A combinação silenciosa que pode parar os rins: médico alerta para risco da “tríade letal” de medicamentos

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Especialista explica como o uso simultâneo de anti-inflamatórios, diuréticos e remédios para pressão pode causar insuficiência renal aguda sem sintomas aparentes

O alívio rápido de uma dor pode esconder uma ameaça grave ao funcionamento dos rins. A chamada “tríade letal” — combinação entre anti-inflamatórios, diuréticos e inibidores da ECA (IECA) — é uma das principais causas de insuficiência renal aguda induzida por medicamentos, especialmente entre idosos e pacientes com doenças crônicas. O alerta é do médico nutrólogo e geriatra Adriano Faustino, especialista em medicina integrativa e funcional, coordenador do Ambulatório de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital Regional de Betim e diretor da Sociedade Brasileira de Medicina da Longevidade (SBML).

O cenário é comum em consultórios e pronto-atendimentos, quando o paciente relata sentir dor nas articulações ou na coluna, e receber a indicação de um anti-inflamatório e ter melhora. O problema é que, muitas vezes, ele já usa um diurético ou um remédio para pressão. Essa interação pode ser desastrosa para os rins e evoluir rapidamente sem causar dor ou sintomas evidentes”, alerta o médico. “A dor melhora, a inflamação cede, mas o risco começa aí”, complementa.

Analgesia x anti-inflamação: o que pouca gente diferencia

Os anti-inflamatórios são amplamente usados para aliviar dor e inchaço, mas diferem dos analgésicos comuns. Enquanto o analgésico apenas bloqueia a dor, o anti-inflamatório atua sobre o processo inflamatório. Essa diferença, segundo o Dr. Adriano Faustino, explica parte do problema.

O anti-inflamatório funciona bem, porque reduz a inflamação e tira a dor. Só que essa combinação de medicamentos — anti-inflamatório, diurético e IECA — pode reduzir a perfusão renal e causar uma insuficiência aguda, principalmente  se o paciente já tem o rim ou o fígado comprometidos. E quando o corpo dá o sinal, às vezes já é tarde”, destaca.

O perigo não está no remédio isolado, mas na combinação

Para o especialista, o foco da medicina não deve ser apenas tratar sintomas, mas entender como diferentes substâncias interagem silenciosamente dentro do corpo.

O problema não é o remédio em si, e sim o contexto. O mesmo medicamento que salva vidas pode ser perigoso quando somado a outros. E é isso que muitos pacientes e até profissionais acabam subestimando”, afirma o médico, que há anos se dedica à prática clínica e ao ensino de medicina preventiva.

O especialista explica que o uso combinado de três medicamentos muito comuns pode se tornar perigoso — uma associação que ele chama de “tríade letal”:

·        Anti-inflamatório;

·        Diurético (como a hidroclorotiazida e a furosemida);

·        IECA (inibidor da enzima conversora de angiotensina, como a benazeprila e o captopril, usados no tratamento da hipertensão).

Essa combinação, em poucos dias, pode causar insuficiência renal aguda, mesmo sem sintomas perceptíveis. O problema não está no remédio isolado, mas em como essas substâncias interagem silenciosamente dentro do corpo. É um colapso renal que muitas vezes se instala sem dor, sem febre, sem nenhum sinal de alerta.”

Dr. Faustino destaca que o perigo aumenta quando há automedicação ou quando o paciente usa diferentes medicamentos prescritos por profissionais distintos, sem que um saiba o que o outro indicou. O corpo não avisa. Por isso, toda prescrição deve considerar o histórico completo do paciente. Uma simples checagem pode evitar uma tragédia.”

Medicina da doença x medicina da saúde

A visão do Dr. Adriano Faustino vai além do tratamento pontual. Ele defende uma transição da chamada “medicina da doença” — reativa e tardia — para uma “medicina da saúde”, que busca causas antes dos sintomas.

Cuidar da saúde não é só apagar incêndios quando o corpo entra em colapso. É fortalecer as células, equilibrar os hormônios, desinflamar o organismo e despertar a energia vital. Essa é a verdadeira medicina preventiva”, explica.

Essa mudança de perspectiva também inspirou o médico a escrever o livro Cientificamente Divino – Princípios bíblicos e científicos para uma saúde máxima, em que une ciência, espiritualidade e propósito para defender um modelo de saúde baseado em harmonia entre corpo, mente e espírito.

É possível viver em plenitude quando corpo, mente e espírito funcionam em harmonia. A doença perde espaço quando o ser humano entende que saúde é consequência de escolhas diárias, não apenas de medicamentos.”

Orientação e prevenção

O Dr. Adriano Faustino reforça que qualquer uso de anti-inflamatório deve ser orientado por um profissional de saúde, especialmente em pacientes que já utilizam diuréticos ou medicamentos para hipertensão.

Quando há supervisão médica e exames de acompanhamento, o risco é controlável. O que não pode é misturar remédios por conta própria. A automedicação continua sendo uma das principais causas evitáveis de complicações renais”, alerta.

Quem é Dr. Adriano Faustino

  • Médico graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);
  • Especialista em Geriatria, Nutrologia (ABRAN), Medicina Funcional, Fisiologia Hormonal e Oncologia Integrativa;
  • Título de Especialista em Medicina Legal e Perícias Médicas;
  • Médico legista no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte;
  • Coordenador do Ambulatório de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital Regional de Betim/MG;
  • Professor universitário nas áreas de Medicina Legal, Anatomia Médica, Primeiros Socorros e Legislação Médica;
  • Professor de Pós-Graduação na Fundação Unimed e no Mestrado em Saúde da Faculdade de Direito Milton Campos (MG);
  • Diretor da Sociedade Brasileira de Medicina da Longevidade (SBML) e da Sociedade Brasileira de Medicina da Obesidade (SBEMO);
  • Idealizador do Programa Saúde Máxima e do Protocolo de Medicina Investigativa, já ajudou milhares de pacientes a transformarem suas vidas com diagnósticos precisos e abordagens terapêuticas baseadas em ciência de ponta, estilo de vida, alimentação e intervenções personalizadas;
  • Desenvolvedor do Protocolo C.A.U.S.A. – Câncer, Autocuidado, Unidade, Saúde e Ação;
  • Pregador e professor de Escola Bíblica Dominical desde 2001;
  • Autor do livro Cientificamente Divino – Princípios bíblicos e científicos para uma saúde máxima. Dr. Adriano Faustino está disponível para entrevistas através da Assessoria de Imprensa – CM PRESS Produções Artísticas / Cláudia Moura – (11) 9.9962-2099

Mais informações disponíveis: Site:  www.institutofaustino.com.br

Instagram: @dr.adrianofaustino | @institutofaustino. Imagens: Envato

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