Delivery primeiro?

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Por Ibraim Gustavo*

Serviço de delivery se tornou um dos mais procurados durante a quarentena em todo o mundo. Nos Estados Unidos e no Canadá, por exemplo, o Instacart, aplicativo de entregas de supermercados, afirma que o crescimento de pedidos cresceu dez vezes somente no mês de março.

Startups que atuam no serviço de entregas de produtos, alimentos e bebidas, como a colombiana Rappi, afirmam ter aumentado em 30% o número de pedidos nas primeiras semanas de quarentena e isolamento social na América Latina.

Entre as demandas de delivery, as mais procuradas são restaurantes, supermercados e farmácias, mas outros setores também se destacam no período, como o de entrega de flores por produtores que trabalham na CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo).

Somente entre os moradores da cidade de São Paulo, houve um crescimento de 700% em instalações de aplicativos em celulares de delivery em dois meses.

Desemprego afeta o setor

A alta na taxa de desemprego também afetou o setor, e a Rappi chegou a registrar picos de 300% no número de pedidos de cadastro de entregadores, e a empresa triplicou o número de shoppers, os profissionais responsáveis por fazer a compra nos estabelecimentos.

Esse mesmo cenário se repetiu com a 99Food, ramo de entregas da empresa brasileira de transporte, que passou de 147 mil para 170 mil entregadores ainda no primeiro mês do isolamento social.

Delivery antes de abrir as portas?

Diante dessa realidade, nos cabe o questionamento para quem empreender: Delivery primeiro?

Para você que deseja abrir um negócio, seja no ramo de alimentos, bebidas, vestuário, eletrônicos, ou qualquer outro que seja possível a entrega e o consumo em casa, a opção pelo delivery talvez seja a mais acertada. Primeiramente, porque observados esses números, percebemos o crescimento desse tipo de serviço no Brasil e no mundo.

Outro aspecto importante é que o proprietário de um negócio que atua com entregas não tem os custos fixos que toda empresa têm, como aluguel, contas de energia elétrica, água e internet, podendo trabalhar de casa, já que não precisa receber os clientes num ponto fixo.

*Ibraim Gustavo é Jornalista, pós-graduado em Marketing (UNIP) e MBA em Comunicação e Mídia (UNIP). É também escritor, redator e radialista, e possui formação em Profissões do Futuro (plataforma O Futuro das Coisas), e no programa Restartse de Empreendedorismo (plataforma StartSe).