Censo: brasileiros com ensino superior não chegam a 20%, apesar do avanço

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Número passou de 6,8% para 18,4% em 20 anos, mas índice é baixo

De 2000 a 2022, a parcela da população brasileira que chegou ao ensino superior quase triplicou, um salto de 6,8% para 18,4%. Apesar do avanço, o percentual não chega nem a 20% do total de habitantes de 25 anos ou mais no Brasil, de acordo com dados preliminares do Censo 2022, divulgado nesta quarta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Por outro lado, o percentual de pessoas sem instrução ou sem concluir o ensino fundamental caiu de 63,2% para 35,2%.

Além disso, a população nessa faixa etária com nível “médio completo e superior incompleto” cresceu de 16,3% para 32,2% entre 2000 e 2022, enquanto as pessoas com “fundamental completo e médio incompleto” passaram de 12,8% para 14%.

Desigualdade entre brancos e negros

O Censo ainda destaca as desigualdades raciais no acesso ao ensino superior brasileiro. Em 2000, a parcela da população parda (com 25 anos ou mais ) com nível superior era de 2,4%; e das pessoas pretas era de 2,1%.

Ainda que em 2022 essas proporções tenham crescido — 5,2 vezes para pardos (12,3%) e 5,8 vezes para pretos (11,7%) — a parcela da população branca com ensino superior é maior: 9,9% em 2000 com aumento para 25,8% em 2022.

Nível de instrução das mulheres supera o dos homens

Entre as mulheres com 25 anos ou mais, 20,7% apresentaram nível superior completo, proporção que entre os homens da mesma faixa etária era de apenas 15,8%, de acordo com o levantamento.

Já a proporção da população com 25 anos ou mais sem instrução e com fundamental incompleto era de 37,3% entre os homens e 33,4% entre as mulheres.

Censo 2022

Essa divulgação do Censo 2022 traz os resultados preliminares da Amostra sobre Educação, com indicadores sobre frequência à escola ou creche, nível de ensino frequentado, nível de instrução da população, média de anos de estudo e área do curso superior de graduação concluído — sendo que alguns indicadores são comparados com os dos Censos de 2000 e 2010. Por Tamiris Gomes / colaboração para a CNN / Fonte: CNNBrasil.

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