CEO da OpenAI afirma que sociedade não vai se arrepender de apostar pesado na inteligência artificial, apesar de admitir comportamentos “insanos”

“Você deve esperar que a OpenAI gaste trilhões de dólares em infraestrutura num futuro não muito distante. E deve esperar que vários economistas digam: ‘Isso é uma loucura, é imprudente, seja lá o que for’. E nós vamos dizer: ‘Sabe de uma coisa? Deixe-nos fazer o nosso trabalho’”, afirmou Altman.
Um novo modelo de financiamento
O executivo revelou que a startup está elaborando um modelo inédito para financiar esse volume de investimento. “Suspeito que possamos criar um tipo muito interessante de instrumento financeiro para financiar e computar que o mundo ainda não descobriu”, disse. “Estamos trabalhando nisso.”
Em janeiro, Altman esteve ao lado de Masayoshi Son, da SoftBank, e Larry Ellison, da Oracle, na Casa Branca para anunciar o Stargate, um projeto de infraestrutura de US$ 500 bilhões ao longo de quatro anos. Porém, ele destacou que seus planos vão muito além desse valor.
Investimento massivo, lucros futuros
Apesar de reconhecer que o mercado de IA está passando por uma fase de “exaltação” semelhante à bolha da internet nos anos 1990, Altman defendeu que o investimento maciço vale a pena. “A IA é a coisa mais importante a acontecer em muito tempo. É muito racional continuar investindo agora”, afirmou.
O CEO acredita que a sociedade não vai se arrepender desse esforço, embora reconheça que algumas avaliações de startups são “insanas” e frutos de “comportamento irracional”. “Alguém vai sair queimado nisso”, disse.
Possível abertura de capital
Parte da estratégia para viabilizar o financiamento pode incluir uma oferta pública de ações (IPO), embora Altman não tenha dado prazos. Ele admitiu que a OpenAI está passando por uma reestruturação corporativa complexa e afirmou: “Provavelmente teremos que abrir capital algum dia”.
Desafios com o GPT-5
O encontro com jornalistas também abordou o lançamento conturbado do GPT-5, que recebeu críticas mistas e gerou insatisfação entre usuários. “Acho que estragamos algumas coisas no lançamento. Aprendemos a lição sobre o que significa atualizar um produto para centenas de milhões de pessoas de uma só vez”, disse Altman.
Ele ainda comentou sobre o crescimento rápido do ChatGPT, a possibilidade de criptografar conversas para maior privacidade e o interesse em adquirir o navegador Chrome, caso a Justiça obrigue o Google a se desfazer dele.