Cachoeira Futsal (RS) contrata o goleiro Victor “Salsicha”

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Teixeira de Freitas – Três vezes campeão baiano, um vice-campeonato brasileiro universitário, sete vezes campeão baiano universitário, uma vez campeão pernambucano, nove vezes campeão municipal em Teixeira de Freitas (BA) e duas vezes campeão da Copa Estado da Bahia. É com este currículo que o goleiro Victor Lutz Miranda Caria chega ao Cachoeira Futsal (RS) para a realização de um sonho: jogar no sul do país.

Nascido em 9/10/1987, na cidade de Teixeira de Freitas, Vitor iniciou a carreira no futsal como jogador de linha, mas, seu verdadeiro sonho era ser goleiro. Nos treinamentos sempre estava no meio dos goleiros, pois, segundo ele, admirava a profissão.

“Meu treinador não me deixava ir pro gol porque eu jogava bem na linha. Até que um certo dia, em um jogo, nosso goleiro se machucou e eu pedi ao professor para ir no gol, foi aí que nunca mais saí. Já no próximo campeonato fui inscrito como goleiro “, conta o atleta de 27 anos.

Em entrevista exclusiva ao “Futsal em Pauta”, o ex-goleiro do Teixeira de Freitas fala sobre a carreira, sua vida e os sonhos.

“Meu pai é engenheiro de uma fábrica de papel e minha mãe é bancaria aposentada. Tive uma infância ativa, adorava brincar de bola, dava muito trabalho na escola e quando meus pais falavam que iam me proibir de jogar bola eu endoidava e parava de bagunçar na escola. Tive uma infância sem muitas dificuldades, uma família bem estruturada. Sempre estudei em escola boa. Até o ensino médio meus pais pagavam meus estudos, depois, nos últimos anos, ganhava bolsa de estudo para jogar no time da escola”.

F.P.: Como surgiu a paixão pelo futsal?

Victor: Iniciei jogando no campo, mas, como eu era um garoto muito ativo e no campo você não se movimenta tanto como o futsal, eu comecei a jogar futsal na linha, pelo fato de sempre estar perto da bola.

F.P.: Quando encontrou o futsal?

Victor: Encontrei no futsal em 1995 jogando na linha, na Fiorente, uma escolinha de Teixeira de Freitas.

F.P.: E quando realmente percebeu que deveria ser goleiro?

Victor: Em uma competição no norte de Minas, onde nosso goleiro se machucou e, apesar de ser bom jogador de linha, eu amava era “agarrar”. Nessa competição tive minha primeira oportunidade de jogar no gol e de lá mais nunca sai. Isso ocorreu em 2000.

F.P.: Quais os times que já defendeu?

Victor: Meu primeiro time de verdade foi aqui em Teixeira de Freitas, que comecei a receber para jogar foi o Água Viva, no ano de 2007. Com esse time já disputei campeonatos municipais e estaduais. Depois do Água Viva fui contratado pro time da faculdade aqui de Teixeira chamado Factef, daí cheguei na minha primeira final do campeonato baiano, sendo vice-campeão em 2009. Depois, fui contratado pelo FTC Vitória de Salvador, onde joguei dois brasileiros universitários em Campinas/SP e Foz do Iguaçu/PR, sendo vice na categoria Prata do brasileiro anos de 2011 e 2012, nesses mesmos anos fui vice do baiano em 2011 e campeão em 2012 e 2013 Em 2014 voltei a Teixeira, sendo novamente campeão baiano pela minha cidade em 2014 .

F.P.: Revele-nos por que você diz que seu maior sonho era jogar no Rio Grande do Sul.

Victor: Eu amo o futsal! Futsal é minha paixão e um dos maiores centros do futsal no Brasil está no sul. Hoje, todos me perguntam por que não sou um jogador profissional de futsal. Eu respondo que sempre escolhi estudar e ganhar bolsa para jogar porque futsal um dia acaba, mas, meu diploma vou ter pra sempre. Tenho duas formações – sou educador físico e fisioterapeuta e, agora, que terminei meus estudos, posso realizar o sonho de jogar em um time grande como o Cachoeira.

F.P.: Como você chegou até o Cachoeira Futsal?

Victor: Cheguei através de Leozim (recentemente contratado pelo Cachoeira Futsal), que foi meu colega de time, fiquei sabendo que ele estava indo para o Cachoeira e resolvi procurar o clube pelo Facebook. Na sorte achei página da torcida Comando Verde Amarelo, curti a página da torcida, onde Deus me abençoou de encontrar o Alessandro (correspondente Futsal em Pauta que também é o presidente da torcida), quem entrou em contato com o treinador da equipe e me pôs em contato com ele, pude perceber que meu sonho, talvez, poderia virar realidade… Passados um ou dois dias, conversei com o treinador Sandro Colvero, ele ficou de conversar com a diretoria. Passaram-se mais uns dias e o diretor de futebol, César Sena, entrou em contato comigo, conversamos, entramos em acordo e fui contratado.

F.P.: Porque o Cachoeira Futsal?

Victor: Porque as pessoas que conheço e que estão aí são feras e tive o privilégio de jogar muito contra o Mamau (4 temporadas no Cachoeira), grande jogar e, claro, meu parceiro de time o Leozim, então, sei que estou indo para um grande time.

F.P.: Qual foi sua reação ao ter resposta positiva e ser contratado?

Victor: No momento em que fechamos o acordo, eu pensei em Deus e agradeci por Ele estar me dando essa oportunidade de jogar no melhor futsal do Brasil. E sem dúvida penso em um dia jogar uma liga e com muita dedicação vou chegar à seleção porque sei do meu potencial.

F.P.: O que o torcedor cachoeirense e gaúcho pode esperar do Victor?

Victor: Em primeiro lugar, muita humildade, pois sei que vamos ter grandes goleiros com passagem em liga futsal. Eu, simplesmente, só joguei alguns estaduais. Então, sem dúvidas, muito trabalho, muita dedicação e para sempre vou agradecer o Cachoeira por ter me dado essa oportunidade. Chego aí no Sul em busca do meu sonho e fazer o que mais amo no principal berço do futsal do Brasil. Podem ter certeza, se demorei tanto a ter essa oportunidade, agora não irei a deixar escapar das minhas mãos. Irei com tudo pra cima e desde já convido a torcida do Cachoeira. Podem ter certeza vocês vão ver uma coisa que nunca viram antes. Obrigado a todos. Estou chegando! Por Alessandro Rosa