Por Orson Peter Carrara
No citado Código, que citamos no primeiro parágrafo acima, utilizaremos o 3º dos 33 itens, para orientar o desenvolvimento do tema. O texto original apresenta-se nos seguintes termos: Não há uma única imperfeição da alma que não importe funestas e inevitáveis consequências, como não há uma só qualidade que não seja fonte de um gozo.
Ora, são as imperfeições ou as qualidades da alma humana que geram suas ações felizes ou equivocadas. E essas ações estão caracterizadas com o selo moral do estágio em que se situa o ser. Portanto, os pensamentos, os sentimentos, e as próprias ações executadas no transcorrer de uma existência geram reflexos na própria existência, na vida espiritual ou até mesmo na próxima ou futuras existências, a depender é claro da extensão ou gravidade da ação promovida.
A lei de ação e reação, ou o a cada um segundo suas próprias obras, baseia-se num perfeito mecanismo de justiça e igualdade absoluta para todos. Não há qualquer favoritismo para quem quer que seja. Agindo bem, teremos o mérito do bem. Agindo mal, teremos as consequências. Não se trata de castigo, em absoluto, mas de consequências.
Qualquer prejuízo que causarmos a nós mesmos ou a terceiros, ocasionarão consequências inevitáveis em nossa própria vida. Isto é da Lei Divina. E qualquer benefício que distribuamos gerará méritos e benefícios correspondentes em nosso próprio caminho, ainda que haja ingratidão dos beneficiados.
Passamos a entender, portanto, que fazer o mal a quem quer que seja nunca será compensador, pois sempre responderemos pelo mal que causemos, inclusive a nós próprios. E, do mesmo modo, toda felicidade ou tranquilidade que proporcionarmos ao próximo redundará, inevitavelmente, em bem para nós mesmos.
Não é por outra razão que Jesus ensinou a perdoar. O ódio alimentado, a vingança executada ou a perseguição contumaz a qualquer pessoa redundarão em estágios de sofrimento e dor a seu próprio autor. Perdoando, libertamo-nos.
Também é pela mesma razão que a recomendação sempre constante é para que promovamos o bem, ainda que este não nos seja espontâneo (estamos aprendendo a incorporá-lo em nós mesmos), pois todo bem gera o bem. O mal sempre gerará consequências desagradáveis. Continua. Muita Paz!!!
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