Apareceu um caroço na vagina? Conheça causas e saiba como tratar

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Não costumar ser um problema grave mas, se demorar a desaparecer e estiver associado a outros sintomas, é necessário consultar o médico

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O caroço na vagina é quase sempre resultado de uma inflamação das glândulas que ajudam a lubrificar o canal vaginal, as glândulas de Bartholin e de Skene. Geralmente não é um problema grave, pois a inflamação passa sozinha.

Porém, se o caroço causar sintomas como coceira, queimação ou dor pode ser que o problema seja clínico e precise de tratamento médico.

Sempre que há alterações na região que demoram mais de uma semana para desaparecer ou causam desconforto, o recomendado é consultar um ginecologista. Veja alguns problemas relacionados a modificações na aparência física da região:

1. Pelo encravado ou foliculite
Mulheres que fazem depilação íntima com cera, pinça ou lâmina têm um risco maior de desenvolver pelo encravado na região, o que pode dar origem a uma pequena espinha ou caroço avermelhado que dói. Normalmente, este tipo de caroço também apresenta uma região central esbranquiçada, devido ao acúmulo de pus debaixo da pele.

O que fazer: deve-se esperar que o pus seja reabsorvido pelo corpo. Não é recomendado estourar a espinha, pois o risco de infecção aumenta. Para aliviar os sintomas, aplique uma compressa quente na região e evite usar calcinhas apertadas. Caso a dor piore ou a região fique muito quente ou inchada, deve-se ir ao ginecologista avaliar a necessidade de usar uma pomada antibiótica.

2. Espinhas na vagina

Embora não seja muito comum, espinhas podem surgir na região da vulva, virilha, na entrada da vagina e nos grandes ou pequenos lábios vaginais causando dor e desconforto.

O que fazer: não tente espremer a espinha ou usar qualquer remédio ou cosmético sem o conhecimento médico. É preciso ir ao ginecologista para que ele veja e indique o tratamento mais adequado. Em alguns casos, pode ser preciso usar uma pomada à base de corticoide e fazer banho de assento com flogo-rosa, que tem ação analgésica e anti-inflamatória. Nos casos mais graves, pode-se usar algum antibiótico.

3. Furúnculo
O furúnculo é uma infecção causada por bactérias e causa dor e intenso desconforto. Ele também pode surgir na virilha, nos grandes lábios ou na entrada da vagina, inicialmente com um pelo encravado, propiciando a entrada de bactérias que se proliferaram na região.

O que fazer: O tratamento é feito com compressas mornas e uso de pomadas antibióticas para evitar que o furúnculo piore. Nesse caso, o médico pode indicar antibióticos em forma de comprimidos ou fazer um pequeno corte local para eliminar o pus.

4. Inflamação das glândulas de Bartholin ou Skene
Na vulva existem vários tipos de glândulas que ajudam a manter a região lubrificada e com menos bactérias. Duas dessas glândulas são as de Bartholin, que quando inflamam dão origem a uma Bartholinite, e as glândulas de Skene.

Quando essas glândulas estão inflamadas, pode surgir um nódulo na região externa da vagina que, embora não provoque dor, pode ser apalpado pela mulher durante o banho ou sentido durante o contato íntimo.

O que fazer: na maior parte dos casos, a inflamação destas glândulas desaparece após alguns dias desde que mantida a higiene adequada da região. No entanto, se o inchaço aumentar ou se surgir dor ou liberação de pus é aconselhado ir ao ginecologista, pois pode ser necessário iniciar o uso de anti-inflamatórios, antibióticos ou analgésicos, por exemplo.

5. Cisto vaginal
Os cistos vaginais são pequenas bolsas de ar ou de líquido que podem se desenvolver nas paredes do canal vaginal e que, geralmente, são provocados por lesões durante o contato íntimo ou por acúmulo de líquidos nas glândulas, por exemplo. Geralmente, não causam sintomas, mas podem ser sentidos como caroços ou nódulos no interior da vagina.

Um tipo muito comum de cisto vaginal é o cisto de Gartner que é mais comum depois da gravidez e que surge devido ao acúmulo de líquido dentro de um canal que se desenvolve durante a gestação. Esse canal normalmente desaparece no pós-parto, mas em algumas mulheres pode se manter e inflamar.

O que fazer: os cistos vaginais normalmente não precisam de um tratamento específico, sendo apenas recomendado vigiar o seu crescimento com exames de rotina no ginecologista.

6. Varizes na vulva
Embora sejam mais raras, as varizes também podem se desenvolver na região genital, especialmente, após o parto ou com o envelhecimento natural. Nestes casos, o caroço pode apresentar uma coloração ligeiramente roxa e, apesar de não causar dor, pode provocar uma ligeira sensação de coceira, formigamento ou desconforto.

O que fazer: no caso da mulher grávida, geralmente, não é necessário tratamento, já que as varizes tendem a desaparecer depois do parto. Nos outros casos, se existir incômodo, o ginecologista pode aconselhar uma pequena cirurgia para fechar o vasinho e corrigir a variz.

7. Herpes genital
herpes genital é uma doença sexualmente transmissível que pode ser adquirida através do contato íntimo oral, genital ou anal desprotegido. Outros sintomas incluem febre, dor nos genitais e sensação de coceira. Estes sintomas podem desaparecer e voltar a surgir mais tarde, especialmente quando o sistema imune está enfraquecido.

O que fazer: não existe um tratamento específico para o herpes genital, pois o vírus precisa ser combatido pelo sistema imune. No entanto, quando os sintomas são muito intensos, o ginecologista pode aconselhar o uso de um anti-viral.

8. Verrugas genitais
As verrugas genitais podem ser sintomas de doenças sexualmente transmissíveis que pode passar pelo contato íntimo desprotegido. Nesses casos, além de pequenos caroços na vagina podem surgir lesões visíveis semelhantes a couve flor, que podem causar coceira ou queimação.

O que fazer: não existe uma cura para verrugas genitais, porém o médico pode removê-las por meio de algumas formas de tratamento como crioterapia, microcirurgia ou aplicação de ácido, por exemplo.

E sempre aconselhado ir ao médico para observar o tipo de lesão e outros sintomas que possam estar presentes. (Com informações do portal Tua Saúde). Por bruna Sabarense / Metrópoles