No inconsciente estão elementos instintivos não acessíveis à consciência, é nele que está a causa de nossos impulsos e sentimentos dos quais não temos consciência. A passagem pelo sistema pré-consciente e a sua expressão na ação da consciência é um reflexo ao condicionamento criado dentro do inconsciente segundo a sua história pessoal, fonte da formação do caráter, personalidade, conceitos, preconceitos, mitos e conflitos. Segundo a definição de Freud, o inconsciente é formado por desejos recalcados e pela libido.
“Aprendemos pela experiência que os processos mentais inconscientes são em si mesmos atemporais. Isto significa, em primeiro lugar, que não são ordenados temporalmente, que o tempo de modo algum os altera, e que a ideia de tempo não lhes pode ser aplicada”. Isso quer dizer que os registros do inconsciente podem aflorar independentemente de sua ordenação de acontecimento e pela sua excitação causal.
O inconsciente é o depósito de nossos impulsos mais primitivos, os instintos que surgem no momento da concepção da existência. O inconsciente é preenchido pelas experiências adquiridas durante a vida e ali ficam armazenadas segundo a forma como foram absorvidas e doutrinadas: se for com atitudes, ensinamentos generosos e elegantes, irão se refletir na personalidade de forma positiva. Contrariamente, desequilibram a personalidade se forem armazenados pela aspereza e as diversas nuanças da desonestidade e desonra.
Portanto, devemos assumir o que somos para eliminar as angústias, sendo transparentes, não tememos sermos descobertos, pois já estamos nus. A felicidade reside em sermos a realidade do que somos e buscarmos o que queremos ser com uma verdadeira transformação, sem máscaras. É um caminho duro e longo a seguir, mas, a meu ver, é o mais verdadeiro.
* Luís Fernando G. Vinhas é psicanalista, massoterapeuta, educador físico, equoterapeuta, terapeuta reike, palestrante e escritor. Atua em Teixeira de Freitas e região.