A importância do respeito às diferenças nos caminhos para a inclusão

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Por Guilhermina Elisa Bessa da Costa*

Falar em respeito às diferenças na atualidade é um assunto que requer uma atitude de reflexão e ação, pois em virtude das inúmeras mudanças tecnológicas, culturais, educacionais e aos avanços que ocorrem cotidianamente em nossa sociedade, a inclusão necessita ser considerada na contemporaneidade como elemento basilar da prática pedagógica e das relações sociais. Sendo assim, surge a necessidade de se compreender a relação entre educação e inclusão social.

A instituição escolar possui entre outras funções, a grande missão de promover o processo de aprendizagem no que diz respeito aos mais diversos saberes e valores, propiciando o desenvolvendo das habilidades de raciocino lógico, solução de problemas, apropriação de conhecimentos vitais ao indivíduo e a coletividade, na perspectiva de preparar o sujeito para o futuro, promovendo a sua interação com o meio e por consequência com a aprendizagem.

No entanto, devido a vários fatores que estão presentes de forma explícita ou implícita no contexto escolar, que podem ser descritos como: distúrbios de aprendizagem, problemas socioculturais, obstáculos epistemológicos, epistêmicos ou funcionais, entre outros, alguns sujeitos desse processo ainda precisam ser incluídos no âmbito escolar, com um ser integral: social, afetivo, psicomotor, emocional, enfim aprendente.

As dificuldades de aprendizagem têm sido durante muito tempo uma das grandes preocupações da escola, tendo em vista que o processo de aprendizagem ocorre em cada sujeito de maneira singular, a partir da interação individual e social do sujeito. Atualmente, volta-se para uma realidade tipicamente educacional, que são certos fenômenos relativos à não-aprendizagem, que ocorre dentro do âmbito familiar, escolar e comunitário, que podem e devem prevenidos.

Nessa perspectiva é importante ressaltar a necessidade de promover momentos de estudo e reflexão acerca das caraterísticas e as potencialidades das crianças, jovens e adolescentes que apresentam algum tipo de deficiência, pois a aceitação da diferença perpassa pela capacidade de olhar a sua volta, sem preconceitos e ter a mente e o coração aberto para respeitar e celebrar as diferenças.

E por falar em respeito às diferenças, vamos ressaltar duas datas muito importantes que devem ser lembradas em nosso calendário: dia 21 de março é comemorado o dia Internacional da SÍNDROME DE DOWN, fazendo alusão aos 3 cromossomos no par número 21 (trissomia), característico das pessoas com Síndrome de Down. A data foi escolhida na Down Syndrome International, pelo geneticista da Universidade de Genebra, Stylianos E. Antonorakis, e foi referendada pela Organização das Nações Unidas em seu calendário oficial, sendo comemorado pelos 193 países da ONU. No Brasil várias organizam seminários, congressos, rodas de conversa, sessão de cinema, passeios para debater o tema e promover a interação entre as pessoas, em um movimento em prol da inclusão, conforme preconiza a nova Lei Brasileira de Inclusão – Lei nº.13146/2015.

Outra comemoração importantíssima para ser lembrada e celebrada, refere-se ao dia 2 de abril, data que se comemora o Dia Mundial de conscientização do AUTISMO. Essa data foi criada pela ONU no fim de 2007, iniciando a campanha em 2 de abril de 2008. Desde então anualmente várias cidades celebram essa data com caminhadas, palestras, debates, encontros, dentre outras atividades, com o objetivo de promover eventos que promovam mudanças de atitudes, além de propiciar momentos de reunir as famílias e acima de tudo, gerar reflexões para esclarecer para a sociedade as orientações adequadas para conhecer e valorizar os autistas, com vistas a promover um movimento de inclusão, inclusive em nossa cidade.

Convidamos aos leitores que possam nos acompanhar nas próximas leituras para que juntos possamos refletir um pouco mais acerca do respeito às diferenças, pois incluir e educar, cabe em qualquer lugar e fica o nosso convite para que você que ainda não teve essa oportunidade de convivência, possa ter essa experiência com respeito e acolhida. Juntos podemos combater o preconceito e a indiferença!

*Professora da UNEB – Universidade do Estado da Bahia / Campus X – Teixeira de Freitas. Mestre em Gestão de Tecnologias aplicadas à Educação. Psicopedagoga. Membro do grupo de pesquisa-TIPEMSE. E-mail: [email protected]