China dispensa EUA e Brasil bate recorde histórico na exportação de soja

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Em meio a tensões com Trump, gigante asiático deve importar mais de 30 milhões de toneladas de soja do Brasil no segundo trimestre de 2025

A China acaba de dar uma demonstração clara de sua independência em relação aos grãos americanos, afirmando categoricamente que não precisa das importações dos Estados Unidos. Em um movimento que beneficia diretamente o Brasil, o gigante asiático anunciou que receberá um volume recorde de soja sul-americana no segundo trimestre de 2025, ultrapassando a marca de 30 milhões de toneladas.

A decisão chinesa é um reflexo direto das tensões comerciais iniciadas durante a administração Trump, que tornaram as importações de grãos americanos economicamente inviáveis devido às tarifas impostas. Zhao Chenxin, diretor adjunto da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, afirmou que os grãos americanos “podem ser facilmente substituídos” e que o mercado internacional oferece suprimentos mais que suficientes.

Desafios e oportunidades

Apesar das boas perspectivas para as exportações brasileiras, o cenário atual apresenta alguns desafios. Empresas chinesas que processam soja para produção de óleo de cozinha e ração animal enfrentaram dificuldades recentes devido à lentidão na colheita brasileira e problemas logísticos, levando algumas a suspenderem temporariamente suas operações.

O impacto dessa situação já se reflete nos preços: o farelo de soja em Dalian atingiu seu maior valor desde dezembro de 2023, enquanto os estoques nos portos chineses aproximam-se do menor nível dos últimos cinco anos.

Perspectivas positivas

A diversificação das fontes de importação pela China, privilegiando países como Brasil, Argentina e Uruguai, sinaliza uma mudança estrutural no comércio global de commodities. O volume previsto de importações para o segundo trimestre de 2025 estabelecerá um novo recorde histórico, conforme análise da Bloomberg. Por Alan.Alex / Painel Político

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