Mestre pela UFG e fã de Fórmula 1, Amanda Gomes, de 30 anos, foi encontrada com sinais de queimaduras e asfixia um dia antes de retornar ao Brasil
Em um trágico desfecho que chocou duas nações, a goiana Amanda Gomes, 30 anos, foi encontrada sem vida em um quarto de hotel em Narita, Japão, na madrugada de quinta-feira (1). A jovem pesquisadora, que era mestre em Letras pela Universidade Federal de Goiás (UFG), estava prestes a retornar ao Brasil quando teve sua vida brutalmente interrompida.
De acordo com informações fornecidas por familiares ao jornal Mais Goiás, a polícia japonesa trabalha com a principal suspeita de que um homem de nacionalidade indiana, com antecedentes criminais, seria o responsável pelo crime. O corpo da vítima apresentava queimaduras e sinais de asfixia por fumaça, havendo suspeitas de que ela tenha sido dopada antes do assassinato.
Em uma mensagem premonitória enviada ao namorado dias antes do crime, Amanda havia expressado preocupação sobre um homem indiano. “Ela disse que estava com um rapaz e que ele atendeu o telefone falando em língua indiana [hindi]. Até brincou dizendo: ‘Acho que ele está fazendo casinha para mim‘”, relatou seu primo, Thiago Gomes.
Amanda estava na Ásia desde março, tendo passado pela Coréia do Sul antes de chegar ao Japão. Apaixonada por Fórmula 1, ela havia realizado o sonho de assistir ao Grande Prêmio de Suzuka há cerca de um mês. Em suas redes sociais, compartilhava momentos felizes de sua estadia no país, incluindo visitas à Disneylândia e diversos templos locais.
Circunstâncias do crime
O crime apresenta características de latrocínio, já que objetos pessoais como celular, bolsa, joias e eletrônicos foram levados do quarto. Curiosamente, uma bolsa contendo documentos foi deixada no local, o que auxiliou na identificação da vítima. A família foi notificada do falecimento através de uma videochamada com um delegado japonês.
Comoção e luto
Natural de Caldazinha, na Região Metropolitana de Goiânia, Amanda residia atualmente em São Paulo. Sua morte causou grande comoção em sua cidade natal, levando a prefeitura local a emitir uma nota de pesar: “Amanda era uma jovem cheia de sonhos, querida por todos, e sua partida repentina deixa um vazio profundo em nossa comunidade”.
O Ministério das Relações Exteriores confirmou que está prestando assistência aos familiares da vítima. O caso segue sob investigação das autoridades japonesas. Por Alan.Alex / Painel Político