas magnéticas e explosivos com detonação remota. Além disso, o grupo empregava táticas como o uso de garotas e garotos de programa como iscas e hackers para coleta de informações.
Rodrigo Pacheco, ao tomar conhecimento da citação de seu nome, classificou o caso como “estarrecedor” e “repudiante”, destacando que a intimidação de autoridades representa uma grave ameaça à democracia. Em nota, o senador pediu rigor nas investigações para garantir a aplicação da lei e da ordem. Ele afirmou desconhecer os detalhes da menção e preferiu não comentar até a conclusão das apurações.
Os investigadores ainda analisam o material apreendido para determinar a extensão e os motivos do monitoramento de Pacheco, Moraes e Zanin. A PF informou que o esquema é “consideravelmente mais sofisticado e complexo” do que inicialmente previsto, o que levou o ministro Cristiano Zanin, responsável pelo inquérito no STF, a prorrogar as investigações por mais 60 dias. A operação cumpriu cinco mandados de prisão, quatro de monitoramento eletrônico e seis de busca e apreensão em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.
A descoberta do grupo C4 levanta preocupações sobre a segurança de autoridades públicas e a fragilidade das instituições democráticas diante de organizações criminosas que operam com alto grau de planejamento. A investigação da PF segue em curso, com foco nos mandantes e possíveis coautores do assassinato de Zampieri e nas atividades de espionagem do grupo. O caso reforça a necessidade de proteção às figuras públicas e de combate a redes criminosas que ameaçam a estabilidade do Estado de Direito. Por Alan.Alex / Painel Político