“Brasil fará a maior revolução energética do planeta”, diz Lula ao sancionar Lei do Combustível do Futuro

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Lei determina maior uso de diesel verde, biometano e combustível sustentável para aviação, e expande mistura de etanol à gasolina e de biodiesel ao diesel

Presidente Lula sanciona Lei do Combustível do Futuro
Presidente Lula sanciona Lei do Combustível do Futuro (Foto: Reprodução)

247 – Em um evento na Base Aérea de Brasília nesta terça-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a Lei do Combustível do Futuro, reforçando o compromisso do Brasil com a transição energética e a mobilidade sustentável. Durante seu discurso, Lula destacou a importância da legislação para o país e sua capacidade de liderança no cenário global de energia limpa.

“Vocês não têm dimensão de como me sinto hoje olhando para o mundo e dizendo: o Brasil vai fazer a maior revolução energética do planeta Terra. Não há ninguém para competir com o Brasil”, afirmou o presidente, evidenciando a confiança no potencial brasileiro para liderar o setor de biocombustíveis.

“A fotografia deste evento do Combustível do Futuro não é uma fotografia qualquer. Eu viajei este país conhecendo os diferentes biocombustíveis e viajei pelo mundo para divulgar os avanços do Brasil no setor. Temos a capacidade de liderar a transição energética, e não há quem possa competir conosco”, complementou.

Lula lembrou de quando, durante seu primeiro mandato, a ideia de uma revolução energética foi proposta pelo então ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. “Ele entrou no meu gabinete para dizer que a gente poderia fazer uma revolução se começássemos a produzir biocombustível”, recordou. A partir de então, Lula e sua equipe, incluindo a ex-presidente Dilma Rousseff, trabalharam para transformar essa visão em realidade, com a criação de programas voltados ao uso de biodiesel e etanol.

O presidente também destacou a importância das pequenas propriedades rurais na produção de matérias-primas para o biodiesel. “Temos quase 5 milhões de pequenas propriedades que podem contribuir enormemente. Não precisamos tirar alimentos do nosso povo para produzir biocombustível”, garantiu, mencionando os avanços tecnológicos que permitiram maior produtividade agrícola em menor espaço.

Investimentos bilionários – Com a sanção da Lei do Combustível do Futuro, o Brasil inaugura uma nova fase de desenvolvimento sustentável, aliando a força de sua agricultura à produção de biocombustíveis. A legislação cria programas nacionais para o uso de diesel verde, biometano e combustível sustentável para aviação (SAF), além de expandir a mistura de etanol à gasolina e de biodiesel ao diesel.

Essas medidas devem atrair mais de R$ 260 bilhões em investimentos. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o Brasil está “na dianteira da nova economia”, com a capacidade de descarbonizar setores cruciais, como o de transportes, por meio da introdução de tecnologias pioneiras.

Captura de carbono e metas ambientais – Outro ponto-chave da nova legislação é o marco regulatório para a captura e estocagem de carbono, um dos maiores desafios no combate às mudanças climáticas. A meta é evitar a emissão de 705 milhões de toneladas de CO2 até 2037, reforçando o compromisso do Brasil com a redução de gases de efeito estufa.

A partir de 2027, por exemplo, os operadores aéreos serão obrigados a usar o SAF para reduzir suas emissões, e o uso de biometano deverá se expandir em toda a matriz energética, com metas anuais de redução de gases estabelecidas pelo governo.

Feira Liderança Verde Brasil Expo – A cerimônia de sanção ocorreu durante a Liderança Verde Brasil Expo, maior feira de tecnologias de descarbonização do país. O evento contou com exposições de empresas públicas e privadas que atuam nos setores de biocombustíveis, gás e energia elétrica, além de demonstrações de veículos movidos a combustíveis sustentáveis.

Ao final de seu discurso, Lula reafirmou sua convicção de que o Brasil continuará a ser referência mundial em energias renováveis e destacou o papel central do país na transição global para uma economia verde.

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