Bahia é segundo produtor e exportador de frutas frescas do país

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Segundo produtor nacional de manga, a Bahia participou com 31% da produção brasileira em 2019. O cultivo se destaca no norte da Bahia e em cidades como Juazeiro e Casa Nova, seguidas de Livramento de Nossa Senhora, Dom Basílio, Curaçá, Ituaçu, Sento Sé, Abaré, Rio de Contas, Caraíbas, entre outros, exercendo uma forte influência na economia do Submédio São Francisco, região que apresenta grande potencial agrícola devido às condições favoráveis de clima e solo, bem como a disponibilidade hídrica da região.

Melhor preço

Para obter uma melhor cotação de preço, os produtores brasileiros concentram suas exportações no mercado norte-americano, de agosto até meados de novembro e, para o mercado europeu, de meados de novembro até o final de dezembro. Desta forma, a safra na região fica concentrada entre os meses de agosto a dezembro.

O Vale do São Francisco é a maior produtor de uvas de mesa da Bahia, com cultivos consolidados. Por não ter inverno rigoroso, as datas das podas e colheita dependem da escolha do produtor e de demandas do mercado. Assim, uma videira pode ser podada duas vezes e é capaz de produzir duas safras no ano, em períodos escalonados, fazendo com que seja possível colher uvas e elaborar vinhos praticamente o ano todo.

A Chapada Diamantina produz variedades de origem francesa, como a Syrah, Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Sauvignon Blanc, Malbec e Merlot. Na região, os invernos são mais frios e os produtores vêm adotando o sistema da poda invertida, com duas podas e uma colheita por ano. A produção está em expansão nessa região, sendo os vinhos reconhecidos pela qualidade e apreciados pela sua localização regional.

No ranking nacional de frutas, a produção da Bahia ocupa o 1º lugar de coco-da-baía, cacau e maracujá; segundo lugar de mamão, manga e banana; terceiro lugar de goiaba e melão; quarto lugar de uva, limão, laranja e marmelo; 6º lugar de melancia e castanha de caju; décimo lugar de tangerina, décimo terceiro lugar de abacaxi.

Os principais pólos de produção de estado ficam nas regiões: Oeste, com pólo em Barreiras (banana, coco, citros, mamão); Irecê (pinha, melancia); Médio São Francisco, com pólo em Bom Jesus da Lapa (banana, manga, maracujá, melancia); Vale do São Francisco (uva, manga, melão, banana, coco, goiaba, melancia); Nordeste (laranja, maracujá, acerola, caju); Litoral Norte/ Recôncavo (laranja, coco); Extremo Sul (mamão, banana, coco, melancia); Chapada Diamantina, com pólo em Itaberaba (abacaxi, citros, uva); Sudoeste, com pólo em Livramento de Nossa Senhora (manga, banana, maracujá, coco).

Emprego e renda

“Nos últimos cinco anos, Juazeiro é o município da região Nordeste que mais gera empregos e os empresários da região investem no enoturismo com o barco Vapor do Vinho, que leva visitantes às vinícolas locais. O abacaxi mudou drasticamente a economia de Itaberaba. Em Mucugê, em uma plantação com 20 hectares é possível tomar um vinho produzido com cepas europeias, a temperatura de 17 graus, olhando a vista deslumbrante da Chapada Diamantina. Este é o panorama da fruticultura na Bahia, que cresce de maneira impressionante”, diz o secretário estadual da Agricultura, José Carlos Oliveira.

Os dados constam do recém-lançado boletim da série Commodities Agrícolas da Bahia, focando no setor da fruticultura. O trabalho da equipe técnica da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), traz dados importantes sobre a situação atual do setor na Bahia, oferecendo comparativos com a produção no Brasil. Por Marjorie Moura / A Tarde